Diz uma tradição que Nossa Senhora apareceu a São Domingos de Gusmão, fundador da ordem dominicana, e lhe ensinou a rezar o Rosário. Foi aí que nasceu a prática desta oração como devoção a Maria, por sua participação nos mistérios da vinda do Filho de Deus.
De acordo com alguns testemunhos o objeto que chamamos de terço já existia muito antes da devoção do rosário. O costume de usar pedrinhas juntadas umas as outras para manter a concentração nas orações já era ensinado pelo venerável são Beda.
O Rosário tem o significado de uma guirlanda de rosas oferecida a Nossa Senhora. O costume de oferecer flores para as pessoas queridas remonta à Idade Média. Desde então Maria recebe muitas rosas em forma de orações.
Foram os frades dominicanos que tiveram o mérito de disseminar a devoção ao Rosário, que passou a ser a forma de oração mais popular entre as famílias religiosas, à noite, em casa. Ele é formado pelas duas orações básicas do catolicismo: o “Pai Nosso”, ensinado pelo próprio Jesus Cristo, e a “Ave Maria”, nascida da Anunciação feita pelo Anjo Gabriel a Virgem Maria e das palavras de sua prima Santa Isabel.
Enquanto se reza, ele nos leva à meditar sobre os mistérios da vinda do Filho de Deus entre nós, isto é: anunciação, nascimento, vida, paixão e morte e ressurreição de Jesus Cristo.
Com a reforma do calendário litúrgico de 1960 a “Festa do Santíssimo Rosário” como era chamada, passou a ser o dia da comemoração de “Nossa Senhora do Rosário” e, o mês de outubro dedicado ao Rosário e a todas as missões apostólicas.
Rezemos hoje, 07 d outubro, a Nossa Senhora do Rosário, a oração mariana por excelência:
Ave Maria, cheia de graça…
http://liturgia.net.br/nossa-senhora-do-rosario/
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Meditemos os Mistérios de Cristo, os quais nos guiam à Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus
Esta festa foi instituída pelo Papa Pio V em 1571, quando celebrou-se a vitória dos cristãos na batalha naval de Lepanto. Nesta batalha os cristãos católicos, em meio a recitação do Rosário, resistiram aos ataques dos turcos otomanos vencendo-os em combate.
A celebração de Nossa Senhora do Rosário convida-nos à meditação dos Mistérios de Cristo, os quais nos guiam à Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus.
A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Desta forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nossos e, para a contagem, o Doutor da Igreja São Beda, o Venerável (séc. VII-VIII), havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante.
Na história também encontramos Maria que apareceu a São Domingos e indicou-lhe o Rosário como potente arma para a conversão: “Quero que saiba que, a principal peça de combate, tem sido sempre o Saltério Angélico (Rosário) que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Assim quero que alcances estas almas endurecidas e as conquiste para Deus, com a oração do meu Saltério”.
Essa devoção, propagada principalmente pelos filhos de São Domingos, recebe da Igreja a melhor aprovação e foi enriquecida por muitas indulgências. Essa grinalda de 200 rosas – por isso Rosário – é rezado praticamente em todas as línguas, e o saudoso Papa João Paulo II e tantos outros Papas que o precederam recomendaram esta singela e poderosa oração, com a qual, por intercessão da Virgem Maria, alcançamos muitas graças de Jesus, como nos ensina a própria Virgem Santíssima em todas as suas aparições.
Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!
fonte:http://santo.cancaonova.com/santo/nossa-senhora-do-rosario/~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Nossa Senhora do Rosário
Em agradecimento pela vitória da Batalha de Muret, Simon de Montfort construiu o primeiro santuário dedicado a Nossa Senhora da Vitória. Em 1572 Papa Pio V instituiu "Nossa Senhora da Vitória" como uma festa litúrgica para comemorar a vitória da Batalha de Lepanto. A vitória foi atribuída a Nossa Senhora por ter sido feita uma procissão do rosário naquele dia na Praça de São Pedro, em Roma, para o sucesso da missão da Liga Santa contra os turcos otomanos no oeste da Europa. Em 1573, Papa Gregório XIII mudou o título da comemoração para "Festa do Santo Rosário" e esta festa foi estendida pelo Papa Clemente XII à Igreja Universal.
Tudo o que no Pai Nosso pedimos, é muito reto, muito bem ordenado e conforme a fé, esperança e caridade cristã, e já por isto tem o especial agrado da SS. Virgem. Além disto, ouvindo-nos rezar, Ela reconhece em nossa voz o timbre da voz de seu Filho, que nos deu e ensinou à viva voz esta oração e nô-la impôs dizendo: Assim deveis rezar. Maria, vendo-nos assim com o Rosário, cumprindo fielmente a ordem recebida, com tanto mais amor e solicitude nos atenderá. “As místicas coroas que lhe oferecemos, são-lhe sumamente agradáveis e penhores de graça para nós” (Leão XIII). A própria Rainha do Céu fez-se quase fiadora da eficácia desta excelente oração.
