A Porciúncula, lugar predileto de São Francisco
O pai seráfico morou com seus primeiros companheiros na Porciúncula:
Uma das cenas mais belas ocorridas na Porciúncula é descrita com grande singeleza na obra intitulada ‘I Fioretti’:
Um dos documentos mais conhecidos sobre esta indulgência é o ‘Diploma do Frei Teobaldo, Bispo de Assis’ (1296 a 1329). Neste documento, datado de 1310, ele relata que numa certa noite na Porciúncula São Francisco recebeu uma revelação segundo a qual deveria se dirigir ao papa Honório III que estava na vizinha cidade de Perúgia para pedir-lhe a mencionada indulgência. No dia seguinte o pai seráfico correu apressadamente para alcançar tão grande privilégio para aquela pequenina igreja que tinha sido restaurada por ele há pouco tempo.
Como essa Indulgência se espalhou pelo mundo
Depois de reconstruir a igreja de São Pedro, Francisco chegou a um lugar chamado Porciúncula, onde existia uma velha igreja dedicada a Virgem Mãe de Deus, que estava abandonada, sem ninguém que dela cuidasse. “Francisco era grande devoto de Maria Senhora do Mundo, e quando viu a igreja naquele desamparo, começou a morar aí permanentemente a fim de poder restaurá-la”4. O Santo foi agraciado com a visita frequente dos santos anjos, o que aliás não estranhava, uma vez que a igreja se chamava Santa Maria dos Anjos. Ele se fixou neste local por causa de seu respeito pelos anjos e de seu amor a Mãe de Jesus. “Sempre amou esse lugar acima de qualquer outro no mundo, pois foi aí que ele principiou humildemente, progrediu na virtude e atingiu a culminância da felicidade. Foi esse lugar que ele confiou aos Irmãos ao morrer como particularmente caro a Santíssima Virgem”5.
A respeito da pequena igreja de Nossa Senhora dos Anjos, um dos frades menores teve uma visão antes de sua conversão. “Viu ele em volta dessa igreja uma multidão incalculável de pobres cegos, de joelhos, braços erguidos e semblantes voltados para o céu; com gritos e lágrimas, imploravam todos misericórdia e a luz dos olhos. E eis que uma luz brilhante desceu do céu e os envolveu a todos restituindo-lhes a visão e a saúde que almejavam”6. Neste lugar santo, Francisco fundou a Ordem dos Frades Menores, por inspiração de Deus. A divina Providência fez o Pobre de Assis restaurar três igrejas antes de fundar a Ordem e começar a pregar o Evangelho. Francesco progrediu das coisas materiais em direção às realizações mais espirituais, das coisas menores às maiores, na devida ordem. Tudo isso foi sinal profético da obra que Francisco realizaria mais tarde, pela Providência de Deus. Pois, “a Igreja que devia restaurar não era a de pedra, mas a própria Igreja de Cristo, enfraquecida na época pelas divisões, heresias e pelo apego de seus líderes às riquezas e ao poder”7.
Oração a Nossa Senhora dos Anjos
fonte:http://blog.cancaonova.com/tododemaria/a-historia-de-nossa-senhoraConhe
Jesus sorriu docemente e também Maria. Então Francisco dirigiu-se à Maria e assim lhe falou: - "Oh! celestial advogada do gênero humano, eu lhe rogo que obtenha de seu divino Filho esta grandíssima graça."
http://chamadeamordemaria.blogspot.com.br/2012/07/02-de-agosto-dia-de-nossa-senhora-dos.html
Nós vos suplicamos, dai-nos a graça da penitência dos pecados, a correção de nossas más inclinações e fortalecimento nos momentos de fraqueza. Quantos recusam a salvação e preferem caminhar nas trevas do erro! Tudo é possível para aquele que crer, para aquele que se arrepender!
Vós, ó Mãe, manifestastes a São Francisco o grande desejo de reconciliar os pecadores com Jesus, que se entregou em uma cruz para nos salvar. Rogai por nós, agora e na hora de nossa morte. Por isso, com todos os anjos do céu, vos saudamos: Ave Maria…
Cento e sessenta anos depois de construída, a referida ermida, achando-a São Bento abandonada e em ruína, a reconstrói, aumentando-a e embelezando-a, e por ser uma porçãozinha de herdade que ali tinham os beneditinos, foi chamada igreja da Porciúncula (piccola porzione).
