sexta-feira, 31 de maio de 2013

Nossa Senhora da Assunção - Nossa Senhora da Glória -15 agosto


A festa da Assunção nos convida a meditar sobre a glória inefável da Virgem Maria, o Paraíso de Deus.

Quanto mais o homem procura aprofundar-se no conhecimento de Deus, mais compreende que não conseguirá abarcá-Lo, tais as grandezas e os mistérios com os quais se depara.

A glorificação da Virgem Maria com São João Evangelista, Santo Agostinho, São João Crisóstomo e São Gregório Magno mosaico de Carlo Maratta, século XVIII,

O Criador, que estabelece as regras, se apraz em criar magníficas exceções. Três criaturas não podiam ser criadas em grau mais excelente, ensina-nos a Teologia. A primeira delas é Jesus Cristo, Homem-Deus: impossível ser mais perfeito, nada haveria a acrescentar. A segunda, Maria: "quase divina", é a expressão utilizada por vários teólogos para se referir à Mãe do Redentor. E, por fim, a visão beatífica, o Céu: o prêmio reservado aos justos não poderia ser melhor nem maior. É o próprio Deus que Se dá aos Bem-aventurados!

Por que morreu a Mãe da Vida?
Em Maria Santíssima está a plenitude de graças e de perfeições possíveis a uma mera criatura. Segundo a bela expressão de Santo Antonino, "Deus reuniu todas as águas e chamou-as mar, reuniu todas as suas graças e chamou-as Maria". Desde toda a eternidade, o decreto divino estabelecia o singularíssimo privilégio de ser a Virgem Santíssima concebida livre da mancha original. Privilégio este próprio Àquela que geraria em seu seio o próprio Deus.

Transcorrida sua vida nesta terra, o que aconteceria com nossa Mãe?
Ela, que havia dado à luz, alimentado e protegido o Menino-Deus, e recebido em seus braços virginais o Corpo dilacerado de seu Filho e Redentor, estava prestes a exalar o último suspiro. Como poderia passar pelo transe da morte aquela Virgem Imaculada, nunca tocada pela mais leve sombra de qualquer falta?

Sem embargo, como o suave declinar do sol num magnífico entardecer, a Mãe da Vida rendia sua alma. Por que morria Maria? Tendo Ela participado de todas as dores da Paixão de Jesus, não quis deixar de passar pela morte, para em tudo imitar seu Deus e Senhor.

De que morreu Maria?
Perfeitíssima era a natureza da Virgem Maria. Com efeito, afirma Tertuliano que "se Deus empregou tanto cuidado ao formar o corpo de Adão, pela razão de seu pensamento voar até Cristo, que deveria nascer dele, quanto maior cuidado não terá tido ao formar o corpo de Maria, da qual devia nascer, não de modo remoto e mediato, mas de modo próximo e imediato, o Verbo Encarnado?" (1)
Ademais, escreveu Santo Antonino, "a nobreza do corpo aumenta e se intensifica em proporção com a maior nobreza da alma, com a qual está unido e pela qual é informado. E é racional, pois a matéria e a forma são proporcionadas uma à outra. Sendo, portanto, que a alma da Virgem foi a mais nobre, depois da do Redentor, é lógico concluir-se que também seu corpo foi o mais nobre, depois do de seu Filho" (2).


À alma santíssima de Maria, concebida sem pecado original e cheia de graça desde o primeiro instante de sua existência, correspondia, portanto, um organismo humano perfeitíssimo, sem o menor desequilíbrio.

Em conseqüência de sua virginal natureza, Nossa Senhora foi imune a qualquer doença, e jamais esteve sujeita à degenerescência do corpo causada pela idade. De que morreu, pois, a Mãe de Deus?

O termo da existência terrena de Maria deveu-se à "força do divino amor e ao veemente desejo de contemplação das coisas celestiais, que consumiam seu coração" (3). A Santíssima Virgem morreu de amor! São Francisco de Sales assim descreve esse sublime acontecimento:

"Quão ativo e poderoso (...) é o amor divino! Nada de estranho se vos digo que Nossa Senhora dele morreu, pois, levando sempre em seu coração as chagas do Filho, padecia- as sem consumir-se, mas finalmente morreu pelo ímpeto da dor. Sofria sem morrer, porém, por fim, morreu sem sofrer. "Oh, paixão de amor!
Oh, amor de paixão! Se seu Filho estava no Céu, seu coração já não estava n'Ela. Estava naquele corpo que amava tanto, ossos de seus ossos, carne de sua carne, e ao Céu voava aquela águia santa. Seu coração, sua alma, sua vida, tudo estava no Céu: por que haviam de ficar aqui na terra?

"Finalmente, após tantos vôos espirituais, tantos arrebatamentos e tantos êxtases, aquele castelo santo de pureza e humildade rendeu-se ao último assalto do amor, depois de haver resistido a tantos. O amor A venceu, e consigo levou sua benditíssima alma" (4).

Essa morte de Maria, suave e bendita como um lindo entardecer, a Igreja designa pelo sugestivo nome de "dormição", para significar que seu corpo não sofreu a corrupção. 
Cheia de graça e cheia de glória

Quanto durou a permanência do puríssimo corpo de Maria no sepulcro?

Não o sabemos. Mas, segundo a tradição, muito pouco tempo esteve a alma separada de seu corpo. E, na Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, afirma o Papa Pio XII: "Por um privilégio inteiramente singular, Ela venceu o pecado com sua Conceição Imaculada; e por esse motivo não foi sujeita à lei de permanecer na corrupção do sepulcro, nem teve de esperar a redenção do corpo até o fim dos tempos" .

Assim, resplandecente de glória, a alma santíssima de Nossa Senhora reassumiu seu virginal corpo, tornando-o completamente espiritualizado, luminoso, sutil, ágil e impassível.

E Maria - que quer dizer "Senhora de Luz" - elevou-se em corpo e alma ao Céu, enquanto as incontáveis legiões das milícias angélicas exclamavam maravilhadas ao contemplar sua Soberana cruzando os umbrais eternos: "Quem é esta que surge triunfante como a aurora esplendorosa, bela como a lua, refulgente e invencível como o sol que sobe no firmamento e terrível como um exército em ordem de batalha?" (5).

E ouviu-se uma grande voz que dizia: "Eis aqui o tabernáculo de Deus" (Ap 21, 3). A Filha bem-amada do Pai, a Mãe virginal do Verbo, a Esposa puríssima do Espírito Santo foi coroada, então, pelas Três Divinas Pessoas para reinar no universo, pelos séculos dos séculos, "à direita do Rei" (Sl 44, 10).


O dogma
A verdade desta glorificação única e completa da Santíssima Virgem foi definida solenemente como dogma de Fé pelo Papa Pio XII, no dia 1º de novembro de 1950, com estas belas palavras:

"Depois de termos dirigido a Deus repetidas súplicas, e de termos invocado a luz do Espírito de verdade, para a glória de Deus onipotente que à Virgem Maria concedeu sua especial benevolência, para a honra de seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória de sua augusta Mãe e para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Bem-aventurados Apóstolos São Pedro e São Paulo e com a Nossa, pronunciamos, declaramos e definimos que: A Imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial". (Revista Arautos do Evangelho, Agosto/2004, n. 32, p. 18 à 20)

Ascensão de Nosso Senhor e Assunção de Mari
a

É comum haver certa confusão de conceitos a respeito da Ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo e da Assunção de Nossa Senhora. O famoso teólogo Fr. Antonio Royo Marin elucida a questão:

Não é exata, portanto, a distinção que estabelecem alguns entre a Ascensão do Senhor e a Assunção de Maria, como se a primeira se distinguisse da segunda pelo fato de ter sido feita por sua própria virtude ou poder, enquanto a Assunção de Maria necessitava do concurso ou ajuda dos Anjos. Não é isso. A diferença está em que Cristo teria podido ascender ao Céu por seu próprio poder ainda antes de sua morte e gloriosa ressurreição, enquanto que Maria não poderia fazê-lo - salvo um milagre - antes de sua própria ressurreição.

Porém, uma vez realizada esta, a Assunção se verificou utilizando sua própria agilidade gloriosa, sem a necessidade do auxílio dos Anjos e sem milagre algum ("La Virgen María", pp. 213-214).

fonte: http://cleofas.com.br/festa-da-assuncao-de-nossa-senhora-2/
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Oração a Nossa Senhora da Assunção.

Ó dulcíssima soberana, rainha dos Anjos, bem sabemos que, miseráveis pecadores, não éramos dignos de vos possuir neste vale de lágrimas, mas sabemos que a vossa grandeza não vos faz esquecer a nossa miséria e, no meio de tanta glória, a vossa compaixão, longe de diminuir, aumenta cada vez mais para conosco.
Do alto desse trono em que reinais sobre todos os anjos e santos, volvei para nós os vossos olhos misericordiosos; vede a quantas tempestades e mil perigos estaremos, sem cessar, expostos até o fim de nossa vida.
Pelos merecimentos de vossa bendita morte, obtende-nos o aumento da fé, da confiança e da santa perseverança na amizade de Deus, para que possamos, um dia, ir beijar os vossos pés e unir as nossas vozes às dos espíritos celestes, para louvar e cantar as vossas glórias eternamente no céu.
Assim seja!
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Assunção de Nossa Senhora - Mãe de Deus
Deus lhe concedeu como a Virgem antes do parto, no parto e depois do parto, como a Mãe de Deus

Hoje, dia 15 de agosto, solenemente, celebramos o fato ocorrido na vida de Maria de Nazaré, proclamado como dogma de fé, ou seja, uma verdade doutrinal, pois tem tudo a ver com o mistério da nossa salvação. Assim definiu pelo Papa Pio XII em 1950 através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus: “A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial.”


Antes, esta celebração, tanto para a Igreja do Oriente como para o Ocidente, chamava-se “Dormição”, porque foi sonho de amor. Até que se chegou ao de “Assunção de Nossa Senhora ao Céu”, isto significa que o Senhor reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os méritos da Mãe, principalmente alcançados em meio às aceitações e oferecimentos das dores.

Maria contava com 50 anos quando Jesus subiu ao Céu. Tinha sofrido muito: as dúvidas do seu esposo, o abandono e pobreza de Belém, o desterro do Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério público de Jesus, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Calvário, a morte do Filho e, embora tanto sofrimento, São Bernardo e São Francisco de Sales é quem nos aponta o amor pelo Filho que havia partido como motivo de sua morte.