A origem da devoção à Nossa Senhora do Rosário é muito antiga, mas sua propagação tomou impulso com São Domingos de Gusmão. Foi por sua inspiração que São Domingos fez do Rosário sua poderosa arma para combater a heresia dos albingenses, isto no início do século XIII, onde a tal heresia crescia vertiginosamente na França. Fundou a ordem dominicana e por sua intensa propagação e devoção, a Igreja lhe conferiu o título de “Apóstolo do Santo Rosário”. Existem, inclusive, certas versões históricas que afirmam ter Nossa Senhora aparecido a São Domingos segurando o Menino Jesus no colo e oferecendo-lhe o santo Rosário, e cuja propagação e divulgação teria tomado impulso por pedido pessoal de Maria Santíssima.
À recitação do Rosário é que a igreja atribui os seus maiores triunfos, e grata atesta, pela boca dos Sumos Pontífices que, “pelo Rosário todos os dias desce uma chuva de bênçãos sobre o povo cristão”(Urbano IV); “que é a oração oportuna para honrar a Deus e a Virgem, como afastar bem longe os iminentes perigos do mundo” (Sixto IV); “propagando-se esta devoção, os cristãos entregues à meditação dos mistérios inflamados por esta oração, começarão a transformar-se em outros homens, as trevas das heresias dissipar-se-ão e difundir-se-á a luz da fé católica” (São Pio V); "desejamos ver sempre mais largamente propagada esta piedosa prática e tornar-se devoção verdadeiramente popular de todos os lugares, de todos os dias" (Leão XIII). Nossa Senhora do Rosário.
Nos mistérios do Rosário, contemplamos todas as fases do Evangelho:
Os mistérios gozosos retratam as meditações da anunciação do Anjo a Nossa Senhora, visitação de Maria à Santa Isabel, nascimento triunfante de Jesus, sua apresentação no templo e Jesus, entre os doutores da lei.
Nos mistérios dolorosos contemplamos a agonia de Jesus no horto, flagelação de Jesus, a coroação de espinhos, o calvário, a crucificação e morte de Jesus.
Nos mistérios gloriosos, a Ressurreição de Jesus, a sua Ascensão aos céus, a vinda do Espírito Santo sobre Maria e os Apóstolos, a Sua Assunção e gloriosa Coroação.
E, sob inspiração maternal de Nossa Senhora, no dia 16/10/2002, pela carta apostólica Rosarium Virginis Mariae, que Sua Santidade o Papa João Paulo II acrescentou ao Rosário os Mistérios Luminosos, que retratam a vida pública de Jesus, desde o seu batismo no Jordão, o primeiro milagre nas Bodas de Caná, proclamação do reino, transfiguração e instituição da Eucaristia. Estes mistérios foram inseridos entre os mistérios gozosos e os dolorosos, formando um perfeito complemento da meditação da Bíblia.
A santa devoção atravessou os séculos sempre com o empenho da Santa Igreja de difundi-lo. Tem a virtude de excitar e nutrir em nós o recolhimento, pondo-nos em contato com os mistérios da nossa religião. É a oração do sábio e do ignorante, pois, como nenhuma outra, se adapta à capacidade de todos.
Peçamos a Maria Santíssima a graça de sermos não só fiéis propagadores, mas principalmente perseverantes na prática de sua recitação, e que tenhamos sempre o desejo inflamado de rezá-lo sempre com muito entusiasmo e alegria. E que tenhamos a convicção de que o Rosário une o tempo à eternidade, a cidade terrena à cidade de Deus.
http://www.igreja-catolica.com/nossa-senhora/nossa-senhora-do-rosario.php
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Corria o ano da graça de 1214. Havia bastante tempo que o Languedoc, região meridional da França, vinha sendo assolado por uma infame e terrível heresia: a dos albigenses.
Nesse estado de tribulação extrema da Cristandade, São Domingos passa três dias e três noites em contínua oração. E eis que então, Maria Santíssima, resplandecente de glória, lhe aparece e lhe apresenta o Rosário como uma arma de oração para converter os hereges. São Domingos começou a usá-lo em suas pregações e converteu os albigenses.
NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO SALVA A IGREJA DOS MUÇULMANOS
Ao ver a Europa ameaçada pelos exércitos do império otomano, que avançavam por mar e por terra, devastando tudo e perseguindo os cristãos, o Papa São Pio V mandou rezar o Rosário em toda a Cristandade, implorando a proteção de Nossa Senhora. Ao mesmo tempo, com o auxílio da Espanha e de Veneza, reuniu uma esquadra no Mar Mediterrâneo para defender os países católicos.
A sete de outubro de 1571, a frota católica encontrou a poderosa esquadra otomana no golfo de Lepanto. E apesar da superioridade numérica do adversário, os cristãos saíram triunfantes, afastando definitivamente o risco de uma invasão. Antes de travar-se o combate, todos os soldados e marinheiros católicos rezaram o Rosário com grande devoção.
A vitória, que parecia quase impossível, deveu-se à proteção da Virgem Santíssima, a qual - segundo testemunho dado pelos próprios muçulmanos - apareceu durante a batalha, infundindo- lhes grande terror.
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Nossa Senhora do Rosário possui um devoção muito antiga. Teve origem com os Monges irlandeses no século VIII, que recitavam os 150 Salmos. Como os leigos não sabiam ler, os monges ensinaram a rezar 150 Pai Nossos, que mais tarde foram substituídos por 150 Ave Marias. Assim, a devoção, começou a se espalhar pelo mundo.
