Nossa Senhora da Consolata é o nome italiano para uma devoção conhecida como Nossa Senhora da Consolação, Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos e Nossa Senhora da Correia
Consolar não é apenas enxugar o pranto de quem chora; é muito mais do que isso. É dar força, dar ânimo, e dar decisão. Nossa Senhora é a consoladora dos aflitos. O homem que fica aflito, facilmente se acabrunha exageradamente, perdendo a coragem e se entregando. Nossa Senhora o consola dizendo: “Meu filho, ânimo! Eu te concedo forças para lutar”
Plinio Corrêa de Oliveira Revista Arautos do Evangelho, Fevereiro/2014, n. 146, pp. 52
Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos em LuxemburgoPlinio Corrêa de Oliveira Revista Arautos do Evangelho, Fevereiro/2014, n. 146, pp. 52
Padroeira do pequenino Grão Ducado de Luxemburgo, cuja população tem sido, tradicionalmente, modelo de fidelidade a Maria Santíssima
· Valdis Grinsteins
Quando lemos histórias de antigas devoções à Virgem, muitas vezes nos deparamos com a dificuldade de entender a importância dos acontecimentos que lhes deram origem, devido à grande mudança que se verificou em nosso estilo de vida em relação ao de nossos antepassados.
Assim, por exemplo, pode nos parecer exagerado o temor dos antigos em relação à seca. Isto porque esquecemos que naquelas remotas épocas não havia a moderna técnica agrícola, os processos de conservação e armazenamento de alimentos e as facilidades de transporte de nossos dias. Uma estiagem podia significar não só a fome, mas a morte e a ruína definitiva de uma região.
Lembremo-nos que as pessoas antigamente não emigravam com a facilidade psicológica com que o fazem hoje. As viagens eram difíceis e deixar uma família estável, uma tradição e um modo orgânico de viver, constituía uma dilaceração. Nos dias atuais de globalização crescente e com famílias lamentavelmente diminutas, perdem-se as tradições e vive-se quase do mesmo modo no Ceará como em Tóquio.
Para nós é também difícil entender o terror produzido por uma peste antigamente. Hoje, que vivemos no século da medicina – com raios laser, antibióticos, operações espetaculares, reimplantes de órgãos etc. –, uma peste que mate a metade, um terço ou mesmo uma percentagem significativa da população parece-nos algo absolutamente fora de cogitação.
Entretanto, para nossos antepassados a palavra peste era sinônimo de tragédia. Eram cidades inteiras que começavam a contar seus mortos dia após dia. O ambiente das localidades ficavam lúgubres, a epidemia avançava, os alimentos faltavam, as águas ficavam contaminadas etc. Apenas para ilustrar esse drama, basta dizer que durante a Peste Negra de 1348 a cidade de Paris perdeu metade de seus 100 mil habitantes. Diariamente morriam cerca de 800 pessoas.
Do sofrimento, nasce uma bela devoção
O simpático Grão Ducado de Luxemburgo é um dos menores Estados da Europa, encravado entre a Alemanha, França e Países Baixos, situado pois na fronteira entre nações católicas e protestantes. E foi precisamente para defender a Fé e evitar o contágio do protestantismo que os padres Jesuítas fundaram um colégio na cidade de Luxemburgo, capital do Grão Ducado, em 1581.
Um desses padres, Jacques Brocquart, teve a feliz idéia de criar um oratório fora da cidade para uma imagem de Nossa Senhora, pois a devoção a Ela é a melhor defesa católica. Esse oratório, primeiramente apenas uma pequena capela, foi edificado a partir de 1625, num local chamado Glacis, e ficava anexo à igreja de São Miguel, sob custódia dos padres dominicanos e sede da Confraria do Rosário.
Mas em 1626 grassou no local uma terrível peste. As vítimas aumentavam dia a dia, e entre os doentes logo se contou o próprio Padre Brocquart. Este, percebendo que lhe restava pouco tempo de vida, fez uma promessa a Nossa Senhora: se Ela o curasse, ele se dirigiria descalço até a capela e Lhe ofereceria um círio de duas libras de peso. Logo após a promessa, o sacerdote jesuíta ficou milagrosamente curado. Dedicou-se ele então, com todo entusiasmo, a terminar a capela – o que foi realizado em agosto de 1627 –, e nela entronizou uma imagem de madeira da Santíssima Virgem com a invocação de Nossa Senhora da Consolação.