O seráfico Patriarca, que dava mais importância ao bem espiritual do que ao material, pede então uma indulgência plenária, isto é, a remissão de todos os pecados para aqueles que, arrependidos e confessados, visitassem aquela capela, dedicada à Rainha dos Anjos. Acedeu graciosamente o Senhor, e, mandando-lhe que a fosse pedir ao Papa, seu Vigário na terra e a visão desapareceu. Cheio de contentamento foi o Santo procurar o Papa, que era Honório III.
No dia 02 de agosto, a Ordem Franciscana celebra a festa da Porciúncula, lugar predileto de São Francisco. Trata-se da pequenina capela, verdadeiro berço da família franciscana, que se encontra atualmente dentro da grande basílica de Nossa senhora dos Anjos, na planície de Assis.
“No passado entendia-se por Porciúncula uma outra realidade. Era uma região pantanosa e caracterizada pela presença de bosques que se localizava na planície sudoeste de Assis ocupando alguns quilômetros. No meio desta planície existia uma capela dedicada à Virgem, sob a denominação de Santa Maria dos Anjos, ou, devido à região, Santa Maria da Porciúncula” (Dicionário Franciscano, Vozes, 1999, pag. 600).
O seráfico pai já tinha restaurado a capela de São Damião e a capela de São Pedro quando chegou à Porciúncula:
“Ele se transferiu a outro lugar que se chama Porciúncula, no qual havia uma igreja da bem-aventurada Virgem Mãe de Deus construída na antiguidade, mas estava então deserta e por ninguém era cuidada. Quando o santo de Deus a viu assim destruída, movido de compaixão, porque se abrasava de devoção para com a Mãe de toda bondade, começou a morar aí permanentemente. E aconteceu que, depois que restaurou a dita igreja, decorria o terceiro ano de sua conversão. Neste tempo, trajando um hábito parecido com o eremítico, cingindo uma correia e portando um bastão, andava com os pés calçados” (1Celano 21).
São Boaventura escreve assim a esse respeito:
São Francisco “foi para um lugar que se chama Porciúncula, no qual existira uma igreja da Beatíssima Virgem Mãe de Deus, construída antigamente, mas agora abandonada, sem que ninguém dela cuidasse. Quando o homem de Deus a contemplou tão abandonada, pela fervorosa devoção que tinha para com a Senhora do mundo, começou a morar ali assiduamente para a restauração da mesma. E, sentindo aí a frequência das visitações angelicais, de acordo com o nome desta igreja que desde a Antiguidade era chamada Santa Maria dos Anjos, estabeleceu-se aí por causa da reverência aos anjos e por causa do amor especial à Mãe de Cristo” (Legenda Maior 2, 8).
Ali, na Porciúncula, foi revelada para São Francisco a “forma de vida” que ele deveria abraçar:
“Num certo dia, quando se lia na mesma igreja o Evangelho sobre como o Senhor enviara seus discípulos a pregarem, estando presente o santo de Deus, como tivesse entendido de alguma forma as palavras do Evangelho, depois que se celebraram as solenidades da missa, ele suplicou humildemente ao sacerdote que lhe fosse explicado o Evangelho. (…) Ouvindo São Francisco que os discípulos de Cristo não deviam possuir ouro ou prata ou dinheiro, não levar bolsa nem alforje nem pão nem bastão pelo caminho nem ter calçados nem duas túnicas, mas pregar o reino de Deus e a conversão, (…) disse:
‘É isto que eu quero, é isto que eu procuro, é isto que eu desejo fazer do íntimo do coração’.
Por conseguinte, apressa-se o santo pai, transbordando de alegria, em cumprir o salutar conselho e não suporta demora alguma, mas começa devotamente a colocar em prática o que ouviu. Desata imediatamente os calçados dos pés, depõe o bastão das mãos e, contente com uma só túnica, trocou a correia por um cordão. Desde então, prepara para si uma túnica (…) prepara-a muito áspera (…) prepara-a, finalmente, paupérrima e grosseira, para que de maneira alguma ela possa ser desejada pelo mundo” (1Celano 22).
De quem São Francisco recebeu a Porciúncula?
“Aos beneditinos do mosteiro do monte Subásio pertencia a capela e talvez uma pequena (ou grande?) área em torno dela; o restante do território (Porciúncula) pode ter tido outros proprietários. São Francisco solicita e obtém dos beneditinos o que lhe bastava para uma vida tranqüila em torno da capela” (Dicionário Franciscano, Vozes, 1999, pág. 606).