Em muitas aparições de Maria Santíssima, Ela pede, ensina e reza junto, a oração do Rosário, como em Lourdes, em Fátima e tantas outras.
Rosário de Nossa Senhora
A palavra Rosário quer dizer um tanto de rosas, um buquê de rosas que se oferece a Nossa Senhora. Cada Ave Maria é uma rosa que oferecemos à Mãe, com carinho e esperança. Assim, quando rezamos o Santo Rosário completo, oferecemos um buquê de duzentas rosas a Nossa Senhora.
A devoção de Nossa Senhora do Rosário
A palavra Rosário quer dizer um tanto de rosas, um buquê de rosas que se oferece a Nossa Senhora. Cada Ave Maria é uma rosa que oferecemos à Mãe, com carinho e esperança. Assim, quando rezamos o Santo Rosário completo, oferecemos um buquê de duzentas rosas a Nossa Senhora.
A devoção de Nossa Senhora do Rosário
São Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Dominicanos, foi o grande propagador do Rosário no início do século Xlll. A Igreja lhe conferiu o título de Apóstolo do Santo Rosário. Naquela época havia muitos hereges que desviavam os fieis da Igreja Católica. São Domingos, com a prática da oração do Rosário, a pedido de Nossa Senhora, começou a combater as heresias dos albingenses, que crescia vertiginosamente na França.
O Papa mandou vários missionários para combater os hereges, mas nada conseguiram. Somente São Domingos, com a criação de sua ordem e com a insistente oração do Rosário, é que conseguiu acabar com esses hereges. São Domingos dizia que em todas as orações do Rosário pedia a intercessão de Maria Santíssima para converter os hereges e com o passar dos anos conseguiu.
A Batalha de Lepanto e a festa de Nossa Senhora do Rosário
O contributo de S. Pio V, um antigo dominicano, para a história do Rosário não se fica por aqui. O grande reformador criou também o último grande momento da antiga Cristandade, a unidade dos reinos cristãos à volta do Papa. Os turcos otomanos, depois do cerco e queda de Constantinopla em 1453, o fim oficial da Idade Média, e das conquistas de Suleiman, o Magnífico (1494-1566, sultão desde 1520), estavam às portas da Europa. Dividida nas terríveis guerras entre católicos e protestantes, a velha Europa não estava em condições de resistir. O perigo era enorme.
Além de apelar às nações católicas para defender a Cristandade, o Papa estabeleceu que o Santo Rosário fosse rezado por todos os cristãos, pedindo a ajuda da Mãe de Deus, nessa hora decisiva. Em resposta, houve um intenso movimento de oração por toda a Europa. Finalmente, a 7 de Outubro de 1571 a frota ocidental, comandada por D. João de Áustria (1545-1578), teve uma retumbante vitória na batalha naval de Lepanto, ao largo da Grécia. Conta-se que nesse mesmo dia, a meio de uma reunião com os cardeais, o Papa levantou-se, abriu a janela e disse “Interrompamos o nosso trabalho; a nossa grande tarefa neste momento é a de agradecer a Deus pela vitória que ele acabou de dar ao exército cristão”.
A ameaça fora vencida. Este foi o último grande feito da Cristandade. Mas o Papa sabia bem quem ganhou a batalha. Para louvar a Vitoriosa, ele instituiu a festa litúrgica de ação de graças a Nossa Senhora das Vitórias no primeiro domingo de Outubro. Hoje ainda se celebra essa festa, com o nome de Nossa Senhora do Rosário, no memorável dia 7 de Outubro.
No decorrer da história
A Igreja seria ainda sacudida por muitas tempestades. Visando fortalecer seus filhos e prepará- los para suportar as grandes provações futuras, suscitou Deus uma alma de fogo com a missão de reacender a chama da devoção ao Rosário, o qual mais uma vez tinha caído no esquecimento. São Luís Maria Grignion de Montfort, o grande doutor da devoção à Mãe de Deus, exerceu sua missão profética um século antes da Revolução Francesa. As regiões nas quais se deram ouvidos à sua pregação foram as que melhor resistiram aos erros de sua época e conservaram íntegra a Fé.
A Igreja seria ainda sacudida por muitas tempestades. Visando fortalecer seus filhos e prepará- los para suportar as grandes provações futuras, suscitou Deus uma alma de fogo com a missão de reacender a chama da devoção ao Rosário, o qual mais uma vez tinha caído no esquecimento. São Luís Maria Grignion de Montfort, o grande doutor da devoção à Mãe de Deus, exerceu sua missão profética um século antes da Revolução Francesa. As regiões nas quais se deram ouvidos à sua pregação foram as que melhor resistiram aos erros de sua época e conservaram íntegra a Fé.
Já no século XX, quando a Primeira Guerra Mundial estava em seu auge, Nossa Senhora veio, Ela mesma, em pessoa, lembrar aos homens que a solução para seus males estava ao alcance das mãos, nas contas do Rosário: “Rezai o Terço todos os dias para alcançar a paz e o fim da guerra”, repetiu Ela maternalmente aos três pastorzinhos, em Fátima. Na última aparição, em outubro de 1917, a Virgem Maria disse quem era: “Sou a Senhora do Rosário”. E para atestar a autenticidade das aparições e a importância do Rosário, operou um milagre de grandeza nunca vista, presenciado pela multidão de 70.000 pessoas que estavam no local: o sol girou no céu, ao meio-dia, parecendo precipitar- se sobre a terra, retomando depois sua posição habitual no firmamento.