As pessoas começaram a acorrer a essa capela, apesar de encontrar-se afastada da cidade, pedindo a Nossa Senhora que as protegesse, bem como a suas famílias. E a partir daquele ano a devoção difundiu-se rapidamente.
A peste terminou e a capela foi solenemente consagrada em 1628, vendo-se num nicho a inscrição "Maria, Mãe de Jesus, Consoladora dos Aflitos", que perdura até hoje.
Fidelidade do povo de Luxemburgo é premiada
Se tal peste e a proteção de Nossa Senhora tivessem ocorrido na atualidade, qual seria a reação de nossos contemporâneos? – Provavelmente, assistiríamos algo triste e desolador. As pessoas recorreriam à Mãe de Deus e agradeceriam as graças concedidas. Mas, passado o perigo, esqueceriam da bondade maternal da Senhora da Consolação que socorrera os aflitos, até que novo perigo os lembrasse da existência do santuário.
Essa é uma concepção utilitária que presentemente se tem de Nossa Senhora. Porventura Ela é nossa Mãe apenas quando temos problemas? Não nos ajuda e protege sempre? Se apelamos à Virgem só quando enfrentamos problemas e depois esquecemos dEla, seremos como o filho ingrato: agradece à mãe quando esta lhe dá comida, e logo desaparece da casa... até que a fome aperte de novo. Como qualificar tal filho?
Não foi esta porém a atitude do bom povo católico de Luxemburgo. Pelo contrário, a afluência de peregrinos não parou de crescer, mesmo terminada a peste. E Nossa Senhora premiou essa fidelidade mediante numerosos milagres.
Assim, entre 1639 e 1648 – uma década após a consagração da capela – operaram-se curas surpreendentes. A mais célebre foi a de Jeanne Godius, filha de um importante funcionário da época, Procurador-geral do Rei da Espanha, Felipe IV, que após ficar acamada durante 10 anos, levantou-se milagrosamente curada. Nessa ocasião, a imagem foi trasladada para a igreja dos jesuítas, onde recebeu durante oito dias a veneração dos fiéis. As autoridades eclesiásticas estudaram tais milagres e, após meticulosa investigação, concluíram pela veracidade deles. O fluxo de peregrinos aumentou ainda mais.
Em 1666, durante uma guerra com a França, as tropas do Rei Luiz XIV ameaçaram conquistar a cidade. As autoridades do pequeno Luxemburgo recorreram a Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos, como em outras ocasiões de perigo, e logo foram atendidas. Devido a esse fato, a imagem foi declarada Padroeira da cidade e as festas em sua honra duraram oito dias, dando origem à oitava, que se repete anualmente.
Uma vez mais os habitantes permaneceram fiéis a Nossa Senhora e não A esqueceram. Em 1678 Ela foi eleita Padroeira de todo o Grão Ducado de Luxemburgo, sendo introduzidas cópias da imagem em quase todas as igrejas do país.
Santuário atual de Nossa Senhora Consolatrix Aflictorum: Catedral
Passaram-se os anos. As guerras e suas seqüelas açoitaram também o Grão Ducado, mas não conseguiram extinguir a devoção popular ao Santuário com aquela invocação. Ele é hoje o mais venerado do país. Basta pensar que, num Estado com população de aproximadamente 420 mil habitantes, ele recebe mais de 100 mil peregrinos por ano.
A capelinha original foi destruída pela fúria anticatólica durante a Revolução Francesa. Foi então construída outra, noutro local, já dentro da cidade. Tal capela é apenas uma lembrança, porque a imagem foi levada para a igreja de Nossa Senhora a cargo dos Jesuítas, atual Santuário de Nossa SenhoraConsolatrix Aflictorum. Hoje esse templo é a catedral de Luxemburgo.