É probabilíssima, e hoje bastante comum, a crença de a Santíssima Virgem ter morrido antes que se realizasse a dispersão dos Apóstolos e a perseguição de Herodes Agripa, no ano 42 ou 44. Teria então uns 60 anos de idade. A tradição antiga, tanto escrita como arqueológica, localiza a sua morte no Monte Sião, na mesma casa em que seu Filho celebrara os mistérios da Eucaristia e, em seguida, tinha descido o Espírito Santo sobre os Apóstolos.
Esta a fé universal na Igreja desde tempos remotíssimos. A Virgem Maria ressuscitou, como Jesus, pois sua alma imortal uniu-se ao corpo antes da corrupção tocar naquela carne virginal, que nunca tinha experimentado o pecado. Ressuscitou, mas não ficou na terra e sim imediatamente foi levantada ou tomada pelos anjos e colocada no palácio real da glória. Não subiu ao Céu, como fez Jesus, com a sua própria virtude e poder, mas foi erguida por graça e privilégio, que Deus lhe concedeu como a Virgem antes do parto, no parto e depois do parto, como a Mãe de Deus.

Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós!

fonte:http://santo.cancaonova.com/santo/assuncao-de-nossa-senhora-mae-de-deus/
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Festa da Assunção de Nossa Senhora
POR PROF. FELIPE AQUINO

O que a Igreja nos ensina sobre a ressurreição e Assunção de Nossa Senhora ao céu?

Bem, antes de tudo vamos ler o que o Papa Pio XII disse ao proclamar  este dogma sobre a Virgem Maria, na Constituição Apostólica “Munificientissimus Deus”, no dia 1 de novembro de 1950. Sua festa é celebrada no dia 15 de agosto; no Brasil passou para o domingo seguinte. Disse Pio XII:

“Cristo, com Sua morte, venceu o pecado e a morte e sobre esta e sobre aquele alcançará também vitória pelos merecimentos de Cristo quem for regenerado sobrenaturalmente pelo batismo. Mas por lei natural Deus não quer conceder aos justos o completo efeito dessa vitória sobre a morte, senão quando chegar o fim dos tempos. Por isso os corpos dos justos se dissolvem depois da morte, e somente no último dia tornarão a unir-se, cada um com sua própria alma gloriosa. Mas desta lei geral Deus quis excetuar a Bem-Aventurada Virgem Maria. Ela, por um privilégio todo singular venceu o pecado; por sua Imaculada Conceição, não estando por isso sujeita à lei natural de ficar na corrupção do sepulcro, não foi preciso que esperasse até o fim do mundo para obter a ressurreição do corpo”.
E assim, na Praça de São Pedro em Roma, circundado por 36 cardeais, 555 Patriarcas, Arcebispos e Bispos, e perante cerca de um milhão de fiéis, o Papa proclamava solenemente: 
“Depois de haver mais uma vez elevado a Deus nossas súplicas e invocado as luzes do Espírito Santo, a glória de Deus Onipotente, que derramou sobre a Virgem Maria Sua especial benevolência, em honra de Seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte, para maior glória de Sua augusta Mãe e para a alegria e exultação de toda a santa Igreja, e pela autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo e Nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma de fé revelado por Deus que: a Imaculada Mãe de Deus, sempre Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrena, foi elevada à glória celeste em corpo e alma”.
Naquele momento brados de alegria subiram aos céus, e uma enorme torrente de júbilo atravessou os corações da multidão que enchia a grande Igreja de São Pedro e a mais bela praça do mundo. É interessante lembrar que o Santo Padre Pio XII havia recebido inúmeras petições vindas do mundo para que proclamasse o dogma da Assunção. Assim, 3.387 Cardeais, Patriarcas, Arcebispos e Bispos; 142 Gerais de Ordens e Congregações, representando 222.000 religiosos; 35 Capítulos Gerais de Congregações; 200 Universidades católicas, Ateneus e Seminários 7 Congressos Marianos Internacionais; 20 Congressos Marianos nacionais; 40 Congressos Marianos regionais; além de muitos religiosos, e nações, por ocasião de congressos de estudos, pediram ao Papa a proclamação do dogma, que o Concílio Vaticano I não pôde concluir em 1870 devido à ocupação de Roma pelas tropas do exército de Victor Emanuel II, do Piemonte.


A Assunção da Virgem Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos. Diz o nosso Catecismo que: “De modo inteiramente singular, pela obediência, fé, esperança e ardente caridade, ela cooperou na obra do Salvador para a restauração da vida sobrenatural das almas. Por este motivo ela se tornou para nós mãe na ordem da graça” (n.968). E agora intercede por cada um dos seus filhos no céu. Com muita alegria e fé a Igreja nos ensina que: “Esta maternidade de Maria no plano de Deus para  a salvação da humanidade, é para sempre,  a partir do consentimento que ela fielmente prestou na anunciação, que sob a cruz resolutamente manteve, até a perpétua consumação de todos os eleitos. “Assunta aos céus, não abandonou este múnus salvífico, mas, por sua múltipla intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna. “Por isso, a bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora. protetora, medianeira”(n. 968). No céu ela é a Rainha dos anjos, dos santos, dos mártires, dos patriarcas, dos profetas, dos Apóstolos… Rainha do céu e da terra, e sua “festa de Rainha”, coroada no céu pela SS. Trindade, é celebrada pela liturgia no dia 22 de agosto.
Afinal, Deus mandou  o seu Anjo lhe dizer: “Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendito é fruto do teu ventre!”. E ela reconheceu que “Todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1,48). Por isso a piedade da Igreja para com a Santíssima Virgem é intrínseca ao culto cristão.
autor: Prof. Felipe Aquino
fonte:http://cleofas.com.br/festa-da-assuncao-de-nossa-senhora-2/
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Nossa Senhora da Assunção (Dia das Mil Ave-Marias) 
Comem. litúrgica - 15 de agosto 

A festa da Assunção de Nossa Senhora é uma das mais antigas da Igreja. No ano de 600 já a Igreja Católica festejava este dia de glória de Maria Santíssima. A festividade de hoje lembra como a Mãe de Jesus Cristo recebeu a recompensa de suas obras, dos seus sofrimentos, penitências e virtudes. Não só a alma, também o corpo da Virgem Santíssima fez entrada solene no céu.

Ela, que durante a vida terrestre desempenhou um papel todo singular, entre as criaturas humanas, com o dia da gloriosa Assunção começou a ocupar um lugar no céu que a distingue de todos os habitantes da celeste Sião.

Só Deus pode dar uma recompensa justa; só Ele pode remunerar com glória eterna serviços prestados aqui na terra; só Ele pode tirar toda a dor, enxugar todas as lágrimas e encher nossa alma de alegria indizível e dar-nos uma felicidade completa. Que recompensa o Pai Eterno não teria dado àquela que por ele mesmo tinha sido eleita, para ser a Mãe do Senhor humanado? Se é impossível descrever as magnificências do céu, impossível é fazermos idéia adequada da glória que Maria Santíssima possui, desde o dia da Assunção. Se dos bem-aventurados do céu o último goza de uma felicidade infinitamente maior que a do homem mais feliz no mundo, quanta não deve ser a ventura daquela que, entre todos os eleitos, ocupa o primeiro lugar; aquela que pela Igreja Católica é saudada: Rainha dos Anjos, Rainha dos Patriarcas, Rainha dos Profetas, Rainha dos Apóstolos, dos Mártires, dos Confessores, das Virgens, Rainha de todos os Santos!
Que honra, que distinção, que glória não recebeu Maria Santíssima pela sua gloriosa Assunção! Esta distinção honra também a nós e é o motivo de nos alegrarmos. Maria, que agora é Rainha do Céu, foi o que nós somos, uma criatura humana e como tal, nasceu e morreu, como nós nascemos e devemos morrer; mais que qualquer outra, foi provada pelo sofrimento, pela dor. Pela glória com que Deus a distinguiu, é honrado o gênero humano inteiro e por isso a elevação de Maria à maior das dignidades no céu é o motivo para nos regozijarmos. Outro motivo ainda de alegria temos no fato de Maria Santíssima ser a Medianeira junto ao trono divino.

O protestantismo não se cansa de repetir que a Igreja Católica adora os Santos. Doutrina da Igreja Católica é que os Santos podem interceder por nós, e que suas orações tem grande valor aos olhos de Deus; por isto, devemos invocá-los e pedir-lhes a intercessão. Esta doutrina, baseada na Sagrada Escritura, é além disto mui racional. Os Santos não são iguais em santidade e por isto seu valor de intermediários não é o mesmo.

Entre todos os habitantes da Jerusalém, a mais santa, a mais próxima de Deus é Maria Santíssima. A intercessão de Maria deve, portanto, ser mais agradável a Deus e mais valiosa para nós. São Bernardino de Siena chama Maria Santíssima a “tesoureira da graça divina”; Santo Afonso vê em Maria o “ refúgio e a esperança dos pecadores”, e a Igreja Católica invoca-a sob os títulos de “ Mãe da divina graça, Porta do céu. Advogada nossa”. Maria Santíssima é a nossa Mãe, nossa grande medianeira, pelo fato de ser a Mãe de Jesus Cristo, nosso grande mediador.

O dia de sua gloriosa Assunção é para nós um grande “Sursum corda”. Levantemos os nossos corações ao céu, onde está nossa Mãe. Invoquemo-la em nossas necessidades, imitemo-la nas virtudes. Desta sorte, tornando-nos cada vez mais semelhantes ao nosso grande modelo, mais dignos seremos da sua intercessão e mais garantidos da nossa salvação eterna.

A Assunção de Nossa Senhora é uma verdade, que foi acreditada desde os primeiros anos do cristianismo, e declarada Dogma em 1950 pelo Papa Pio XII. Eis um trecho de um sermão de São João Damasceno, sobre o mistério da ressurreição e Assunção de Nossa Senhora: “Quando a alma da Santíssima Virgem se lhe separou do puríssimo corpo, os Apóstolos presentes em Jerusalém, deram-lhe sepultura em uma gruta do Getsêmani. 