Milagres dessa magnitude, encontram-se apenas no Antigo Testamento. Mas nem assim o mundo deu ouvidos à Mãe de Deus. E nunca se abateram sobre a Terra tantas desgraças, nunca houve tantas guerras, nunca a desagregação moral chegou tão baixo.
Entretanto, o meio de obter a paz para o mundo, para as famílias, para os corações, continua ao alcance de nossas mãos, nas contas benditas do Rosário, que Maria Santíssima trazia suspenso de seu braço quando apareceu em Fátima.
Papa João Paulo II, o Papa de Nossa Senhora do Rosário.
João Paulo II dedicou todo o seu Pontificado a Maria Santíssima. Ele declarou logo no primeiro dia de seu pontificado: Totus tuus Mariae (Tudo é de Maria). A devoção a Nossa Senhora do Rosário foi amplamente difundida e divulgada. Ele acrescentou mais um conjunto de Mistérios ao Rosário – os Mistérios Luminosos – em uma Encíclica que escreveu sobre o Santo Rosário.
A Oração que veio do Céu
O que dá verdade e embasamento ao Santo Rosário, é que nos foi ensinado pelo próprio Jesus, por Maria Santíssima e pelo anjo do Senhor. O Pai Nosso foi ensinado por Jesus quando disse aos apóstolos: quando forem rezar, dizei: Pai nosso que estais no Céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja feita a sua vontade, assim na terra como do Céu. O pão nosso de cada dia nos daí hoje, perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, não nos deixeis cair em tentação, e livrai-nos de todo o mal. Amém.
A oração da Ave Maria, foi nos ensinada pelo Anjo Gabriel, que apareceu a Maria dizendo: Ave Maria Cheia de graça, o Senhor é convosco. Santa Isabel, cheia do Espírito Santo, como nos diz Lucas, disse a Maria: bendita sóis vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre, Jesus. E a Igreja completou escrevendo: Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte amém.
Mistérios Gozosos nos quais se contemplam a anunciação do Anjo a Maria; a visita de Maria a sua prima Isabel; o nascimento de Jesus em Belém; a apresentação de Jesus no templo; e Jesus perdido e achado no templo entre os doutores da lei.Atualmente o Santo Rosário é dividido em quatro conjuntos de mistérios, onde contemplamos os momentos da vida de Jesus e de Maria. Os quatro conjuntos de Mistérios são:
Mistérios Dolorosos nos quais se contemplam a agonia de Jesus no Horto das Oliveiras; a flagelação de Jesus; a Coroação de Espinhos; Jesus carrega a Cruz até o Calvário; a Crucificação e morte de Jesus.
Mistérios Gloriosos nos quais se contemplam a Ressurreição de Jesus; a sua Ascensão ao Céu; a vinda do Espírito Santo Sobre os Apóstolos e Maria; a Assunção de Maria ao Céu; a coroação de Maria.
Mistérios Luminosos foram escritos pelo próprio Papa João Paulo II, em sua carta apostólica, Rosarium Virginis Mariae, no ano de 2002. Nestes mistérios contemplam-se toda a Vida pública de Jesus: o Batismo no Rio Jordão; o Milagre nas bodas de Caná; a proclamação do Reino do Céu e o convite a Conversão; a Transfiguração de Jesus no Tabor; a Instituição da Eucaristia.
Milagres de Nossa Senhora do Rosário
A devoção a Nossa Senhora do Rosário atravessa os séculos, trazendo a Igreja para o lado de Maria Santíssima, que a leva para a Salvação de Jesus. O Rosário de Maria une a terra aos Céus. Maria Santíssima, em suas aparições, sempre insiste para que as pessoas rezem o Rosário, que é um dos caminhos para se chegar a Jesus e a Salvação eterna. O Santo Rosário é também uma poderosa arma de intercessão, um meio certo de se obter graças através da Virgem Maria.
A festa do Rosário de Nossa Senhora no Brasil está ligada a grupos negros que realizam os autos populares conhecidos pelos nomes de Congada, Congado ou Congos. Por essa vinculação aos negros, o Congado se tornou também uma festa de santos de cor, como São Benedito e Santa Efigênia. A devoção no Brasil
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário chegou ao Brasil no século XVI. Em Santos, a igreja matriz já tem como padroeira Nossa Senhora do Rosário. No século XVII, esta mesma imagem de Nossa Senhora é a padroeira principal de Itu, Parnaíba e Sorocaba.
A partir do fim do período colonial, as irmandades do Rosário passam a ser constituídas pelos “homens pretos”.
A partir do fim do período colonial, as irmandades do Rosário passam a ser constituídas pelos “homens pretos”.
No Brasil, ela foi adotada por senhores e escravos, sendo que no caso dos negros ela tinha o objetivo de aliviar-lhes os sofrimentos infligidos pelos brancos. Os escravos recolhiam as sementes de um capim, cujas contas são grossas, denominadas “lágrimas de Nossa Senhora”, e montavam terços para rezar.