Praticamente todas as comemorações do país realizam-se nesse Santuário. Uma das mais importantes foi a celebração da volta de 13 mil prisioneiros após a Segunda Guerra Mundial. O povo manteve-se fiel a essa devoção a Nossa Senhora e Ela o protege até hoje.
Seja tal devoção um exemplo para nós. Invoquemos a Santíssima Virgem a todo momento, confiemos-Lhe todas as nossas dificuldades e rezemos sempre, especialmente nestes dias de confusão e pecado. Nossa Senhora nunca nos abandonará. Não sejamos filhos ingratos, mas imitemos a fidelidade dos devotos luxemburgueses, particularmente nos momentos de desgraça.
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Fontes de referência:
Domenico Marcucci, Santuari Mariani d'Europa, Ed. San Paolo, Torino, 1993.
Edésia Aducci, Maria e seus gloriosos títulos, Ed. Lar Católico, 1958.
Jean Ladame, Notre Dame de Toute L'Europe, Ed. Résiac, 1984.
http://catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=3F09182A-CFC5-7EA0-182BDB4123207A69&mes=Maio2000
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Isaías
Profeta da Redenção e paladino da confiança em Deus
Profetizou “o resto que voltará”
José Maria dos Santos
Dos quatro grandes Profetas do Antigo Testamento1, um dos maiores e o mais antigo dentre eles é Isaías, considerado o Profeta da Redenção porque, melhor do que ninguém, predisse a vinda do Salvador. “Gênio religioso tão grande, marcou profundamente sua época, e fez escola”2.
Poeta, “artista da palavra, mestre incomparável da língua hebraica, verdadeiro músico tirando por vezes de um vocabulário abundante e bem ritmado efeitos impressionantes”3, “é entre os Profetas o que Salomão é entre os reis. ... Fala com os reis como um deles; apresenta-se com majestade diante dos príncipes de seu povo e diante dos potentados do mundo. Em todas as situações é mestre em sua matéria, mestre das expressões, grandioso com simplicidade, sublime sem afetação”4. Pudera! Antes de anunciar suas divinas profecias, teve seus lábios purificados por um serafim com um carvão ardente...5
“Ouvi, Céus, e tu, ó Terra, escuta, porque o Senhor é quem fala. Criei filhos e os eduquei; porém eles se revoltaram contra mim. O boi conhece o seu possuidor, e o asno o estábulo do seu dono; mas Israel não Me conheceu, e meu povo não teve entendimento” (Is 1, 2-3). É com estas grandiosas e pungentes palavras mostrando a bondade de Deus e a ingratidão do povo eleito que Isaías inicia seu livro.
Filho de Amós, do sangue real de Judá segundo antiga tradição dos hebreus, Isaías — “Javé salva” — nasceu em Jerusalém por volta do ano 765 A.C. Seu estilo nobre e elevado faz supor que recebeu educação das melhores da sua época.
Casado e com dois filhos, Isaías deu-lhes nomes simbólicos. O primeiro, Scar-Jasub, quer dizer “um resto voltará”; de acordo com comentaristas das Sagradas Escrituras, queria significar que, após muitas vicissitudes e derrotas, sobreviveria umresto, do qual nasceria o Messias prometido. O segundo filho chamava-se Chas-Bas, que significa “apressai-vos em devastar”, e anunciaria a devastação dos reinos de Israel e da Assíria.
Nasce a vocação profética
Isaías não nasceu Profeta. Sua vocação foi-lhe dada “no ano em que morreu o rei Ozias” (Is 6, 1), após espetacular visão: Deus mostrou-se a ele, sentado em Seu trono, guardado por serafins de seis asas, que clamavam um para o outro “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos exércitos; toda a Terra está cheia de Sua glória” (Is 6, 3).
Diante disso Isaías humilhou-se, lembrando-se de seus pecados: “Ai de mim”, gemeu, “que estou perdido, porque sou um homem de lábios impuros, habito no meio dum povo que tem os seus também impuros, e vi com meus olhos o Senhor dos exércitos” (Is 6, 5).