Os monges de São Bento “concederam ao bem-aventurado Francisco e seus irmãos a igreja de Santa Maria da Porciúncula, como a mais pobrezinha igreja que tinham. (…) E, embora o abade e os monges tivessem concedido livremente aquela igreja ao bem-aventurado Francisco e a seus irmãos, (…) o bem-aventurado Francisco (…) mandava-lhes anualmente, em sinal de maior humildade e pobreza, uma cestinha de peixes. (…) Por causa da humildade do bem-aventurado Francisco, que fazia aquilo por própria vontade, [os monges] davam a ele e aos irmãos um vaso cheio de óleo” (Compilação de Assis 56).
A Porciúncula era o lugar predileto de São Francisco:
“O santo homem amou este lugar mais do que os outros lugares do mundo; pois aqui ele começou humildemente, aqui ele progrediu virtuosamente, aqui ele terminou de maneira feliz, e na morte recomendou este lugar aos irmãos como o mais caro à Virgem”(Legenda Maior 2, 8).
O pai seráfico dizia a seus frades: “Cuidai, filhos, para nunca deixardes este lugar. Se fordes expulsos por uma parte, entrai de novo por outra; pois este lugar é verdadeiramente santo e habitação de Deus. Aqui, quando éramos poucos, o Altíssimo nos aumentou; aqui, com a luz de sua sabedoria, ele iluminou os corações de seus pobres; aqui, com o fogo de seu amor, inflamou as nossas vontades. Quem rezar aqui com coração devoto obterá o que pedir, e aquele que o ofender será mais gravemente punido. Por esta razão, filhos, tende em toda honra este lugar da habitação de Deus” (1Celano 106).
“Francisco, o servo de Deus, pequeno de estatura, humilde de espírito, menor por profissão, enquanto vivia no mundo, escolheu do mundo para si e para os seus uma pequena porção. (…) Desde os tempos antigos se chamava Porciúncula o lugar que devia caber por sorte àqueles que absolutamente nada desejavam ter do mundo. (…) O santo amou este lugar mais do que a todos, ordenou que os irmãos o venerassem com especial reverência” (2Celano 18).
“Chegando ao conhecimento de muitos a verdade tanto da doutrina simples como da vida do bem-aventurado Francisco, após dois anos desde a sua conversão, alguns homens começaram a ser animados pelo exemplo dele à penitência. (…) O primeiro dentre eles foi Frei Bernardo, de santa memória. (…)
Levantando-se, portanto, de manhã, com um outro de nome Pedro, que também desejava tornar-se irmão, foram à igreja de São Nicolau na praça da cidade de Assis. (…) Terminada a oração, o bem aventurado Francisco, tomando o livro fechado, pondo-se de joelhos diante do altar, abriu-o. E, na primeira abertura deste, ocorreu aquele conselho do Senhor: ‘Se queres ser perfeito, vai e vende tudo o que possuis e dá aos pobres e terás um tesouro no céu’ (Mt 19,21). (…) O bem-aventurado Francisco (…) disse aos mencionados senhores, a saber, Bernardo e Pedro: ‘Irmãos, esta é nossa vida e nossa regra…’ (…). Tendo abandonado tudo, ambos receberam ao mesmo tempo o hábito, que pouco antes o santo adotara (…). Francisco, o homem de Deus, associado aos dois irmãos, como foi dito, como não tivesse hospedaria onde ficar com eles, juntamente com eles se transferiu a uma igreja pobrezinha e abandonada, que se chama Santa Maria da Porciúncula, e aí eles construíram uma casinha na qual antigamente moravam juntos. Depois de alguns dias, veio um homem de Assis, chamado Egídio, e, pondo-se de joelhos, pediu ao homem de Deus, com grande reverência e devoção, que o acolhesse em sua companhia” (Legenda dos Três Companheiros 27-29.32).
Na Porciúncula, a jovem Clara de Assis se consagrou ao Senhor pelas mãos de Francisco:
“São Francisco cortou seu cabelo diante do altar, na igreja da Virgem Maria, chamada Porciúncula, e a levou para a igreja de São Paulo das Abadessas” (Processo de Canonização 12, 4).
São Francisco costumava reunir seus frades na Porciúncula para os Capítulos da Ordem. Dali, os irmãos partiam em missão:
“E no ano do Senhor de 1219, (…) Frei Francisco, em Capítulo realizado em Santa Maria da Porciúncula, enviou irmãos à França, à Alemanha, à Hungria, à Espanha e a outras províncias da Itália, às quais os irmãos ainda não haviam chegado” (Crônica de Jordão de Jano 3).