A Irmandade do Rosário possuía a seguinte hierarquia: a Mesa Administrativa, o Conselho de Irmãos, a Coorte e o Estado Maior com suas Guardas. Em alguns lugares, devido à perseguição promovida pelo clero, algumas destas irmandades desvincularam-se da Igreja Católica. Mais recentemente, em algumas dioceses há uma reaproximação, através da Pastoral Afro-Brasileira.
Com quase três séculos de existência, a Irmandade do Rosário dos Homens Pretos é uma referência para movimentos de consciência negra, porque apresenta uma tradição religiosa que remonta aos tempos dos primeiros escravos
http://historiadenossasenhora.blogspot.com.br/2014/03/nossa-senhora-do-rosario.html
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Nossa Senhora do Rosário
O Rosário é a devoção mariana por excelência, a mais popular e a mais querida ao coração de Maria. Ela mesma a recomendou a Santo Domingo de Guzmán, apresentando-a como meio eficaz para conservar e aumentar a fé, para dissipar os erros, para uma vida mais evangélica.
Esta festa foi instituída pelo Papa Pio V em 1571, quando se celebrou a vitória dos cristãos na batalha naval de Lepanto. Nesta batalha, os cristãos católicos, em meio à recitação do Rosário, resistiram aos ataques dos turcos otomanos vencendo-os em combate. A celebração de hoje convida-nos à meditação dos Mistérios de Cristo, os quais nos guiam à Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus.
A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Desta forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nossos e, para a contagem, o Doutor da Igreja São Beda, o Venerável (séc. VII-VIII), havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante.
Em recentes aparições em Fátima, Lourdes e Salete e outros lugares, a Virgem se mostrou com o rosário nas mãos, recomendando a sua recitação frequente. Em 1917, em Fátima, apareceu seis vezes a Lúcia, Jacinta e Francisco, prometendo-lhes muitas graças se recitassem todos os dias o Rosário. Na última aparição, no dia 13 de outubro, exclamou: “Eu sou a Virgem do Rosário”.
Plinio Corrêa de Oliveira
Nossa Senhora do Rosário, devoção característica dos predestinados, penhor de vitórias futuras
"Santo do Dia", 7 de outubro de 1964
A D V E R T Ê N C I A
O presente texto é adaptação de transcrição de gravação de conferência do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a sócios e cooperadores da TFP, mantendo portanto o estilo verbal, e não foi revisto pelo autor.
Se o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:
“Católico apostólico romano, o autor deste texto se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto, por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.
As palavras "Revolução" e "Contra-Revolução", são aqui empregadas no sentido que lhes dá o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira em seu livro "Revolução e Contra-Revolução", cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de Catolicismo, em abril de 1959.
Hoje, 07 de outubro, é a Festa de Nossa Senhora do Rosário, festa instituída em comemoração da vitória de Lepanto (1571), alcançada neste dia contra os turcos que ameaçavam a Europa; estendida à Igreja universal em ação de graças. E estamos também na novena de Nossa Senhora da Imaculada Conceição Aparecida.
Em síntese, o Rosário se compõe da meditação dos Mistérios da vida de Nossa Senhora e de Nosso Senhor. Estes Mistérios são de tal maneira que pronunciamos as orações vocalmente mas, ao mesmo tempo em que as pronunciamos vocalmente, meditamos a respeito do Mistério.
Há, portanto, uma espécie de pequeno tesouro de elementos de teologia dentro do Rosário, que fazem do Rosário uma verdadeira obra prima de espiritualidade; e uma obra prima de Doutrina Católica, da Doutrina como deve ser entendida. Não feita de emoções, mas séria, sólida, pensada, com uma porção de razões de ser, firmes que, então, nos explicam que o Rosário, realmente, é uma devoção suculenta, substanciosa e de grande valor. E que explica as inúmeras graças que Nossa Senhora, por meio dessa devoção, tem concedido a todos.
Esta festa foi instituída pelo Papa Pio V em 1571, quando se celebrou a vitória dos cristãos na batalha naval de Lepanto. Nesta batalha, os cristãos católicos, em meio à recitação do Rosário, resistiram aos ataques dos turcos otomanos vencendo-os em combate. A celebração de hoje convida-nos à meditação dos Mistérios de Cristo, os quais nos guiam à Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição do Filho de Deus.
A origem do Rosário é muito antiga, pois conta-se que os monges anacoretas usavam pedrinhas para contar o número das orações vocais. Desta forma, nos conventos medievais, os irmãos leigos dispensados da recitação do Saltério (pela pouca familiaridade com o latim), completavam suas práticas de piedade com a recitação de Pai-Nossos e, para a contagem, o Doutor da Igreja São Beda, o Venerável (séc. VII-VIII), havia sugerido a adoção de vários grãos enfiados em um barbante.
Em recentes aparições em Fátima, Lourdes e Salete e outros lugares, a Virgem se mostrou com o rosário nas mãos, recomendando a sua recitação frequente. Em 1917, em Fátima, apareceu seis vezes a Lúcia, Jacinta e Francisco, prometendo-lhes muitas graças se recitassem todos os dias o Rosário. Na última aparição, no dia 13 de outubro, exclamou: “Eu sou a Virgem do Rosário”.