Esse ato de humildade foi agradável a Deus. Ordenou que um serafim tomasse do altar, com uma tenaz, uma brasa, e com ela purificasse os lábios de Isaías. Nesse momento “estremeceram os umbrais das portas à voz do que clamava e a casa encheu-se de fumo”. E essa voz divina, à vista da depravação de Judá, indagava: “Quem enviarei Eu? E quem irá por nós?”
Nesse momento, Isaías, cheio de zelo pela glória de Deus, exclamou: “Aqui me tens, Senhor; envia-me” (Is, 6, 8). E tornou-se assim um Profeta, e dos maiores dentre eles. Pregou em Judá (o reino do sul) mais ou menos ao mesmo tempo em que Amós e Oséias pregavam em Israel (reino do norte).
Sua “participação ativa nos assuntos de seu país faz de Isaías um herói nacional. É também um poeta genial. O brilho do estilo, a novidade das imagens fazem dele o grande ‘clássico’ da Bíblia. .... Isaías é o Profeta da fé e, nas graves crises que a nação atravessa, pede que confiem só em Deus; é a única oportunidade de salvação. Sabe que a prova será dura, mas espera que sobreviva um ‘resto’, do qual o Messias será o rei. Isaías é o maior dos profetas messiânicos”6.
De aspecto grave e majestoso, a presença de Isaías transmitia um imponderável de grandeza e bondade, que a todos impressionava. Durante mais de 40 anos, sob os reinados de Joatão, de seu filho Acaz, de Ezequias e Manassés, interveio nos grandes acontecimentos de seu tempo, que não eram propícios.
Ao mesmo tempo que predisse grandes castigos para o povo prevaricador, anunciou também a vinda do Redentor, de um resto que permanecerá fiel, de uma virgem: “Uma virgem conceberá e dará à luz um filho e o seu nome será Emanuel” (Is 7, 14); “foi posto o principado sobre o seu ombro; e será chamado Admirável, Conselheiro, Deus forte, Pai do Século futuro, Príncipe da paz. O seu império estender-se-á cada vez mais e a paz não terá fim; sentar-se-á sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o firmar e fortalecer pelo direito e pela justiça, desde agora para sempre; fará isto o zelo do Senhor dos exércitos” (Is 9, 6-7). “Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, espírito de sabedoria e de entendimento, espírito de conselho e de fortaleza, espírito de ciência e de piedade; e será cheio do espírito do temor do Senhor” (Is 11, 2-3).
Ozias, que governou longamente, e seu filho Joatão, tiveram um bom e próspero reinado. Há povos que não sabem conviver com a riqueza sem corromper-se, e esse foi o caso dos antigos judeus. A miséria moral e espiritual do país era tão grande quanto o era sua prosperidade material. “A prática da religião exteriorizava-se em numerosos atos públicos de culto, em funções litúrgicas, mas era destituída de sincero sentimento interior e de vida moral correspondente”7. O que levava o Senhor a dizer pela boca do Profeta à nação desviada: “Lavai-vos, purificai-vos, tirai de diante dos meus olhos a malícia dos vossos pensamentos, cessai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem, procurai o que é justo, socorrei o oprimido, fazei justiça ao órfão, defendei a viúva” (Is 1, 16-17).
Idolatria e sacrifícios humanos
E essa degradação aumentou ainda no reinado de Acaz, um dos monarcas mais ímpios de Judá, príncipe idólatra que fechou o Templo e imolou o próprio filho ao ídolo Moloc. A idolatria trouxe consigo a corrupção de costumes, de tal modo que Isaías increpou, com linguagem severa e cheia de ameaças, dirigentes e povo: “Ouvi a palavra do Senhor, ó príncipes de Sodoma, escuta a lei do nosso Deus, ó povo de Gomorra” (Is 1, 10). “Eu lhes darei meninos para príncipes, e dominá-los-ão efeminados” (Is 3, 4), “pois fizeram, como os de Sodoma, pública ostentação do seu pecado, e não o encobriram” (Is 3, 9).