Na Porciúncula aconteceu o famoso “Capítulo das Esteiras” durante o qual Santo Antonio se encontrou pela primeira vez com São Francisco:
“No ano de Senhor de 1221 (…) no santo dia de Pentecostes, o bem-aventurado Francisco celebrou o Capítulo geral em Santa Maria da Porciúncula. (…) Os irmãos que compareceram foram calculados em três mil irmãos. (…) Acomodavam-se sob esteiras em campo espaçoso e cercado, (…). Neste capítulo o povo da terra servia com espírito de prontidão, fornecendo pão e vinho, alegres por uma reunião de tantos irmãos e pelo regresso do bem-aventurado Francisco. De fato, não vi na Ordem um Capítulo como este, tanto pela multidão dos irmãos quanto pela solenidade dos que serviam.”(Crônica de Jordão de Jano 16).
“São Francisco, quando estava em Assis, frequentes vezes visitava Santa Clara, dando-lhes santos ensinamentos. E tendo ela grandíssimo desejo de comer uma vez com ele, o que lhe pediu muitas vezes, ele nunca quis lhe dar esta consolação.
Vendo os seus companheiros o desejo de Santa Clara, disseram a São Francisco: ‘Pai, a nós nos parece que este rigor não é conforme à caridade divina (…). Disse então São Francisco: ‘Pois se vos parece, a mim também. Mas, para que ela fique mais consolada, quero que esta refeição se faça em Santa Maria dos Anjos; porque ela esteve longo tempo reclusa em São Damião: ser-lhe-á agradável ver o convento de Santa Maria onde foi tonsurada e feita esposa de Jesus Cristo; e ali comeremos juntos em nome de Deus’.
Chegando o dia aprazado, Santa Clara saiu do mosteiro com uma companheira, e, acompanhada pelos companheiros de São Francisco, chegou a Santa Maria dos Anjos. (…) E chegada a hora do jantar, sentaram-se São Francisco e Santa Clara (…) depois todos os companheiros de São Francisco se acomodaram humildemente à mesa. (…) São Francisco começou a falar de Deus tão suave, tão clara, tão maravilhosamente que (…) ficaram todos arrebatados em Deus. (…) Os homens de Assis e de Betona e os da região circunvizinha viram que Santa Maria dos Anjos e todo o convento e a selva, que havia ao lado do convento, ardiam inteiramente; e parecia que fosse um grande incêndio (…)
Mas, chegando ao convento e não encontrando nada queimado, entraram dentro e acharam São Francisco com Santa Clara e com toda a sua companhia arrebatados em Deus em contemplação e assentados ao redor desta humilde mesa. … Terminado aquele bendito jantar, Santa Clara, bem acompanhada, voltou a São Damião. Pelo que as irmãs ao vê-la tiveram grande alegria” (I Fioretti 16).
Quando percebeu que a irmã morte já estava bem próxima, o seráfico pai pediu para ser transportado para a Porciúncula:
“Ao ver que estava iminente o último dia (…). Estava, naquela ocasião, hospedado no palácio do bispo de Assis e, por esta razão, rogou aos irmãos que o transportassem apressadamente ao eremitério de Santa Maria da Porciúncula. Pois queria entregar a alma a Deus lá onde, como foi dito, no início conheceu com perfeição o caminho da verdade” (1Celano 108).
O PERDÃO DE ASSIS
A Indulgência da Porciúncula)
Uma das maiores festas do calendário franciscano é, sem dúvida, o dia do “Perdão de Assis” (02 de agosto). Este é o nome dado àquela indulgência que São Francisco pediu ao papa Honório III em favor de todos os fiéis que visitassem piedosamente a pequenina capela de Santa Maria dos Anjos, conhecida também como Porciúncula.
O papa perguntou a São Francisco por quantos anos ele queria aquela indulgência. A resposta foi: “Que vossa santidade não me conceda anos, mas almas… quereria, se assim vos aprouver, que todo aquele que vier a esta igreja, confessado e contrito, seja absolvido de todos os seus pecados, da culpa e da pena, no céu e na terra, desde o dia do batismo até a hora em que entrar nesta igreja”. O papa explicou ao santo que não era costume da cúria romana conceder um privilégio como esse. Mas como São Francisco afirmava que estava ali não por iniciativa própria e sim como um enviado do Senhor, o papa atendeu o pedido do santo (cf. Dicionário Franciscano, Vozes, 1999, pág. 604).