Plinio Corrêa de Oliveira
Nossa Senhora do Rosário, devoção característica dos predestinados, penhor de vitórias futuras
"Santo do Dia", 7 de outubro de 1964
A D V E R T Ê N C I A
O presente texto é adaptação de transcrição de gravação de conferência do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira a sócios e cooperadores da TFP, mantendo portanto o estilo verbal, e não foi revisto pelo autor.
Se o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira estivesse entre nós, certamente pediria que se colocasse explícita menção a sua filial disposição de retificar qualquer discrepância em relação ao Magistério da Igreja. É o que fazemos aqui constar, com suas próprias palavras, como homenagem a tão belo e constante estado de espírito:
“Católico apostólico romano, o autor deste texto se submete com filial ardor ao ensinamento tradicional da Santa Igreja. Se, no entanto, por lapso, algo nele ocorra que não esteja conforme àquele ensinamento, desde já e categoricamente o rejeita”.
As palavras "Revolução" e "Contra-Revolução", são aqui empregadas no sentido que lhes dá o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira em seu livro "Revolução e Contra-Revolução", cuja primeira edição foi publicada no Nº 100 de Catolicismo, em abril de 1959.
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Sobre a devoção ao Santo Rosário, tanta coisa já se tem dito entre nós, e é uma devoção de tal maneira inculcada entre nós, que eu me sinto quase embaraçado em encontrar alguma coisa para dizer. Talvez fosse interessante tomarmos o espírito dessa devoção em alguns de seus aspetos, para compreendermos o valor da devoção ao Rosário.
Entrega do Rosário a São Domingos de Gusmão
Em primeiro lugar, esta devoção tem como mérito muito grande ter sido revelada por Nossa Senhora a São Domingos, e nascer, portanto, de uma das revelações particulares que os inimigos da Igreja tanto abominam. É uma revelação particular que deu origem a esta devoção e, entretanto, esta devoção se estendeu por toda a Igreja Católica; ficou sendo considerada por São Luiz Grignion de Montfort a devoção característica dos predestinados; passou a ser o distintivo de muitas ordens religiosas, que em seu hábito traziam o Rosário à cintura e, a bem dizer, passou a ser o objeto de piedade de todo verdadeiro católico.
De maneira que, assim como acontece conosco, tempo houve em que todo verdadeiro católico levava normalmente o Rosário consigo o dia inteiro. Não o considerava apenas como instrumento para contar Ave-Marias, mas como instrumento bento que era quase como uma espécie de corrente de ligação com Nossa Senhora e cuja presença, cuja posse física, tinha o condão de afugentar o demônio, de atrair a graça de Nossa Senhora, etc. Há episódios de lutas contra o demônio em que exorcistas e outras pessoas atiram o Rosário sobre o demônio e o demônio foge correndo, de tal maneira o Rosário passou a ser uma espécie de elemento de luta permanente contra o demônio.
Ora, o que vem a ser o Rosário?
Em síntese, o Rosário se compõe da meditação dos Mistérios da vida de Nossa Senhora e de Nosso Senhor. Estes Mistérios são de tal maneira que pronunciamos as orações vocalmente mas, ao mesmo tempo em que as pronunciamos vocalmente, meditamos a respeito do Mistério.
Esta conjunção da oração [vocal] com a meditação é uma coisa esplêndida, porque enquanto os lábios proferem uma súplica, o espírito se concentra num ponto. E, por esta dupla atividade, o homem faz, a bem dizer, tudo o que pode fazer na ordem sobrenatural. Porque ele se une, por suas intenções, àquilo que seus lábios pronunciam. E ele se entrega, por sua mente, àquilo que seu espírito medita. E por esta forma ele se liga intimamente a Deus durante essa oração; ligação tanto mais acentuada e definida quanto, sendo Nossa Senhora a Medianeira de todas as Graças, e sendo o grosso das orações do Rosário Ave-Marias, é por meio da Medianeira de todas as Graças que a pessoa se dirige a Deus.
Há, portanto, uma espécie de pequeno tesouro de elementos de teologia dentro do Rosário, que fazem do Rosário uma verdadeira obra prima de espiritualidade; e uma obra prima de Doutrina Católica, da Doutrina como deve ser entendida. Não feita de emoções, mas séria, sólida, pensada, com uma porção de razões de ser, firmes que, então, nos explicam que o Rosário, realmente, é uma devoção suculenta, substanciosa e de grande valor. E que explica as inúmeras graças que Nossa Senhora, por meio dessa devoção, tem concedido a todos.
Quinto Mistério Gozoso: encontro do Menino Jesus no Templo
Santuário do Sagrado Coração de Jesus - São Paulo
De outro lado, é muito bonito meditar cada uma das dezenas do Rosário. Porque cada uma dessas dezenas tem um Mistério que confere graças próprias. Umas, são as graças que nós podemos obter por causa do Mistério da Anunciação; outras, as que podemos obter pelo Mistério da Visitação; outras, as que podemos obter pelo Mistério da Ascensão. Cada um desses Mistérios traz graças próprias. E nós, rezando e meditando sobre esses Mistérios, atraímos sobre nossas almas, a bem dizer de um modo global, todas as graças da Vida de Nosso Senhor Jesus Cristo. É, portanto, de circunavegação, é um périplo dentro desse mundo, que enche a nossa alma. E é este mais um título, pelo qual nós compreendemos a ação benfazeja do Rosário.