Como castigo, o reino de Judá foi invadido e devastado pelos reis da Síria e de Israel, aliados contra Acaz. Jerusalém, a capital, foi assediada como por uma pinça, tendo numa das pontas Rasin, rei da Síria, e na outra, Phaceu, rei de Israel. Acaz, contra o parecer de Isaías que o aconselhava a pôr sua esperança no rei dos Céus, recorreu à ajuda do rei da Assíria, Teglat-Falasar, em condições ruinosas.
Essa aliança, que colocava Judá sob sua tutela, precipitou também a ruína do reino de Israel, predita por Isaías, assim como o aniquilamento de sua capital, a Samaria. Com o fracasso de sua missão junto a Acaz, Isaías retirou-se para a vida privada.
Voltará a aparecer no tempo de Ezequias, filho e sucessor de Acaz, rei piedoso que encetou a reforma dos costumes e combateu a idolatria.
Nessa época, a Assíria começava a disputar, com o Egito, a hegemonia na Ásia ocidental.
Assíria X Egito: grandes potências entram em conflito
Isaías teve também que enfrentar a guerra que convulsionava todas as nações asiáticas. Contra o poder assírio, começou a levantar-se, como grande potência, o Egito. Espremidos entre os dois colossais contendores, ficavam os pequenos reinos do Oriente Próximo. Entre eles surgiram dois partidos: um propenso a negociar com a Assíria, outro a somar-se à oposição, encabeçada pelo Egito.
“Isaías, em nome de Deus, pregava a neutralidade, combatia toda a esperança fundamentada nos homens, e incitava a pôr toda a confiança em Javé, fundador e protetor da nação”8. Por isso, contra o parecer de todos os ministros, desaconselhou o rei a se aliar com o Egito; mas não foi ouvido.
Sucedeu então o pior para Judá: Senaqueribe, rei dos assírios, partindo de Nínive, em campanhas fulminantes, desbaratou os egípcios e voltou-se contra o ingrato reino, cercando Jerusalém com inumerável exército.
Volta a Deus e vitória milagrosa dos judeus
Ezequias, vendo que tudo estava perdido, voltou-se para Deus como seu único refúgio e pediu o auxílio do Profeta para aplacar a cólera divina. Isaías sustentou-o em sua resistência, prometendo-lhe o auxílio divino. E eis que, durante a noite que antecedia a batalha decisiva, apareceu “o anjo do Senhor e feriu cento e oitenta e cinco mil homens no campo dos assírios. E quando surgiu a manhã, eis que todos estavam reduzidos a cadáveres” (Is 37, 36).
Falecendo mais tarde Ezequias, foi sucedido por seu filho, o degenerado Manassés. Isaías retirou-se para os bastidores, e nada mais se conhece dele depois de 700 A.C. Antiga tradição judaica “mencionada e admitida como autêntica por muitos dos primeiros Padres da Igreja, atribui-lhe a morte cruel mas gloriosa do martírio: o ímpio Manassés teria feito serrar seu corpo ao meio com uma serra de madeira”9.
Na Segunda parte de seu livro, Isaías anuncia o Salvador como o Servo de Deus que deverá sofrer verdadeira Paixão. Anuncia também a próxima libertação e a glória da futura Jerusalém.____________
Notas:
1. Os chamados Profetas maiores do Antigo Testamento, porque nos deixaram maior número de escritos, foram Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel.
2. A Bíblia de Jerusalém, Introdução a Isaías, Sociedade Bíblica Católica Internacional e Paulus Editora, São Paulo, 1980, p. 1339.
3. Santos de Cada Dia, Organização do Pe. José Leite, S.J., Editorial A.O., Braga, 1987, p. 388.
4. L.-CL. Fillion , La Sainte Bible commentée d’áprès la Vulgate, Paris, Letouzey et Ané, Éditeurs, 1899, deuxième édition, tome V, p. 265.
5. Cfr. Is 6, 6-7.
6. Bíblia de Jerusalém, p. 1339.
7. Pe. Matos Soares, Introdução a Isaías, Bíblia Sagrada, Edições Paulinas, 1980, p. 796.
8. Id., ib.
9. L.-CL. Fillion, op. cit, p. 267.
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