Tradição antiqüíssima conta que, durante três dias, se ouviu doce cantar dos Anjos. Passados três dias não mais se ouviu o canto. Tento entretanto chegado também Tomé e desejando ver e venerar o corpo, que tinha concebido o Filho de Deus, os Apóstolos abriram o túmulo mas não acharam mais vestígio do corpo imaculado de Maria, Nossa Senhora. Encontraram apenas as mortalhas, que tinham envolvido o santo corpo, e perfumes deliciosos enchiam o ambiente. Admirados de tão grande milagre, tornaram a fechar o sepulcro, convencidos de que Aquele que quisera encarnar-se no seio puríssimo da Santíssima Virgem, preservara também da corrupção este corpo virginal e o honrara pela gloriosa assunção ao céu, antes da ressurreição geral”

REFLEXÕES
Como deve ser suave a morte como termo de uma vida santa! Se queres ter uma morte santa, imita a Maria Santíssima na prática das virtudes, principalmente na fé, na confiança em Deus, no amor a Deus e ao próximo, na humildade, paciência e mansidão, na incomparável pureza, na conformidade absoluta à vontade de Deus. Não há nenhuma destas virtudes, cuja prática esteja acima das tuas forças. Não te importa que os homens te desprezem, se Deus te dá tua estima. Que importa se os homens te abandonarem, sendo Deus teu amigo e protetor? É indiferente que sejas rico ou pobre, se possuíres a Deus. Que são os sofrimentos, tribulações, pobreza, fome, sede e doença em comparação com uma boa morte, que te transportará para uma glória e felicidade sem fim? Quem mais participou da Paixão de Jesus Cristo do que sua Santa Mãe? Há, entre os Santos todos, um só, que tenha sofrido como Maria Santíssima? Não é Ela a Rainha dos Mártires? Não obstante é a bendita entre as mulheres, a Esposa do Espírito Santo, a eleita da Santíssima Trindade. 
Também nós havemos de seguir o caminho da cruz, para nos tornarmos dignos da eterna glória. À Vista de Maria Santíssima ao pé da cruz e seu divino Filho pregado no lenho da ignomínia, devem emudecer nossas queixas, nossos desânimos. 
Lembremo-nos ainda que hoje é o dia das Mil Ave-Marias. Esta prática salutaríssima, vêm dos nossos avós, por antiga tradição católica. É preciso difundir cada vez mais, principalmente no seio da família este dia tão especial, para que nossos pósteros levem adiante esta chama tão preciosa de graça e de bênção de valor é 
inimaginável. 

É muito salutar passar o dia rezando, intensa e continuamente as Ave-Marias em honra a Maria Santíssima. É como que fazer um retiro espiritual em meio às nossas atividades cotidianas. Delas podemos alcançar por intercessão de Maria, copiosas bênçãos e graças espirituais ou mesmo as temporais que nos afligem nesta peregrinação terrestre. Coloquemos hoje, nas mãos amorosas de Nossa Senhora, todas as nossas dificuldades, aflições e intenções mais íntimas. Façamos o possível para, pelo menos, lembrar-nos de repetir continuamente a oração da Ave-Maria, ainda que mentalmente, desde o alvorecer até o anoitecer. Ainda que o ideal fosse não só contar as Ave-Marias, mas meditar todos os respectivos mistérios do Rosário, as nossas atividades diárias, no automóvel, no trabalho, na escola, no lar, podem impedir meditação adequada. Não importa, o que vale é passarmos o dia rezando, sempre que pudermos, essa oração poderosa tanto para os ataques do mal, quanto para obtermos as graças daí advindas. 

fonte:http://www.paginaoriente.com/titulos/nsassun1508.htm
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A Glória da Assunção - Nossa Senhora da Glória ou Assunção de Maria
Celebrada no dia 15 de agosto
As duas, na verdade, são a mesma celebração litúrgica.
As mãos voltadas para o alto indicam o céu, o olhar se volta para Deus e os anjos a conduzem para o lugar para ela destinado. A imagem de Nossa Senhora da Glória retrata a assunção de Maria ao céu. Assunção quer dizer ser levada ao céu e se trata de um dogma, uma verdade da fé católica sobre o destino da Bem-Aventurada Virgem Maria.

Desde o século VI já se falava na Assunção da Virgem, mas foi apenas em 1950 que o Papa Pio XII através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deusproclamou solenemente que : “A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial.”
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Nossa Senhora da Glória ou Assunção de Maria
No dia 15 de agosto celebramos a festa de Nossa Senhora da Glória ou Assunção de Maria. As duas, na verdade, são a mesma celebração litúrgica. Nas igrejas Orientais há ainda uma terceira comemoração neste dia, conhecida como a “Dormição de Nossa Senhora”. Hoje, no Ocidente, esta festa está incluída na Assunção de Maria, pois, na verdade, trata-se da mesma celebração. Vamos compreender melhor tudo isso.

A dormição diz respeito à morte da Virgem Maria, sem a qual ela não teria experimentado a ressurreição. Sobre este assunto, o Papa João Paulo II escreveu: “O fato de Igreja proclamar Maria livre do pecado original por um privilégio divino único não leva à conclusão de que ela também teria recebido a imortalidade física. A Mãe não é superior ao Filho, que morreu, dando à morte um novo significado, mudando-o para um meio de salvação.”

A Tradição conta que Maria faleceu com quase sessenta anos de idade, em Jerusalém. Seu corpo foi velado com toda devoção e comoção pelos apóstolos e pelos primeiros cristãos. Em seguida, foi sepultado. Muitos acreditam que tenha sido no Horto das Oliveiras.
Porém, São Tomé não chegou a tempo para velar a Mãe de Jesus. Chegou três dias depois de sua morte. Por inspiração de Deus, pediu insistentemente que o túmulo fosse aberto, para que ele pudesse contemplar a Virgem Maria pelo menos mais uma vez. Ao abrirem o túmulo, o corpo de Maria não estava lá. Então, concluíram que Nossa Senhora tinha sido “assunta” (elevada) ao céu e que também, tinha sido glorificada diante de Deus. Por isso esta festa é também chamada de Nossa Senhora da Glória.

Dormição, Assunção, Glorificação. Este é o caminho pelo qual todos nós temos que passar. Para que possamos ter uma boa hora da morte, na paz de Deus, somos convidados pelo próprio Jesus a morrer a cada dia. “Se o grão de trigo não morrer…” E ainda: “Quem quiser ser meu discípulo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e me siga…” São convites e “conselhos” para nós irmos nos acostumando com a morte.

Porém, o que está reservado a todos aqueles que morrem em Cristo é infinitamente maior: é a glorificação. Nisso, Nossa Senhora é um exemplo e um sinal para que todos perseveremos neste mundo, pois, como diz São Paulo: “Tenho para mim que os sofrimentos da presente vida não têm proporção alguma com a glória futura que nos deve ser manifestada”. (Romanos 8,18)

Em se tratando de fé cristã, toda a morte leva à ressurreição e à gloria do céu. Por isso, a festa da Assunção de Nossa Senhora é uma festa que traz alento, força e coragem para todos nós que lutamos neste mundo.
A Assunção de Nossa Senhora é o quarto Mistério Glorioso que contemplamos quando rezamos o Terço. Trata-se de um dogma de fé proclamado pelo Papa Pio XII em 1950. Assim ele escreveu: “… Maria, Mãe imaculada perpetuamente Virgem de Deus, após a conclusão da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória dos Céus.”
A festa da Assunção de Maria ou Nossa Senhora da Glória é um grande sinal para todo cristão.

É uma maravilhosa fonte de esperança para nós. Ela nos avisa e nos ensina que nós também estamos destinados a estar onde Nossa Senhora está agora: comtemplando a Glória de Deus.

Peçamos a Nossa Senhora da Glória que acompanhe nossos passos neste mundo, guiando-nos no caminho que leva para o céu. Que ela nos ensine que o amor é a única “coisa” que vamos levar deste mundo. Que ela nos ensine a amar no amor de Deus e a demonstrar este amor a todos

Oração a Nossa Senhora da Glória
Pai amoroso, Vós que elevastes a Virgem Maria ao céu para compartilhar a vossa comunhão de amor, fazendo com que ela se torne exemplo e esperança para cada um de nós, pela vossa misericórdia e pelo sacrifício de nossas orações, aceitai-nos para aquele abraço santo e definitivo na glória eterna, junto convosco e com a Virgem Maria. Isso nós vos pedimos por Cristo nosso Senhor. Amém.
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Assunção de Nossa Senhora celebra a glorificação da Santa Mãe de Deus

Autor: Plinio Corrêa de Oliveira 
 “Os antigos, quando falavam da festa da Assunção, diziam que era a festividade de Nossa Senhora da Glória”. Eles entendiam bem que a Assunção não é apenas o fato físico de Nossa Senhora sair desta Terra –– tendo sido ressuscitada por virtude de seu Divino Filho –– e ir para o Céu. Mas é a glorificação da Mãe de Deus.
Depois de ter passado por toda espécie de sofrimentos, angústias, dilacerações e humilhações, Ela é glorificada por Nosso Senhor aos olhos dos homens, por meio da Assunção. Privilégio único na História, pelo qual uma mera criatura é levada em corpo e alma pelos anjos ao Céu.
Ela, que possuía uma alma santíssima, uma dignidade, uma majestade, e ao mesmo tempo uma afabilidade inexprimíveis, naturalmente deixou que transparecesse nesse momento toda santidade em sua fisionomia.
Também nesse momento transpareceu uma efusão de ternura, de misericórdia e de bondade suprema d´Ela, como manifestam todas as mães que se despedem dos filhos. Com a segurança para todos de que Ela, não estando mais presente na Terra, começava sua grande missão do alto do Céu.
Depois da Assunção, sua glória se manifestou cada vez mais. Como bem observa São Luís Grignion de Montfort, não existe uma igreja na Terra onde não haja um altar dedicado a Nossa Senhora, exceção feita hoje a certas igrejas modernosas, que quase não são mais igrejas; não há uma alma que se tenha salvo, sem ter sido devota de Nossa Senhora; não há uma graça que os homens tenham recebido, que não foi obtida por Ela.
Assim, sua glória vai crescendo até o fim dos séculos, com o dia do Juízo Final. Todos os homens serão julgados; portanto, Ela também. Mas, como Ela não está sujeita a nenhuma dívida, não cometeu nenhuma falta, no Juízo Final haverá uma suprema glorificação da Santa Mãe de Deus”.
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SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA – 15 de agosto

No dia 15 de agosto a Igreja celebra a solenidade da Assunção de Nossa Senhora.

Assunção de Nossa Senhora, ou Nossa Senhora assunta ao céu, ou ainda Nossa Senhora da Glória, está entre as festas de Nossa Senhora muito caras ao povo.

A Assunção é a Páscoa de Maria. Criatura da nossa raça e condição, Mãe da Igreja..

A festa da Assunção de Maria nos faz crer que a vocação da humanidade é chegar à plena realização e à vitória definitiva sobre todas as mortes.
A Assunção de Maria valoriza muito o nosso corpo, templo do Espírito Santo, como manifestação de todo o nosso ser.