Eu atraio a atenção dos senhores para o seguinte: como isto é profundamente raciocinado, como isto é profundamente pensado e ponderado, [e sirva] para os senhores terem bem em vista como é a vida espiritual do católico e, sobretudo, do varão católico. A vida espiritual do varão católico é feita de pensamento, de reflexão com base na Fé, de conclusões que se arquitetam, que se travam umas nas outras, e que constituem sistema. E os senhores vêem aí que, analisando ponto por ponto essa devoção, encontramos uma porção de razões - e razões sérias - que nos convencem, que nos incutem confiança nessa devoção.
Em todas essas devoções há algo mais, que não é só a devoção. [Ela] é muito boa. Mas Deus, no modo pelo qual governa o Universo, faz tudo com conta, peso e medida. Ele, por assim dizer, usa de Sua soberana liberdade fazendo, por um ato que é de [Seu] santíssimo e sapientíssimo arbítrio, algo que vem, que se acrescenta a isto e que, vamos dizer, não tem outra razão de ser a não ser a simples vontade de Deus.
Quer dizer, o Rosário é uma devoção excelente por todos esses motivos. Mas vê-se, por todas as graças que ele tem alcançado para a humanidade, que Nossa Senhora quis, nesta devoção, de um modo especial e por um ato de sua liberalidade pura, super acrescentar graças. Então, entre muitas outras devoções que também são excelentes, que também se fundam em razões teológicas magníficas, Ela resolveu realçar esta, e conceder a propósito dela, graças muito especiais.
Além de todos esses motivos, há um motivo histórico que se acrescenta a eles. É que, se nós consideramos essa devoção, nós vemos que ela tem sido, ao longo da história da Igreja, uma oportunidade enorme para graças que Nossa Senhora concede porque Ela quer, e em que se afirma este caráter próprio da soberana, que é um certo livre arbítrio que paira acima das contingências, que não é o contrário da sabedoria, mas é o supra-sumo da sabedoria; é o livre arbítrio, alvedrio da soberana, fazendo por um ato próprio e gratuito de Sua liberalidade, algo a que, em rigor, a natureza das coisas não A obrigava. E nisso nós temos uma espécie de super-excelência do Rosário.
No dia da Batalha de Lepanto, 07 de outubro, o Papa olhou para a janela e teve a visão da batalha vitoriosa que tinha acabado de terminar. A notícia da vitória, enviada da forma habitual, só chegou a Roma em 21 de outubro.
Os senhores têm, entre outras graças insignes alcançadas pelo Rosário, a graça da vitória de Lepanto. Os senhores sabem que tal vitória foi alcançada enquanto São Pio V tinha a visão do triunfo das tropas católicas. Ele estava muito aflito, numa reunião de cardeais, e saiu um pouco junto à janela, preocupado com o destino da esquadra que tinha mandado para conter os turcos no Mediterrâneo Oriental, quando teve a visão. Sabe-se que a derrocada da Cristandade estava iminente nesse momento e que o Papa era quase o único a se preocupar com isso.
São Pio V ordenou que a 7 de outubro de todos os anos se comemorasse uma festa em honra de Nossa Senhora das Vitórias, título alterado posteriormente em Nossa Senhora do Rosário, pelo Papa Gregório XIII.
Outra vitória assinalada, no mesmo gênero e contra o mesmo inimigo - o Crescente - foi em 1716, na Hungria.
Se os antecedentes são esses, e se Nossa Senhora quis obter para a Cristandade duas grandes vitórias contra o grande inimigo da Igreja no tempo, como hoje é o Comunismo, nós podemos muito legitimamente concluir que, pela devoção do Rosário, que deverá durar certamente até o fim dos tempos, a Igreja poderá alcançar, na luta contra o Comunismo, vitórias também espetaculares.
E nós podemos concluir uma outra coisa. Provavelmente a recitação assídua do Rosário por aqueles que lutarem pelo Reino de Maria, conforme as profecias de Fátima, será uma das grandes ocasiões de vitória e, talvez, marcará o momento culminante da plena realização dos acontecimentos ali profetizados. O Santo Rosário, em virtude de seus antecedentes - antecedentes históricos constituídos livremente por Nossa Senhora -, o Santo Rosário é um penhor de vitórias futuras.
Eu acrescentaria, que ele é um penhor de vitórias futuras, por outra razão. Sempre me impressionei muito com um fato que li numa biografia de Santo Afonso de Ligório, que até já narrei aqui. O santo, bispo, fundador de uma ordem religiosa [os redentoristas], já muito velho, andando de cadeira de rodas pelo convento, levado por um irmão, ia rezando junto com ele. Andava pelo convento para espairecer um pouco, para não estar sempre no quarto.