Os primeiros biógrafos de São Francisco, como Tomás de Celano e São Boaventura, não mencionam tal episódio. Os testemunhos a esse respeito são mais tardios como o do Frei Pedro João Olivi que em 1279 afirma a veracidade do privilégio concedido pelo Santo Padre ao Pobrezinho de Assis (cf. Dicionário Franciscano, Vozes, 1999, pág. 604)
O Frei Tomás de Celano nos conta que num certo dia um frade de São Francisco teve uma bela visão referente à Porciúncula:
“Viu que inúmeros homens atingidos na vista por deplorável cegueira, com o rosto voltado para o céu, estavam ajoelhados ao redor desta igreja. Todos eles com voz lacrimosa, com as mãos estendidas ao alto, clamavam a Deus, pedindo misericórdia e a luz. E eis que veio do céu enorme esplendor que se difundia sobre todos e deu luz a cada um e concedeu a saúde desejada” (2Celano 20).
# O privilégio da grande indulgência, durante duzentos anos, era exclusivo da Igreja da Porciúncula.
# O Papa Sixto IV (OFM) estendeu-a em 1480 a todas as igrejas de religiosos franciscanos.
# O Papa Pio X concedeu a indulgência a todas as Igrejas Matrizes do mundo.
# O Papa Paulo VI, sobre esta indulgência, escreveu a carta apostólica “Sacrosancta Portiunculae Eclesia” em 1966.
O que são as Indulgências?
Depois de receber o perdão de Deus no sacramento da Confissão, o fiel se liberta da “pena eterna” do seu pecado que é o afastamento para sempre de Deus (inferno).
Ficam, porém, certas marcas na alma do pecador das quais ele precisa se libertar num processo de penitência e santificação. Deus perdoou a“culpa”, mas o pecado deixou sequelas no pecador. Essas marcas ou sequelas são chamadas de “penas temporais”. A Mãe Igreja, desejando a santificação de seus filhos, sai em socorro deles com suas orações e preces diante de Deus.
Indulgência é a “oração da Igreja pedindo que seus membros sejam libertados das conseqüências danosas que o pecado deixa. (…) As indulgências são uma ajuda que a Igreja nos dá no processo de conversão: pela oração eclesial a graça de Cristo atua para nos libertar dos apegos e dependências que o pecado provoca em nós impedindo-nos a uma total abertura para o Cristo. Esta oração, a Igreja faz não somente pelos vivos, mas também pelos defuntos!”(Dom Henrique Soares).
Como receber a Indulgência da Porciúncula?
1 – Confissão sacramental – por este sacramento o fiel arrependido de seus pecados recebe a graça do perdão;
2 – Comunhão eucarística – o fiel comunga o Corpo do Senhor para se unir mais profundamente a ele;
3 – Oração pelo Papa – com uma oração espontânea ou pelo menos com um Pai nosso e Ave Maria o fiel reza pelo Papa e por suas intenções;
4 – Praticar a obra indulgenciada – visitar piedosamente uma igreja paroquial ou um santuário no dia 02 de agosto e rezar nela o Credo, o Pai nosso e a Ave Maria.
Atenção! Esses gestos devem exprimir uma verdadeira atitude interior de conversão para que a graça possa atuar em nós. Portanto, aproximemo-nos do Senhor com um coração contrito e arrependido para receber aquele dom que São Francisco pediu em favor de todos os pecadores.
http://capuchinhosprsc.org.br/santos-capuchinhos-2/santa-maria-dos-anjos-da-porciuncula-02
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Conheça a belíssima história de São Francisco com a igreja de Nossa Senhora dos Anjos da Porciúncula.
A história da igreja de Nossa Senhora dos Anjos da Porciúncula é um capítulo importante da vida de Giovanni di Pietro di Bernardone, que ficaria mundialmente conhecido como São Francisco de Assis. Este Santo homem, pequeno em estatura, humilde no pensamento e menor por vocação, “escolheu para si e para os seus um pedacinho do mundo, enquanto aqui tinha de viver, pois não poderia servir a Cristo sem ter alguma coisa do mundo. E não foi sem presciência do oráculo divino que o lugar se chamou Porciúncula (pequena porção) desde os tempos antigos, lugar que deveria caber por sorte àqueles que deste mundo não queriam ter quase nada”1. Nele foi construída uma igreja dedicada a Santíssima Virgem Maria, que por sua humildade singular mereceu ser cabeça de todos os santos logo depois de seu Filho. Em Santa Maria dos Anjos teve início a Ordem dos Frades Menores, aí se levantou a nobre estrutura de inumerável multidão de irmãos, como que sobre um fundamento estável. “O santo teve uma preferência especial por esse lugar, quis que os frades o venerassem de maneira toda particular e quis que fosse conservado como espelho de toda a sua Ordem na humildade e na altíssima pobreza, deixando sua propriedade para outros e reservando para si e para os seus apenas o uso”2.