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“A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial.”

Antes, esta celebração, tanto para a Igreja do Oriente como para o Ocidente, chamava-se “Dormição”, porque foi sonho de amor. Até que se chegou ao de “Assunção de Nossa Senhora ao Céu”, isto significa que o Senhor reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os méritos da Mãe, principalmente alcançados em meio às aceitações e oferecimentos das dores.

Maria contava com 50 anos quando Jesus subiu ao Céu. Tinha sofrido muito: as dúvidas do seu esposo, o abandono e pobreza de Belém, o desterro do Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério público de Jesus, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Calvário, a morte do Filho e, embora tanto sofrimento, São Bernardo e São Francisco de Sales é quem nos aponta o amor pelo Filho que havia partido como motivo de sua morte.
É probabilíssima, e hoje bastante comum, a crença de a Santíssima Virgem ter morrido antes que se realizasse a dispersão dos Apóstolos e a perseguição de Herodes Agripa, no ano 42 ou 44. Teria então uns 60 anos de idade. A tradição antiga, tanto escrita como arqueológica, localiza a sua morte no Monte Sião, na mesma casa em que seu Filho celebrara os mistérios da Eucaristia e, em seguida, tinha descido o Espírito Santo sobre os Apóstolos.
Esta a fé universal na Igreja desde tempos remotíssimos. A Virgem Maria ressuscitou, como Jesus, pois sua alma imortal uniu-se ao corpo antes da corrupção tocar naquela carne virginal, que nunca tinha experimentado o pecado.
Ressuscitou, mas não ficou na terra e sim imediatamente foi levantada ou tomada pelos anjos e colocada no palácio real da glória. Não subiu ao Céu, como fez Jesus, com a sua própria virtude e poder, mas foi erguida por graça e privilégio, que Deus lhe concedeu como a Virgem antes do parto, no parto e depois do parto, como a Mãe de Deus.
Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós!
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Nossa Senhora da Glória
“Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma mulher revestida de sol, a lua debaixo de seus pés, e na cabeça uma coroa de doze estrelas”.(Ap 12,1)

Aos pés da cruz estava Maria, de pé, testemunhando a maior prova de amor que a humanidade teria: o Senhor Jesus morre na cruz para nos dar a vida eterna.
Ao ser descido da cruz, o Senhor é colocado sobre os braços de sua mãe, e ali, ele é novamente o filho de Maria. Aquela mãe dolorosa acaricia seus cabelos ressequidos de sangue, beija seu rosto desfigurado e toca suavemente as chagas de suas mãos. Quantas lembranças! Tudo quanto ela guardava no seu coração começava a ser desvendado.


Jesus é lavado e colocado no túmulo, e sua mãe assiste a cena com o coração silencioso, confiante na promessa da ressurreição.


Diz o evangelho secreto da santíssima Virgem, relatado a São João pela própria Virgem Maria: “Na madrugada de sábado para domingo... Rezando e chorando, de joelhos junto à cama, voltei a adormecer. A cabeça e os braços sobre o leito, não sei quantas horas estive assim, só me lembro que, igual a trinta e quatro anos antes, senti, de repente, que havia alguém no quarto em que despertei sobressaltada... Tinha a sensação de que uma luz extraordinária brilhava ao meu redor ainda que tudo continuasse as escuras.


Então vi... Ali estava e era Ele, esperando e velando o meu sono. “Filho”, gritei e me lancei em seus braços. “Mãe”, disse-me enquanto passava a mão por meus cabelos em desordem, “tranqüiliza-te”. Já aconteceu tudo. Estou de novo aqui contigo! Então me beijou... “Vencemos Mãe, vencemos. Enfim derrotamos o maligno. Finalmente a morte esta proscrita. A batalha dura e angustiante, mas a vitória é nossa e é definitiva. Também tu tiveste parte nela... Quanto me ajudou tua fortaleza e como me consolou ver-te ali junto à cruz, cheia de fé e de esperança”.


“O ultimo inimigo a ser destruído é a morte”. Lemos na primeira carta aos Coríntios. A morte, fruto do pecado, já não tem mais poder sobre quem não tem pecado. “Ave, cheia de garça”, disse o anjo a Maria, por que nela não há espaço para o que não é a vida de Deus.


Após 40 dias, gloriosamente ressuscitado, Jesus subiu ao monte das oliveiras... Abençoou os seus e se elevou ao céu por seu próprio poder... Dois anjos vestidos de branco vieram lembrá-los das realidades da vida. A Virgem e os discípulos retornaram juntos ao cenáculo.


Juntos estavam no cenáculo, 50 dias após a ressurreição, Maria e os apóstolos quando o Espírito Santo prometido veio sobre eles e todos ficaram cheios do poder de Deus, ali em Pentecostes nasceu a Igreja de Jesus Cristo com Maria e as doze colunas (os apóstolos) que a sustentariam e sob o comando de Pedro, hoje Bento XVI.


Maria devia passar ainda muitos anos sobre a terra (dizem alguns que foram 30 anos), onde saboreara alegrias na intimidade de seu filho presente na Santa Eucaristia. Privada doravante de sua presença visível, ela devia exercer junto à Igreja nascente o papel de mãe, que lhe havia confiado o próprio Jesus.

Segundo a tradição, Maria recebeu Jesus eucarístico, pela primeira vez das mãos do Apóstolo Pedro, e depois que foi com João evangelista para Éfaso, recebia diariamente das mãos do Apóstolo que Jesus amara, e que confiou sua mãe, por não ter irmãos.


Quanto mais se prolongava o exílio, mais aumentava o desejo de partir e ir ao encontro de seu filho, e quando chega o momento, por ela tão esperado, e pressentindo que era chegada a hora de ir ao encontro de seu filho, Maria volta para Jerusalém, os Apóstolos são avisados e todos se dirigem para Jerusalém para as ultimas recomendações e despedidas.

Quando a Imaculada exalou o ultimo suspiro, os apóstolos lhe prepararam piedosamente os funerais, a Santíssima adormeceu no Senhor, e foi sepultada conforme os costumes judaicos, num tumulo que se encontra na vizinhança do Gethesêmani.

Segundo uma piedosa tradição, o anjo Gabriel, que a havia saudado cheia de graça, visitou-a novamente e lhe anunciou a noticia de sua próxima partida.

Três dias depois do sepultamento, conforme a tradição, chegou o apostolo Tomé. Pesaroso por não ter podido assistir a despedida da Mãe, (conforme era chamada por todos os Apóstolos), insistiu com os apóstolos para que lhe abrissem o sepulcro para que pudesse contemplar pela ultima vez o rosto virginal de Maria.

Os apóstolos cederam, mas quando abriram o tumulo, encontraram-no vazio. Só acharam os lençóis de linho, alvíssimos, e que exalavam um perfume celestial, belas rosas cobriam a pedra e a piedosa correia, que a Santíssima Virgem usava na cintura.

Era costume na Judéia, andarem as mulheres cingidas com uma correia, desde pequenas como símbolo de pureza. A santíssima Virgem Maria, como toda a judia, também usou, durante toda a sua vida, uma correia, sendo com ela sepultada.


Diz ainda, a tradição, que o apostolo Tomé venerou, com muito respeito, a correia de Maria e, daquele dia em diante, usou uma correia semelhante em homenagem a Mãe.

A correia original ficou no sepulcro e mais tarde Santa Pulquéria, a fez transportar para Constantinopla e colocá-la numa magnífica igreja em honra a Nossa Senhora,e assim, começou a difusão da Sagrada Correia entre o povo fiel.
A Santíssima Virgem Maria é levada aos céus pelos anjos de Deus. Aquele corpo imaculado, que gerou o Salvador da humanidade, não poderia conhecer a corrupção.


“Quem é esta que sobe?” Assim teriam perguntado uns aos outros, os espíritos celestes que aguardavam a subida da Imaculada, pasmados de sua inefável beleza. “Quem é esta que sobe como a aurora, quando se levanta, formosa como a lua, brilhante como o sol, terrível como um exército em ordem de batalha? Quem é esta que sobe do deserto, inebriada de delicias, apoiada sobre seu amado?”. (Cant, 6,9;8,5).

Seu amado filho Jesus indo ao encontro de sua mãe dulcíssima, tê-la-ia convidado e chamado com carinhosas frases repassadas de amorosas saudades, e conduzida por Jesus até o trono do Pai celeste, este coroa a sua dileta filha com a coroa do poder, para que se torne a rainha do céu e da terra.


O Verbo Encarnado coroa sua Mãe Imaculada com a coroa da sabedoria, para que se torne nossa “Mestra e a sede da sabedoria”.
O Espírito Santo coroa sua castíssima esposa com a coroa do amor e da graça, para que se torne a “Medianeira e dispensadora das graças divinas”.


O Dogma
Atendendo a expectativa e a pedidos do povo católico do mundo inteiro, o Papa Pio XII definiu, em 1950, na Assunção de Nossa Senhora, como dogma de fé, pela constituição apostólica munificentissimus Deus, e afirmou: “A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma a gloria celestial”. 1º de novembro de 1950

Bendita seja sua glória e Assunção Gloriosa.


Fonte:http://marcioreiser.blogspot.com.br/2016/08/nossa-senhora-da-gloria.html
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Segundo a lenda, Nossa Senhora apareceu a D. Pedro I, o Justo, numa ocasião em que ele estava caçando na região que hoje é chamada de Gloria do Ribatejo em Portugal, no ano de 1360 ou 1362 e que a Virgem o livrou de afogar-se na parte funda de um rio ou um lago que havia naquele local.
Glória do Ribatejo é uma localidade de Santarém, pertencente ao concelho de Salvaterra de Magos. Passou a freguesia em 29 de Agosto de 1966 e foi elevada a vila em 20 de Maio de 1993.

Em reconhecimento, o rei mandou construir uma igreja, dando à Virgem o nome de Senhora da Glória, pelas muitas luzes e resplendores de que estava cercada, no ato da aparição.

Sobre a porta principal da igreja em Ribatejo, está uma inscrição, em letra gótica, que mal se pode ler. Parece que se vê 1360, e se é esta a data, era certamente no reinado de D. Pedro I. Diz-se que a Senhora apareceu no lugar onde está a capela-mor, sobre o mesmo pedestal em que ainda se conserva a imagem da virgem. O templo é amplo e majestoso, mostrando ser obra real. O sitio é tão deserto, que em 12 km, ao redor, não há povoação nenhuma; mas junto à igreja há uma aldeia. Em frente da igreja há um vasto terreiro, arborizado, com algumas casas, para pousada dos romeiros.