Uma vez perguntou ao irmão - ou mais de uma vez, não me lembro bem - se já tinham rezado o Rosário inteiro. O irmão disse a ele: “- Nem um.” (não me lembro bem). “-Rezemos, então” respondeu. “- Mas o senhor está cansado, que diferença faz, num dia, não rezar o Rosário?” Disse ele: “- Se um dia se passar sem que eu reze o Rosário, eu tenho medo pela minha salvação eterna.” Gostei desse trecho porque eu sinto... eu acho que todos nós devemos sentir exatamente o mesmo.
O Rosário cotidiano é a grande garantia da perseverança final. Se diminuísse no Grupo (*) a devoção ao Rosário, tenho a impressão que ele se desintegraria. E que o mau espírito pulularia dentro dele, as discórdias, as desconfianças, as desavenças, tudo pulularia dentro dele e, de um momento para outro, ele desapareceria.
E o Rosário bem rezado, pausadamente rezado, é um elemento magnífico exatamente para nos alcançar esse progresso, essa perseverança que deve nos levar à fidelidade suprema. Quer dizer, desde já, nesta espécie de prolongado Lepanto que é a vida do Grupo, o Rosário tem um papel primordial, um papel verdadeiramente capital.
Eu até louvei muito a largueza de vistas de Frei Jerônimo (**) que, como diretor da Ordem Terceira (***), compreendeu bem isto, e dispensou a muitíssimos de nós - ou a todos - de rezarmos o Ofício para rezarmos o Rosário, compreendendo a relação especialíssima do Rosário conosco. Alguém dirá: “- Mas, o Ofício ou o Rosário, não dá mais ou menos na mesma?” Eu volto àquela minha idéia de uma espécie de ato arbitrário de Nossa Senhora - mas santamente arbitrário - pelo qual Ela cumulou o Ofício de indulgências, e é muito louvável rezá-lo mas, do Rosário, fez uma devoção verdadeiramente incomparável.
De maneira que a minha indicação na noite de hoje é de um veemente esforço para rezarmos o Rosário inteiro todos os dias. Mais ainda, pedirmos a Nossa Senhora, como graça de hoje, que todos rezem o Rosário todos os dias, superando alguma fraqueza, algum cansaço que possa apresentar-se a respeito disso. E para tornar o Rosário útil e mais fácil de rezar, eu creio que o processo indicado por São Luiz Maria Grignion, que faz do Rosário um estupendo elogio, [é o indicado].
É um processo muito bom: decompor o Mistério em dez pontos e, segundo cada conta, meditar um ponto, de maneira que haja uma certa variedade de considerações e o espírito possa mais facilmente se concentrar. Há vários processos assim.
A recomendação é esta: do Rosário diário compreendendo que, por um ato de liberalidade de Nossa Senhora, desde já, a Lepanto da vida de cada um de nós, está ligada à recitação diária do Rosário.
E volto a dizer, não adianta vir com essa coisa: “Mas afinal, essa devoção ou outra, não é igual?" Nossa Senhora tem o direito de estabelecer as suas preferências! Há alguns autores que acham, a respeito do fruto proibido do Paraíso, que ele não tinha nada de intrinsecamente mau, mas que era uma coisa puramente arbitrária de Deus, ligada àquilo; não se podia comer porque Ele não queria, mais nada; por um ato de obediência a Ele; e era preciso obedecer.
Há um ato de humildade em rezar o Rosário entre tantas devoções tão excelentes; rezar o Rosário porque Nossa Senhora tem indicado que Ela prefere essa devoção; e que a prefere, talvez, apenas por um ato de obediência que se tem de prestar rezando isso porque Ela declarou que prefere. E [também] devemos nos apegar ao Santo Rosário com todas as forças de nossa alma, [porque essa devoção] é a mais combatida, evidentemente.
Gostaria de concluir dizendo que, em muitos lugares, havia antigamente, e ainda continua, a tradição de sepultar os mortos levando na mão um pequeno crucifixo; e que se completou naturalmente entrelaçando nas mãos do morto um Rosário. E a idéia é essa: o morto se apresenta ao Céu com a Cruz e o Rosário; exatamente com a Cruz e o Rosário porque o Rosário passou a ser, vamos dizer, o elemento inseparável da verdadeira piedade cristã. Se uma contra-prova devesse haver da predileção de Nossa senhora Pelo Rosário, essa contra-prova seria o ódio que os inimigos dEla têm contra o Rosário; um ódio marcadíssimo.
Os senhores não verão os inimigos da Igreja - internos ou externos - atacarem nenhuma devoção a Nossa Senhora tanto quanto atacam o Rosário. Naturalmente, porque o mau sente e sabe que Ela quis, por meio do Rosário, dispensar muitas graças.
Com essas considerações, eu creio que nos cabe aqui formar um propósito e pedir a Nossa Senhora que abençoe esse nosso propósito e que nos dê as graças para o cumprirmos adequadamente.
(*) Grupo: O "grupo" que se reunia em torno ao "Legionário" e, posteriormente, ao "Catolicismo", deu origem à TFP. Daí manter-se a denominação de "Grupo" para referir-se a si mesmos.
(**) Frei Jerônimo van Hintem, Carmelita e amigo de longa data do grupo de Catolicismo e depois da TFP.
(***) Tanto o Prof. Plinio como a maioria dos membros do então "Grupo de Catolicismo" pertenciam à Ordem Terceira do Carmo.
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