São Francisco recebeu de Cristo a ordem de restaurar a sua Igreja e literalmente restaurou três igrejas. O Pai Seráfico primeiramente restaurou a igreja de São Damião. Como filho autêntico da obediência, pôs-se a trabalhar e a mendigar o material necessário para a reforma. “Por amor de Cristo pobre e crucificado, ele vai pedindo esmola sem qualquer vergonha junto àqueles mesmos que o haviam conhecido como grande senhor”3. Apesar de fraco e extenuado pelos severos jejuns que aplicava a si mesmo, carregava nas costas pesados fardos de pedras. Com a ajuda de Deus e a cooperação do povo, Francisco conseguiu enfim terminar a restauração da igreja de São Damião. Para não ficar de braços cruzados, começou e terminou a reconstrução de outra igreja, dedicada a São Pedro, situada bem distante da cidade de Assis. Mas, o Reconstrutor da Igreja ainda não havia terminado a sua obra-prima.
Na Porciúncula, se observava a disciplina mais rígida, tanto no silêncio e no trabalho, quanto em todas as outras práticas regulares dos frades. “Ninguém podia entrar, a não ser frades especialmente designados que, reunidos de todas as partes, o santo queria que fossem verdadeiramente devotados a Deus e perfeitos em tudo. Para todas as pessoas seculares, a entrada estava absolutamente fechada. Não queria que os frades que lá moravam, limitados a um certo número, poluíssem seus ouvidos com relacionamento dos seculares, para não deixarem a meditação das coisas celestes, arrastados para coisas inferiores pelos espalhadores de boatos. Nesse lugar ninguém podia dizer coisas ociosas, nem narrar as que tinham sido contadas por outros. Quando isso acontecia, aplicava-se ao culpado, para correção, uma pena salutar. Os que ali moravam ocupavam-se, dia e noite, com os louvores divinos, levando uma vida angelical, cujo perfume admirável se espalhava por toda parte”8. O local era muito apropriado para semelhante vivência de fé e de santidade, pois, conforme diziam os antigos moradores, também se chamava Santa Maria dos Anjos. São Francisco dizia que lhe tinha sido revelado por Deus que Nossa Senhora tinha uma particular predileção por aquele lugar entre todas as outras igrejas construídas no mundo em sua honra. Por isso, o Santo gostava mais dela que de outras igrejas.
O Pobre de Assis, no final de sua vida terrena, dois anos depois de receber os estigmas sagrados, vinte anos após sua conversão, “trabalhado sob os golpes redobrados das angústias e enfermidades, como pedra destinada a entrar na construção da Jerusalém celeste, batido pelo martelo de múltiplas tribulações, devia ser elevado ao cume da perfeição”9. Percebendo que se aproximava o fim de sua vida aqui na Terra, Francisco pediu que o conduzissem a Santa Maria dos Anjos da Porciúncula, a fim de exalar o seu último suspiro, naquele lugar onde anos antes recebera tão abundantemente os dons do Espirito. São Francisco de Assis tinha um amor indizível pela Mãe de Cristo, porque fez nosso Irmão o Senhor da majestade. O Pobre de Assis consagrava a Virgem dos Anjos louvores especiais, orações, afetos, tantos e tais que nenhuma língua humana poderia contar. Para grande alegria dos franciscanos, o Servo dos Leprosos constituiu Nossa Senhora como Advogada da sua Ordem e, à sua proteção e guia, confiou até o fim os filhos que ia deixar à Advogada dos pobres. São Francisco de Assis, rogai por nós!
Ó Nossa Senhora dos Anjos, na pequena Igreja da Porciúncula, São Francisco recebeu as vossas bênçãos generosas juntamente com sua Ordem. Ele depositara na vossa presença materna uma grande confiança e devoção, sendo atendido em seus pedidos. Continuai a dispensar os vossos favores sobre nós e sobre nossas necessidades particulares. Nós vos suplicamos, dai-nos a graça da penitência dos pecados, a correção de nossas más inclinações e fortalecimento nos momentos de fraqueza. Quantos recusam a salvação e preferem caminhar nas trevas do erro! Tudo é possível para aquele que crer, para aquele que se arrepender! Vós, ó Mãe, manifestastes a São Francisco o grande desejo de reconciliar os pecadores com Jesus, que se entregou em uma cruz para nos salvar. Rogai por nós, agora e na hora de nossa morte. Por isso, com todos os anjos do céu, vos saudamos: Ave Maria… Nossa Senhora dos Anjos, rogai por nós!