D. Pedro I, foi o 8º rei de Portugal e foi por sua ordem que foi erigida a vila de Glória do Ribatejo.

Reinou apenas por 10 anos, e protagonizou a mais trágica historia de amor do reino com D. Inês de Castro a aia galega de sua mulher D. Constança.
A ordem do assassinato partiu do seu pai Afonso IV, o que levou a que a relação entre os dois se tivesse deteriorado.

Devido ao triste desenlace desta historia ficou conhecido por dois cognomes (O Cruel ou O Justo), graças á perseguição e á forma violenta como executou os assassinos de sua amada.


Segundo a lenda, o Rei coroou Inês, já cadáver tornando-a Rainha de Portugal, levando a corte a participar na cerimonia e obrigando-os a beijar mão da falecida.


“D. Pedro revelou-se um excelente estadista, era um bom administrador, e foi um defensor das camadas mais desprotegidas da população.”
Os seus 10 anos de reinado tornaram-no tão popular que dizia o povo ” Que taaes dez anos nunca ouve em Portugal como estes que reinara el Rei Dom Pedro”


O corpo do rei, jaz á beira da sua amada, no mosteiro Santa Maria de Alcobaça, uma obra prima do gótico em Portugal e considerado uma das 7 Maravilhas em território português

Devoção Mariana
Nossa Senhora da Glória é o titulo que se refere a três verdades de fé professadas pela Igreja: a Dormição de Nossa Senhora, sua Assunção ao céu em corpo e alma e sua Glorificação como Rainha do céu e da terra. São o quarto e o quinto Mistérios Gloriosos do Terço.

A devoção relembra a coroação da Virgem como rainha.
Dormição de Nossa Senhora
A Dormição de Maria é uma verdade de fé professada pela Igreja. Segundo a Tradição da Santa Igreja Católica Apostólica Romana: Maria faleceu por volta dos 58 anos de idade, em Jerusalém. Após sua morte, seu corpo foi velado com grande emoção e vigílias pelos cristãos. Vários apóstolos vieram de longe para se despedirem da mãe do Salvador. Depois, seu corpo foi sepultado, provavelmente no Horto das Oliveiras.

A Dormição de Maria, também chamada de Dormição da Theotokos (em grego: Κοίμησις Θεοτόκου – Koímēsis, frequentemente latinizado como Kimisis, e Uspénie em língua eslava eclesiástica, termos que se referem ao ato de dormir), é uma das grandes festas da Igreja Ortodoxa e das Igrejas Ortodoxas Orientais e Católicas Orientais que comemora a “dormição” ou morte da Theotokos (Maria, literalmente traduzido como “portadora de Deus”), e sua ressurreição corporal antes de ser elevada ao céu. Ela é celebrada em 15 de agosto (28 de agosto no calendário juliano ainda observado por algumas denominações) como a Festa da Dormição da Mãe de Deus. A Igreja Apostólica Arménia celebra a Dormição não numa data fixa, mas no domingo mais próximo de 15 de agosto.

O túmulo de Nossa Senhora da Glória fica vazio

Um dos apóstolos, provavelmente por estar distante fisicamente, chegou a Jerusalém algumas horas depois que o corpo de Maria tinha sido sepultado.  E ele quis muito ver o corpo de Nossa Senhora pela última vez. Mas quando abriram o túmulo para que o apóstolo pudesse vê-la, o corpo da Virgem não estava mais lá. Todos, então, glorificaram a Deus reconhecendo que Maria tinha sido elevada ao céu não só em espírito, mas também em corpo físico. Por isso, desde os primórdios, os fiéis festejam a Assunção de Nossa Senhora e sua glorificação no céu. E é daí que se origina o título Nossa Senhora da Glória.

São João Damasceno formula assim a tradição da Igreja de Jerusalém: São Juvenal, Bispo de Jerusalém, no Concílio de Calcedônia (451), levou ao conhecimento do Imperador Marciano e Pulquéria, que desejava possuir o corpo da Mãe de Deus, que Maria morreu na presença de todos os Apóstolos, mas que o seu túmulo, quando aberto, a pedido de São Thomas foi encontrado vazio; a partir do qual os Apóstolos concluíram que o corpo foi levado para o céu.
A Assunção de Nossa Senhora da Glória
Assunção quer dizer ser elevad, ou seja, Maria não subiu ao céu pelo seu próprio poder, mas foi levada ao céu pelo poder de Deus. É o quarto Mistério Glorioso contemplado no Terço. A Assunção de Maria é também um dogma da Igreja Católica proclamado pelo Papa Pio XII em 1950. No documento eclesiástico promulgado no dia primeiro de novembro de 1950, Festa de Todos os Santos, o Papa Pio XII declarou como dogma revelado por Deus que Maria, Mãe imaculada perpetuamente Virgem de Deus, após a conclusão da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória dos Céus.

Sinal para todo cristão

A Festa da Assunção de Maria, como Nossa Senhora da Glória é um sinal para nós que um dia, pela graça de Deus e os nossos esforços, também poderemos nos juntar à Mãe Santíssima, dando glória a Deus. A Assunção é uma fonte de grande esperança para nós, pois aponta o caminho para todos os seguidores de Cristo, que imitam a sua fidelidade e obediência à vontade de Deus. Onde Nossa Senhora está agora, nós também estamos destinados a estar e podemos esperar por isso contando com a graça divina. O fato de Maria ser elevada ao céu depois que sua vida na terra terminou é o resultado lógico de sua natureza imaculada, exclusivamente protegida – também pela graça de Deus – do pecado original.

Catecismo cita Nossa Senhora da Glória
O Catecismo da Igreja Católica, capítulo 3, 6, diz:
Finalmente, a Virgem Imaculada, preservada e imune de toda mancha do pecado original, quando terminada sua vida terrena, foi levada em corpo e alma à glória celestial, e exaltada pelo Senhor como Rainha de todas as coisas, de modo que ela pode ser mais plenamente conformada com seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte. A Assunção da Virgem é uma participação singular na Ressurreição de Jesus e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos.

Imagem de Nossa Senhora da Glória
Nossa Senhora da Glória é representada com os braços abertos num ato de louvor a Deus, tendo sobre sua cabeça uma coroa de 12 estrelas, conforme é mencionado no livro do Apocalipse. Algumas imagens apresentam Nossa Senhora com o Menino Jesus.

Orações a Nossa Senhora da Glória
Pai amoroso, Vós que elevastes a Virgem Maria ao céu para compartilhar a vossa comunhão de amor, fazendo com que ela se torne exemplo e esperança para cada um de nós, pela vossa misericórdia e pelo sacrifício de nossas orações, aceitai-nos para aquele abraço santo e definitivo na glória eterna, junto convosco e com a Virgem Maria. Isso nós vos pedimos por Cristo nosso Senhor. Amém.

Nossa Senhora da Glória, um conforto nas dificuldades.
Falando sobre Nossa Senhora da Glória, o Papa Bento XVI afirmou:
Ao contemplar Maria na glória celestial, entendemos que a terra não é a pátria definitiva para nós também, e que, se vivemos com o nosso olhar fixo nos bens eternos, a terra se tornará mais bela. Consequentemente, não devemos perder a serenidade e a paz mesmo no meio de tantas dificuldades cotidianas. O sinal luminoso de Nossa Senhora recebida no céu brilha ainda mais intensamente quando as sombras tristes de sofrimento e violência parecem pairar no horizonte.

Podemos estar certos de que: do alto, Maria acompanha os nossos passos, com preocupação, gentil, dissipa a escuridão nos momentos de trevas e angústia, tranquiliza-nos com a sua mão materna. Apoiados por esta consciência, vamos continuar confiantes no nosso caminho de compromisso cristão onde quer que a Providência nos levar. Vamos avançar em nossas vidas sob a orientação de Maria.
Papa Bento XVI, Audiência Geral, em Castel Gandolfo no dia 16 de agosto de 2006.

Detalhes sobre a dormição
A Dormição da Maria é celebrada em 15 de agosto (28 de agosto no calendário juliano), o mesmo dia da Festa da Assunção de Maria da Igreja Católica. Apesar de ambos os eventos comemorarem o mesmo evento (a partida de Maria deste mundo), as crenças não são exatamente idênticas.

A ortodoxia ensina que Maria passou por uma morte natural, como qualquer outro ser humano; que sua alma foi recebida por Cristo após a sua morte e que seu corpo foi ressuscitado no terceiro dia, no qual este corpo foi finalmente elevado ao céu para se juntar à sua alma. Seu túmulo foi encontrado vazio no terceiro dia.

O ensinamento católico defende que Maria foi “assumida” no céu de corpo e alma, justamente como seu filho Jesus ascendeu. Alguns católicos concordam com os ortodoxos que este evento teria ocorrido após a morte de Maria, enquanto outros afirmam que ela não experimentou a morte. O Papa Pio XII, na sua constituição apostólica Munificentissimus Deus (1950), que definiu dogmaticamente o dogma da Assunção, deixou a questão propositadamente em aberto sobre se Maria teria ou não morrido no momento de sua partida, mas alude à sua morte pelo menos cinco vezes. Porém, durante uma audiência geral em 25 de junho de 1997, o papa João Paulo II afirmou que Maria, de fato, experimentou a morte natural antes de ascender. Ele disse:

É verdade que no Apocalipse, a morte é apresentada como uma punição pelo pecado. Porém, o fato de Igreja proclamar Maria livre do pecado original por um privilégio divino único não leva à conclusão de que ela também teria recebido a imortalidade física. A Mãe não é superior ao Filho, que morreu, dando à morte um novo significado, mudando-o para um meio de salvação. Envolvida na obra redentora de Cristo e associada a seu sacrifício salvador, Maria foi capaz de compartilhar de seu sofrimento e morte pelo bem da redenção da humanidade. O que Severo de Antioquia diz sobre Cristo também se aplica a ela: “Sem uma morte preliminar, como poderia teria ocorrido a Ressurreição?  Para compartilhar da Ressurreição de Cristo, Maria teve que primeiro compartilhar de sua morte. O Novo Testamento não nos dá nenhuma informação sobre as circunstâncias da morte de Maria. Este silêncio nos leva a supor que ela teria ocorrido naturalmente, sem nenhum detalhe adicional que merecesse atenção.

Se não fosse este o caso, como poderia a informação sobre ela ter permanecido escondida de seus contemporâneos e não ter sido passado para nós de alguma forma? Sobre a causa da morte de Maria, as opiniões que querem excluí-la da morte por causas naturais parecem sem fundamento. É mais importante olhar para a atitude espiritual da Abençoada Virgem no momento de sua partida deste mundo.

Neste ponto, São Francisco de Sales defende que a morte de Maria se deu por um transporte de amor. Ele fala de uma morte “no amor, do amor e através do amor”, chegando ao ponto de dizer que a Mãe de Deus morreu de amor pelo seu filho Jesus (“Tratado sobre o Amor de Deus, livro 7, c. XIV). Qualquer que tenha sido, do ponto de vista físico, a causa orgânica, biológica do fim de sua vida terrestre, pode-se afirmar que para Maria a passagem desta vida para a outra foi o desenvolvimento completo da graça na glória, de modo que nenhuma outra morte pode ser tão adequadamente chamada de “dormição” como a dela.

Desenvolvimento da tradição da Dormição
A tradição da Dormição está associada com vários lugares, principalmente com Jerusalém, que abriga o túmulo de Maria e a Basílica da Dormição de Maria, e com Éfeso, onde está a Casa da Virgem (Meryem Ana).
Durante os primeiros quatro séculos, nada se escreveu sobre o fim da vida da Virgem Maria, embora se afirme, sem documentação sobrevivente, que a Festa da Dormição já era observada em Jerusalém logo depois do Concílio de Éfeso (431).

No final do século V, quando as primeiras tradições sobre a Dormição começam a aparecer nos manuscritos, Stephen Shoemaker detectou a repentina aparição de três distintas tradições narrativas descrevendo o final da vida de Maria (além de um punhado de outras atípicas): ele as chamou de “Palma da Árvore da Vida”, “Belém” e “Copta”.

No Brasil
A festa de Nossa Senhora da Glória é a mesma festa litúrgica da Assunção de Nossa Senhora, em que a Igreja celebra a glorificação de Maria coroada como rainha do céu e da terra.  Por isso, Nossa Senhora da Glória é representada com uma coroa na cabeça, um cetro na mão e o Menino Jesus nos braços.

A devoção a Nossa Senhora da Glória chegou ao Brasil em 1503, trazida pelos primeiros colonos portugueses que aqui chegaram e construíram a primeira igreja a ela dedicada em Porto Seguro, na Bahia.

A devoção no Rio de Janeiro
A devoção a Nossa Senhora da Glória surgiu no Rio de Janeiro no início do século XVII, alguns anos após a fundação da cidade, quando no ano de 1608, um certo Ayres colocou uma pequena imagem da Virgem numa gruta natural existente no morro. Mas as origens históricas remontam a 1671. O ermitão Antonio Caminha, natural do Aveiro em Portugal, esculpiu a imagem da Virgem em madeira e ergueu uma pequena ermida no “Morro do Leripe”, onde já existia a gruta, formando-se em torno um círculo de devotos. Diz a lenda que para presentear o rei D. João V, Caminha fez uma réplica da imagem embarcando-a para Portugal. O navio que a transportava naufragou e as ondas a levaram para uma praia na cidade de Lagos, no Algarve. Aí frades capuchinhos a recolheram, levando-a para o convento onde é cultuada até os dias atuais, na Igreja de São Sebastião.

As terras com o nome de Chácara do Oriente, compreendendo o Outeiro, pertenciam a Cláudio Gurgel do Amaral e foram doadas à Nossa Senhora em escritura pública de 20 de junho de 1699, com a condição de ser edificada uma capela permanente, e que nela fossem sepultados o doador e seus descendentes. Pelo contexto da escritura depreende-se que em 1699 já havia uma Irmandade para cultuar Nossa Senhora da Glória, confraria que segundo o “Santuário Mariano” possuía, em 1714, “quantidade de dinheiro para dar princípio a uma nova e grande igreja de pedra e cal, porque a primeira que se fez foi de madeira e barro.”

A Irmandade de Nossa Senhora da Glória foi canonicamente instituída a 10 de outubro de 1739, ano em que se concluiu a construção do templo, por ato provisional do Bispo do Rio de Janeiro, Frei Antonio de Guadalupe, em resposta a uma petição dos Irmãos. A Igreja ganhou enorme prestígio quando da chegada da Corte Portuguesa, em 1808. A família Real tinha especial predileção por ela. Em 1819 a princesa Maria da Glória foi trazida por seu avô, D. João VI, para a cerimônia da consagração. A partir de então todos os membros da família Bragança, nascidos no Brasil, são consagrados na Igreja.

A 27 de dezembro de 1849 D. Pedro II outorgou o título de “Imperial” à Irmandade. Após esta data todos seus descendentes nascidos no Brasil são membros da mesma. O advento da República respeitou esta outorga. Durante o governo de Getúlio Vargas foi declarada “Monumento Nacional”, e como tal tombada pelo Decreto-Lei de 25 de abril de 1937, que preserva os bens de valor artístico e histórico. O tombamento ocorreu a 17 de março de 1938, inscrito no Livro Tombo do Ministério de Educação e assinado por Rodrigo de Mello Franco de Andrade. A 1° de novembro de 1950 o Papa Pio XII conferiu à Igreja da Glória o título de “Basílica Nacional da Assunção”.

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NOSSA SENHORA DA GLÓRIA (Apo 12,1), HISTÓRIAS E MILAGRES
Índice:
1-Nossa Senhora da Glória  - Fundamentação Bíblica e Doutrinal da Devoção
2- Relato de Cura pela Intercessão de N Senhora da Glória.
3- Lendas e milagres de N Senhora da Glória nos Açores

1- Nossa Senhora da Gória - FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA E DOUTRINAL DA DEVOÇÃO
Embora sejam representadas de maneiras diferentes, trata-se da mesma festa litúrgica em que a Igreja celebra a glorificação de Maria, assunta ao Céu, coroada como Rainha da Glória (Apo 12, 1).

Por isso é representada trazendo uma coroa na cabeça, um cetro na mão e nos braços o Menino Jesus, pois "Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro" (Apo 12, 5).

Sua devoção  chegou até nós pelos colonos portugueses, que em 1503, construíram em Porto Seguro a primeira igreja a ela dedicada.
(Extraído do livro Povo em Oração – paulinas – pág. 189)


Maria aparece pela última vez nos escritos do Novo Testamento no primeiro capítulo dos Atos dos Apóstolos:
ela está no meio dos Apóstolos, em oração, no cenáculo, aguardando a descida do Espírito Santo (At 1,14).

A concisão dos textos inspirados opõe-se a abundância das informações sobre Nossa Senhora nos escritos apócrifos, especialmente o Proto-evangelho de Tiago e a Narração de São João, o teólogo, sobre a dormitio (passagem da Santa Mãe de Deus).

O termo dormitio é o mais antigo que se refere ao desfecho da vida terrena de Maria.

Esta celebração foi decretada no Oriente no século VII, com um decreto do imperador bizantino Maurício.

 No mesmo século a festa da Dormitio (= passagem para outra vida) foi introduzida também em Roma por um papa oriental, Sérgio I.

Mas passou-se um século antes que o termo dormitiocedesse lugar àquele mais explícito de Assunção.

 A definição dogmática, pronunciada por Pio XII em 1950, declarando que Maria não precisou aguardar, como as outras criaturas, o fim dos tempos para obter também a ressurreição corpórea, quis pôr em evidência o caráter único da sua santificação pessoal, pois o pecado nunca ofuscou, nem por um instante, o brilho de sua alma.

 A união definitiva, espiritual e corporal do homem com Cristo glorioso, é a fase final e eterna da redenção.

Assim os santos, que já tem a visão beatífica ( Apo 6, 9-10), estão de certo modo aguardando a plenitude final da redenção (Apo 6,11), que em Maria já havia acontecido com a singular graça da preservação do pecado (Lc1,28).

À luz desta doutrina que tem fundamento na Sagrada Escritura, oProto-evangelho, referindo-se ao primeiro anúncio da salvação messiânica dado por Deus aos nossos progenitores após a culpa (Gn 3,15), apresenta Maria como a nova Eva, intimamente unida com o novo Adão, Jesus. 

Jesus e Maria estão realmente associados na dor e no amor (Jo 19,25) para expiarem a culpa dos nossos progenitores. 
Maria é portanto, não só Mãe do Redentor (Lc1,43), mas também sua cooperadora (Jo 2,3), a ele intimamente unida na luta e na decisiva vitória. 

Essa íntima união requer que também Maria triunfe, como Jesus, não somente sobre o pecado, mas também sobre a morte, os dois inimigos do gênero humano.

 Como a redenção de Cristo tem a sua conclusão com a ressurreição do corpo, também a vitória de Maria sobre o pecado, com a Imaculada Conceição, dever ser completa com a vitória sobre a morte mediante a glorificação do corpo, com a Assunção, pois a plenitude da salvação cristã é a participação do corpo na glória celeste. 

A Bíblia registra Deus “tomando” Enoque e Elias ao Céu (Gênesis 5:24; II Reis 2:11). Por isto, não é impossível que Deus tenha feito o mesmo com Maria 

 Não há motivo para não se crer na Assunção de Maria, visto que muitos homens na Bíblia também foram elevados ao céu, como Moisés, apesar de morto (Jd 1,9), Henoc que "pela fé, foi levado, a fim de escapar à morte e não foi mais encontrado, porque Deus o levara (...)" (Hebreus, 11,5), Elias  que subiu num carro de fogo, e foi arrebatado por Deus, em corpo e alma (II Reis, II, 1-11).

São Paulo nos afirma que "Cristo ressucitou dentre os mortos como primícias dos que morreram" ( I Cor 15,20) e que "assim como em Adão todos morreram, assim em Cristo , todos reviverão, cada qual porém em sua ordem; como primícias Cristo e, em seguida, os que forem de Cristo, na ocasião de sua vinda "(ICor 15,22-23).

 São Paulo afirma que cada um ressurgirá "cada qual porém em sua ordem" (I Cor 15,23), dando a entender que  uns podem ressurgir primeiro que outros. E ainda diz mais: "Eis que vos revelo um mistério: nem todos morreremos, mas todos seremos transformados" ( I Cor 15,51).
Assim, não há porque não crer na Assunção de Maria, visto que nem " todos morreremos, mas todos seremos transformados" ( I Cor 15,51).
LOUVADO SEJA DEUS por sua misericórdia e seu infinito amor, Ele olhou para a fraqueza de seu servo, e por intermédio de nossa Boa Mãe Maria, Ele me concedeu a cura do que talvez “poderia” ser um câncer. Mas Jesus foi a frente, e mais uma vez pôs sua mão sobre mim, no dia da Assunção de Nossa Senhora ao céu.
Senhor, obrigado por tudo!
Eu não tenho medo em dizer:
- EU ACREDITO EM MILAGRES!