Referências:
1 CELANO, TOMÁS DE. Primeira vida de São Francisco, Cel I, 18.
2 Idem, ibidem
3 SÃO BOAVENTURA. Legenda Maior: Vida de São Francisco de Assis, LegM 2, 7.
4 Idem, LegM 2, 8.
5 Idem, ibidem.
6 Idem, ibidem.
7 FRANCISCANOS. O louco de Assis.
8 CELANO, TOMÁS DE. Primeira vida de São Francisco, Cel I,19.
9 SÃO BOAVENTURA. Legenda Maior: Vida de São Francisco de Assis, LegM 14, 3.
Natalino Ueda é brasileiro, católico, formado em Filosofia e Teologia. Na consagração a Virgem Maria, segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort, explicado no seu livro “Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem”, descobriu o caminho fácil, rápido, perfeito e seguro para chegar a Jesus Cristo. Desde então, ensina e escreve sobre esta devoção, o caminho “a Jesus por Maria”, que é hoje o seu maior apostolado.
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02 de agosto - Dia de Nossa Senhora dos Anjos
ORAÇÃO A MARIA, AUGUSTA RAINHA DOS ANJOS
Augusta Rainha dos Céus e Senhora dos Anjos,
que recebestes de Deus o PODER e a Missão
de “esmagar” a cabeça de satanás, nós VOS pedimos humildemente,
que envieis as Legiões Celestes, para que, às VOSSAS Ordens,
Elas persigam os demônios, combatam-nos por toda a parte,
reprimam a sua audácia, e os precipitem no ‘abismo’.
Quem como DEUS?
Santos Anjos e Arcanjos, protegei-nos, defendei-nos!
Ó BOA e Terna Mãe,
VÓS sereis sempre o nosso AMOR e a nossa ESPERANÇA!
Ó DIVINA Mãe, enviai os Santos Anjos para nos defender,
E repelir para longe de nós o cruel inimigo! Assim seja.
*H i s t ó r i c o
Em 1863, uma alma acostumada aos favores da Santíssima Virgem foi subitamente iluminada por um ‘raio de claridade’, e pareceu-lhe ver os demônios espalhados pelo mundo, a devastar tudo.
Ao mesmo tempo, em Celeste enlevo, ouvia a Santíssima Virgem dizer-lhe que em Verdade, os demônios andavam à solta por toda a terra, e que era chegada a hora de recorrer a SUA Valiosa Proteção, como Rainha dos Anjos, rogando-LHE QUE ENVIASSE AS Santas Legiões Angélicas, para combaterem e desbaratarem as potências infernais.
“-Minha Mãe, sendo VÓS tão Bondosa, não podereis mandar sem que VO-lo peçam?
“-Não, respondeu a Santíssima Virgem, a oração é uma CONDIÇÃO imposta pelo mesmo Deus, para se alcançar a Graça...”
“-Pois bem, Minha Mãe, tornou a alma, nesse caso, dignar-VOS-íeis ensinar-me como se deve orar? Foi então que lhe pareceu ouvir da Santíssima Virgem a oração “Augusta Rainha”.
O Padre Cestac foi o depositário desta oração. A oração foi aprovada por vários Bispos e Arcebispos. Em 08 de junho de 1908, o Papa Pio X concedeu 300 dias de indulgência a todas as pessoas que a recitarem.
(Obs. Marcos): (Nossa Senhora Rainha e Mensageira da Paz de Jacareí, recomendou vivamente, em diversas ocasiões de perigo, que rezássemos esta Oração, intercalando-a entre os Mistérios do Santo Rosário, muito especialmente na prática das Mil Ave-Marias, atestando a sua autenticidade quanto à origem, e o seu invencível PODER CONTRA AS FORÇAS DO MAL).
Nossa Senhora dos Anjos é patrona da Ordem dos Franciscanos. É no interior da basílica a ela dedicada que está a capela de Porciúncula, local especialmente caro a São Francisco de Assis e onde o santo veio a falecer. Seu biógrafo conta que Deus havia revelado a Francisco que Nossa Senhora tinha uma predileção especial pela capela já que Porciúncula em italiano significa “pedacinho”.