A lenda de Nossa Senhora
Sobre este templo, Frei Agostinho de Monte Alverne, nas Crónicas da Província de S. João Evangelista das Ilhas dos Açores, regista que:

"(...) andando hua menina pastando ovelhas, que sendo mulher de juízo, contou este caso, que vira junto de si no circuito de huas rasteiras, hua nuvem branca em forma de neve da qual ouviu uma vox que lhe dice: dize ao teu vigario diga ao povo faça penitencia pª aplacar a ira de Des e dito isto se desfez a nuvem e não vio mais cousa alguma." CARVALHO (2001) regista outra versão dessa lenda, que envolve a construção do templo. 

O local escolhido para erguê-la era no vizinho Outeiro da Fonte. Para esse fim era acarretada pedra da pedreira do Monte Gordo. No dia seguinte, pela manhã, a pedra aparecia no local de uma fonte, onde florescia uma roseira.
 Nesse mesmo local, a Virgem havia aparecido a uma pastorinha, pedindo para dizer ao padre da freguesia que estava ofendida, e que queria que a sua ermida fosse erguida naquele local. 

Sem que o padre acreditasse na mensageira, na segunda aparição a Senhora assinalou com três dedos de uma mão a testa da sua mensageira, e desse modo, o padre, convencido, fez erguer o templo no local indicado (op. cit., p. 71-72).
A tradição atribui-lhe diversos milagres em virtude de uma fonte medicinal que lhe corre na sacristia.
Vide na integra na fonte: http://rezairezairezai.blogspot.com.br/2012/08/nossa-senhora-da-gloria-apo-121.html
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Nossa Senhora da Glória é o titulo que se refere a três verdades de fé professadas pela Igreja: a Dormição de Nossa Senhora, sua Assunçãoao céu em corpo e alma e sua Glorificação como Rainha do céu e da terra. São o quarto e o quinto Mistérios Gloriosos do Terço.

Dormição de Nossa Senhora
A Dormição de Maria é uma verdade de fé professada pela Igreja. Segundo a Tradição da Santa Igreja Católica Apostólica Romana: Maria faleceu por volta dos 58 anos de idade, em Jerusalém. Após sua morte, seu corpo foi velado com grande emoção e vigílias pelos cristãos. Vários apóstolos vieram de longe para se despedirem da mãe do Salvador. Depois, seu corpo foi sepultado, provavelmente no Horto da Oliveiras.

O túmulo de Nossa Senhora da Glória fica vazio
Porém, um dos apóstolos, provavelmente por estar distante fisicamente, chegou a Jerusalém algumas horas depois que o corpo de Maria tinha sido sepultado.  E ele quis muito ver o corpo de Nossa Senhora pela última vez. Mas quando abriram o túmulo para que o apóstolo pudesse vê-la, o corpo da Virgem não estava mais lá. Todos, então, glorificaram a Deus reconhecendo que Maria tinha sido elevada ao céu não só em espírito, mas também em corpo físico. Por isso, desde os primórdios, os fiéis festejam a Assunção de Nossa Senhora e sua glorificação no céu. E é daí que se origina o título Nossa Senhora da Glória.

São João Damasceno (PG, I, 96) formula assim a tradição da Igreja de Jerusalém: São Juvenal, Bispo de Jerusalém, no Concílio de Calcedônia (451), levou ao conhecimento do Imperador Marciano e Pulquéria, que desejava possuir o corpo da Mãe de Deus, que Maria morreu na presença de todos os Apóstolos, mas que o seu túmulo, quando aberto, a pedido de St. Thomas, foi encontrado vazio; a partir do qual os Apóstolos concluiram que o corpo foi levado para o céu.

A Assunção de Nossa Senhora da Glória
Assunção quer dizer ser elevado(a), ou seja, Maria não subiu a céu pelo seu próprio poder, mas foi levada ao céu pelo poder de Deus. É o quarto Mistério Glorioso contemplado no Terço. A Assunção de Maria é também um dogma da Igreja Católica proclamado pelo Papa Pio XII em 1950. No documento eclesiástico promulgado em 1 de novembro de 1950, Festa de Todos os Santos, o Papa Pio XII declarou como dogma revelado por Deus que Maria, Mãe imaculada perpetuamente Virgem de Deus, após a conclusão da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória dos Céus . A Festa da Assunção de Nossa Senhora é celebrada no dia 15 de agosto.

Sinal para todo cristão
A Festa da Assunção de Maria, como Nossa Senhora da Glória é um sinal para nós que um dia, pela graça de Deus e os nossos esforços, também poderemos nos juntar à Mãe Santíssima, dando glória a Deus. A Assunção é uma fonte de grande esperança para nós, pois aponta o caminho para todos os seguidores de Cristo, que imitam a sua fidelidade e obediência à vontade de Deus. Onde Nossa Senhora está agora, nós também estamos destinados a estar e podemos esperar por isso contando com a graça divina. O fato de Maria ser elevada ao céu depois que sua vida na terra terminou é o resultado lógico de sua natureza imaculada, exclusivamente protegida - também pela graça de Deus - do pecado original. Procuremos imitar o seu abnegado amor, sua fé indestrutível e sua obediência perfeita.

Catecismo cita Nossa Senhora da Glória
O Catecismo da Igreja Católica, capítulo 3, 6, diz:
Finalmente, a Virgem Imaculada, preservada e imune de toda mancha do pecado original, quando terminada sua vida terrena, foi levada em corpo e alma à glória celestial, e exaltada pelo Senhor como Rainha de todas as coisas, de modo que ela pode ser mais plenamente conformada com seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte. A Assunção da Virgem é uma participação singular naRessurreição de Jesus e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos.

Imagem de Nossa Senhora da Glória
Nossa Senhora da Glória é representada com os braços abertos num ato de louvor a Deus, tendo sobre sua cabeça uma coroa de 12 estrelas, conforme é mencionado no livro do Apocalipse.

Nossa Senhora da Glória, um conforto nas dificuldades
Falando sobre Nossa Senhora da Glória, o Papa Bento XVI afirmou:
Ao contemplar Maria na glória celestial, entendemos que a terra não é a pátria definitiva para nós também, e que, se vivemos com o nosso olhar fixo nos bens eternos, a terra se tornará mais bela. Consequentemente, não devemos perder a serenidade e a paz mesmo no meio das milhares de dificuldades cotidianas. O sinal luminoso de Nossa Senhora recebida no céu brilha ainda mais intensamente quando as sombras tristes de sofrimento e violência parecem pairar no horizonte.

Podemos estar certos de que: do alto, Maria acompanha os nossos passos, com preocupação, gentil, dissipa a escuridão nos momentos de trevas e angústia, tranquiliza-nos com a sua mão materna. Apoiados por esta consciência, vamos continuar confiantes no nosso caminho de compromisso cristão onde quer que a Providência nos levar. Vamos avançar em nossas vidas sob a orientação de Maria .
Papa Bento XVI, Audiência Geral, em Castel Gandolfo no dia 16 de agosto de 2006.

Orações a Nossa Senhora da Glória
Pai amoroso, Vós que elevastes a Virgem Maria ao céu para compartilhar a vossa comunhão de amor, fazendo com que ela se torne exemplo e esperança para cada um de nós, pela vossa misericórdia e pelo sacrifício de nossas orações, aceitai-nos para aquele abraço santo e definitivo na glória eterna, junto convosco e com a Virgem Maria. Isso nós vos pedimos por Cristo nosso Senhor. Amém.

O título Nossa Senhora da Glória refere-se à passagem da Virgem Maria da vida terrena para a vida celestial. Esta passagem envolveu três momentos diferentes: 1. A Dormição de Nossa Senhora, ou seja, ela faleceu e foi sepultada. Três dias depois, porém, seu túmulo estava vazio. Por Isso se diz que Maria 'dormiu' no Senhor. 2. Sua Assunção ao céu em corpo e alma. Seu corpo não foi mais encontrado neste mundo e, por isso, não existe um túmulo de Nossa Senhora. Ela foi elevada ao céu pelo poder de Deus e é a primeira pessoa humana a estar no céu de corpo e alma. 3. Sua Glorificação como Rainha do céu e da terra. Existem duas representações clássicas de Nossa Senhora da Glória, uma no momento da coroação e outra depois da coroação. As duas tem as mesmas cores mudando apenas alguns símbolos. A imagem de Nossa Senhora da Glória tem belos significados. Vamos compreendê-los.

A túnica vermelha de Nossa Senhora da Glória
A túnica vermelha de Nossa Senhora da Glória simboliza o sangue, a paixão e o sofrimento de Jesus Cristo, seu filho. Sofrimento que foi anunciado pelo profeta Simeão e que ela acompanhou até o fim, permanecendo de pé junto a seu Filho. A participação da Virgem Maria na Paixão de Cristo é também uma das razões de sua glorificação no céu.

O manto azul de Nossa Senhora da Glória
O manto azul de Nossa Senhora da Glória simboliza sua realidade celestial atual, sendo a única pessoa humana que está no céu em corpo e alma. Jesus também está no céu de corpo e alma, porém, ele é uma pessoa humana e divina. Maria, por sua vez, é somente humana. O manto azul de Maria também simboliza o nosso futuro celestial, pois, como ela, nós também seremos ressuscitados por Deus e, pela misericórdia de Deus, expressa em Jesus Cristo, iremos para o céu, na sua presença.

O véu branca de Nossa Senhora da Glória
O véu branca de Nossa Senhora da Glória simboliza sua pureza de coração. Virgem pura, santa, sem mancha e sem pecado. O véu branco de Nossa Senhora convida a todos nós a procurarmos uma vida pura e santa e a atender ao pedido de Jesus: 'Sede santos porque vosso Pai celestial é santo'. A santidade é a vocação de todo ser humano, pois ela nos conduz à verdadeira felicidade.

A coroa de Nossa Senhora da Glória
A coroa de Nossa Senhora da Glória simboliza sua realeza. A Virgem Maria é rainha do céu e da terra por vontade de Deus. Deus é justo em todos os seus desígnios e sua vontade é santa e soberana. É da vontade de Deus que a Virgem Maria seja a Rainha do céu, dos apóstolos, dos homens e dos anjos, pois ela é a nova Eva, aquela que disse 'sim' ao Pai em todos os sentidos e até ao extremo. Maria, por sua vez, é Mãe Misericordiosa e, mesmo sendo A Rainha, nos ama e nos trata como filhos amados. Por isso, confiemos a ela todas as nossas preocupações e angústias, pois a 'Rainha' pode cuidar delas.

O cetro na mão de Nossa Senhora da Glória
O cetro é símbolo do poder real. Vários reis e rainhas da história humana tiveram cetros de ouro como demonstração de poder. A iconografia cristã também retrata a Virgem Maria com um cetro na mão esquerda simbolizando o poder de sua intercessão. Ela é Rainha por vontade de Deus e para fazer a vontade de Deus. Por isso, o poder que ela tem em suas mãos, simbolizado pelo cetro, é o poder da intercessão e de quem faz a vontade de Deus.

O menino Jesus no braço direito de Nossa Senhora da Glória
O menino Jesus apoiado no braço direito de Nossa Senhora da Glória simboliza a maternidade de Maria. Estando sobre o braço direito de Maria significa que Ele é superior a ela. A coroa do Menino jesus simboliza sua realeza. A túnica amarela simboliza sua glória celestial e também sua realeza. E o manto vermelho simboliza seu sangue e sua paixão, causas da nossa salvação. Mesmo menino, criança, a paixão de Cristo está sempre presente, pois ela é uma realidade sempre presente. Jesus assumiu a Paixão desde o momento em que desceu do céu e se encarnou no ventre da Virgem Maria.

Oração a Nossa Senhora da Glória
'Pai amoroso, Vós que elevastes a Virgem Maria ao céu para compartilhar a vossa comunhão de amor, fazendo com que ela se torne exemplo e esperança para cada um de nós, pela vossa misericórdia e pelo sacrifício de nossas orações, aceitai-nos para aquele abraço santo e definitivo na glória eterna, junto convosco e com a Virgem Maria. Isso nós vos pedimos por Cristo nosso Senhor. Amém.'

fonte:http://www.cruzterrasanta.com.br/significado-e-simbolismo-de-nossa-senhora-da-gloria/26/103/
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Celebramos a morte, ressurreição e assunção da Virgem Maria.
Alguns talvez se assustem com a afirmação por serem da opinião de que a Virgem Santíssima não morreu, mas apenas "dormiu".

Podemos, no entanto, afirmar com certeza que a Igreja ensina e sempre ensinou que a Virgem Maria morreu. Foi somente a partir do século XIX, com a definição da Imaculada Conceição, que alguns teólogos começaram a especular o contrário. Pio XII, não querendo interferir na recente polêmica, não "definiu" a questão da morte de Nossa Senhora. No entanto, o próprio Papa Pio XII, na própria Constituição Apostólica em que define o dogma da Assunção, Munificentissimus Deus, afirma muitas vezes este ensinamento tradicional (cf. algumas citações abaixo).

Assim, da mesma forma como Deus mostraria ao longo da história a predileção para com muitos de seus santos através do milagre dos "corpos incorruptos", ele também manifestou o amor singular para com a Virgem santíssima preservando-a da corrupção do sepulcro com sua ressurreição e assunção aos céus.

Mas, não é a morte uma consequência do pecado original? A morte de Nossa Senhora não foi uma consequência do pecado original, mas somente da natureza humana como tal. Adão e Eva, no paraíso, eram imortais! Mas não por sua própria natureza. A imortalidade de nossos primeiros Pais era um privilégio especial (dom preternatural). Maria, assim como seu Filho Jesus, possuía um corpo com todas as características da fragilidade de nossa condição humana.

Qual, então, teria sido a causa da morte de nossa Mãe Santíssima? A tradição nos fala de uma "morte de amor" (cf. São Francisco de Sales, Tratado do Amor de Deus, livro 7, cap. 13-14; Santo Afonso, Glórias de Maria).

Existem almas que, no momento de sua morte, não estão somente em estado de graça, ou seja, "no amor" de Deus, mas experimentam um tal amor ao mesmo tempo calmo e tão intenso que atrai a alma, que se encontra "madura para o céu", afastando-a do seu corpo. é isto que se entende por morte "de amor".

Trata-se de uma afirmação que pode ser facilmente corroborada pelo testemunho dos santos que alcançaram um grande progresso no amor de Deus. O próprio São Paulo nos recorda: "Meu desejo é partir dessa vida e estar com Cristo, e isso é muito melhor" (Fil 1, 23). "Preferimos deixar a mansão deste corpo, para irmos morar junto do Senhor" (2 Cor 5, 8).

Assim, a Assunção da Santíssima Virgem não é apenas uma grande sinal do amor de Deus por nossa Mãe, mas é também um exemplo de amor de nossa Mãe por Deus.
Caberia perfeitamente nos lábios da Virgem em seus dias aqui na terra, após a Ascenção do Senhor, aquela poesia de Santa Teresa D'Ávila:
Vivo sem viver em mim,
E tão alta vida espero,
Que morro porque não morro.

Citações da const. apost. Munificentissimus Deus do servo de Deus, Papa Pio XII (01/11/1950).
14. Não tiveram dificuldade em admitir que, à semelhança do seu unigênito Filho, também a excelsa Mãe de Deus morreu. Mas essa persuasão não os impediu de crer expressa e firmemente que o seu sagrado corpo não sofreu a corrupção do sepulcro, nem foi reduzido à podridão e cinzas aquele tabernáculo do Verbo divino.
17. "É digna de veneração, Senhor, a festividade deste dia, em que a santa Mãe de Deus sofreu a morte temporal; mas não pode ficar presa com as algemas da morte aquela que gerou no seu seio o Verbo de Deus encarnado, vosso Filho, nosso Senhor (Sacramentário gregoriano)"
20. Com esta festa não se comemora somente a incorrupção do corpo morto da santíssima Virgem, mas principalmente o triunfo por ela alcançado sobre a morte e a sua celeste glorificação à semelhança do seu Filho unigênito, Jesus Cristo.
21. "Convinha que aquela que no parto manteve ilibada virgindade conservasse o corpo incorrupto mesmo depois da morte" (São João Damasceno).
29. "ressuscitou a Arca da sua santificação, quando neste dia a virgem Mãe foi assunta ao tálamo celestial" (Santo Antônio de Pádua).

35. "Jesus não quis que o corpo de Maria se corrompesse depois da morte, pois redundaria em seu desdouro que se transformasse em podridão aquela carne virginal de que ele mesmo tomara a própria carne" (Santo Afonso).
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A Cidade de Santa Helena do Cabo Frio e a Fortaleza de Santo Inácio foram fundadas pelo Governador do Rio de Janeiro, Constantino Menelau, na barra da Lagoa de Araruama, em 1615. Tratava-se de uma típica cidade para inglês ver, pois constava apenas da fortaleza armada com sete canhões de bronze e a guarnição de 12 soldados.
Em 1616, Estevão Gomes foi nomeado capitão-mor da nova povoação portuguesa, mudando sua sede para a localidade da Passagem e a rebatizando como Cidade de N. Sra. de Assunção do Cabo Frio. Alguns poucos historiadores supõem ter existido urna capela em louvor da padroeira, embora não apresentem evidencias que comprovem essa hipótese.
A partir de 1660, por causas externas e internas, a sede da Cidade de N. Sra. de Assunção do Cabo Frio foi transferida da Passagem para o atual centro urbano, localizado junto a segunda seção do Canal do Itajuru, entre o topo de um cordão de dunas e o areal da restinga que caia suavemente até a margem da Lagoa.
As principais causas internas responsáveis pela mudança da sede foram o alagamento sistemático do antigo sitio da cidade pelas marés de sizígia e a enorme distância que se encontrava da água potável da Fonte do Itajuru. Na parte mais alta da duna, de frente para o canal começou a erguer-se a Igreja de N. Sra. de Assunção, dominando o Largo da Matriz (futura Praça Porto Rocha), onde, a direita, foi posto o Pelourinho – símbolo da justiça colonial. A esquerda do templo, próximo ao canal, foi aberta a Rua Direita (atual Érico Coelho) em direção ao Morro do Itajuru e paralela a lagoa, onde levantou-se o sobrado da Câmara e da Cadeia na esquina do largo.
A Igreja de N. Sra. de Assunção foi construída em “pedra e cal” e inaugurada com missa do Vigário Bento de Figueiredo, em 1666. No altar-mor já se achava a belíssima imagem da padroeira de Cabo Frio, esculpida em madeira-de-lei e trazida de Lisboa em meados do Século XVII. Desde então, N. Sra. de Assunção tornou-se a devoção dos habitantes da Cidade, que a festejam no dia 15 de agosto.
Em 24 de setembro de 1721, o pescador Domingos André Ribeiro achou a imagem de N. Sra. da Conceição, de nogueira e com um palmo e três dedos de altura, numa grota litorânea da Ilha do Cabo Frio.
Dez anos mais tarde, o Rei de Portugal atendeu o pedido dos moradores da Cidade através da solicitação feita pela Câmara Municipal, mandando construir a capela e o artístico altar em louvor a Virgem Aparecida, situado a direita de quem entra na Igreja de N. Sra. de Assunção. Na primeira metade do século XVIII, ainda, o Rei de Portugal através do Governador do Rio de Janeiro e atendendo outro apelo da Câmara Municipal, mandou reformar o telhado e uma das portas da Matriz que estavam em ruinas.
A fama dos milagres atribuídos a Virgem Aparecida correu rápida e o dia do encontro da imagem passou a ser festejado pela população de Cabo F rio. Caravanas de romeiros enchiam a Cidade, não faltando mesmo os arraiais em torno da Matriz, onde se improvisavam bailados ao som dos instrumentos mais variados. A Capela de N. Sra. da Conceição foi ficando repleta por uma infinidade de ex—votos, que ocuparam totalmente suas paredes. Eram moldes de cera das partes do corpo doentes ou feridas, painéis e quadros que comoviam pela graça alcançada, em especial, de navegantes salvos da fúria do mar.

Desde o século XVII até o início do XIX, os cristãos mortos eram enterrados na nave principal da Igreja Matriz de Cabo Frio. Porém, com a proibição imperial deste tipo de sepultamento em função das pestes epidêmicas que se espalhavam pelo pais, os funerais começavam a se realizar em frente e do lado da Igreja. A solução provisória não agradava a maioria que exigia a construção de um campo/santo, mas muitas cenas dantescas se repetiram, como o exemplo de cães escavando e carregando ossos humanos a frente das procissões, até que se inaugurasse o cemitério de Santa Izabel, no final do Século XIX.
http://acervomarciowerneck.com.br/igreja-de-nossa-senhora-de-assuncao/

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