Não se sabe ao certo a origem da capela, mas conta-se que foi construída por um grupo de peregrinos que voltava da Terra Santa e que nela era venerado uma relíquia atribuída ao túmulo de Nossa Senhora. Ao reunirem-se os fiéis para lá rezar, era possível ouvir o coro dos anjos, e foi daí que se originou a denominação Nossa Senhora dos Anjos, que anos mais tarde veio a dar nome à basílica local.
A data de 02 de agosto para celebrar Nossa Senhora dos Anjos foi determinada por ter sido o dia em que São Francisco ali recebeu a indulgência do Dia do Perdão, que ano mais tarde veio a ser celebrado pela Igreja toda por decreto do Papa Pio XII.
Oração à Senhora dos Anjos
“Augusta Rainha dos céus e Senhora dos Anjos,
Que recebeste de Deus o poder e a missão
De esmagar a cabeça do mal,
Nós vos pedimos humildemente:
Que envieis as legiões celestes para que as
Vossas ordens persigam todo o mal;
Combatam-os por toda a parte, reprimam
A sua audácia e os precipitem no abismo.
Quem é com Deus?
Santos anjos e arcanjos,
Protegei-nos, e defendei-nos!
Ó boa e terna Mãe, vós sereis sempre
O nosso amor e a nossa esperança!
Ó divina mãe, enviai os santos anjos,
Para nos defender e repelir para longe de nós
O cruel inimigo!
Assim seja!”.
Nossa Senhora dos Anjos da Porciúncula
Solenidade de Santa Maria dos Anjos da Porciúncula - 02 de AGOSTO
Dedicação da Basílica patriarcal.
Indulgência plenária do Perdão de Assis.
O Seráfico Pai São Francisco por seu singular amor à Bem-aventurada Virgem Maria, teve sempre um particular cuidado desta capelinha dedicada à Nossa Senhora dos Anjos, também chamada Porciúncula.Igreja da Porciúncula, em Assis, Itália
Aqui fundou a Ordem dos Irmãos Menores e fixou uma morada estável para seus irmãos; aqui deu início, com Santa Clara, à Segunda Ordem das Clarissas. Aqui recebeu os irmãos e irmãs da penitência da Terceira Ordem, que chegavam de todas as partes. Aqui concluiu o curso de sua admirável vida, que melhor haveria de cantar na glória do céu. Para esta capela o Santo fundador obteve do Papa Honório III a célebre indulgência também chamada Perdão de Assis, que os Sumos Pontífices confirmaram sucessivamente e estenderam a outras numerosas igrejas. Por estas gloriosas recordações, a Ordem Seráfíca celebra com alegria a festa de Nossa Senhora dos Anjos.
A narração do grande acontecimento do Perdão de Assis nos afirma que numa noite de julho de 1216, o Pobrezinho estava na Porciúncula, absorto em oração pelos pecadores, quando, de repente, uma grande luz iluminou a pobre igrejinha e sobre o altar apareceram Jesus e Maria entre um coro de Anjos. Jesus assim lhe falou: - "Francisco, você tem pedido tanto pelos pecadores e eu venho a ti. E agora, pela sua salvação pode pedir-me a graça que mais deseja".
São Francisco respondeu entre lágrimas: - "Oh! Senhor, eu não sou mais do que um pobre pecador, porém, antes de tudo, lhe peço, que a todos os que, arrependidos e confessados, vierem visitar esta igrejinha, seja-lhes concedido o perdão total de suas culpas".
A Virgem falou a seu Filho, e Ele assim respondeu: - "Irmão Francisco, realmente é grande a graça que me pede, porém, você é digno de maiores graças ainda e as obterá; portanto, acolho sua oração, com a condição de que vá ao meu Vigário na terra e lhe peça de minha parte esta indulgência."
O Pontífice, com muito gosto, cedeu aos desejos de Jesus, e por três vezes confirmou a concessão. Francisco comunicou a grande Indulgência do Perdão a uma imensa multidão que se reuniu em Santa Maria dos Anjos, começando com aquelas palavras memoráveis: - "Quero enviar todos ao Paraíso!" Com freqüência São Francisco dizia a seus Irmãos: "Cuidem deste lugar, não o abandonem, se os lançarem por uma porta, entrem pela outra. Este lugar é verdadeiramente santo, habitado por Deus. Aqui o Senhor multiplicou nosso pequeno número e aqui iluminou os corações de seus pobres com a luz de sua divina sabedoria."
Esta indulgência foi estendida a todas as igrejas franciscanas espalhadas pelo mundo.
COMO GANHAR A INDULGÊNCIA?
Indulgência da Porciúncula - Perdão de Assis (02 de Agosto)São Francisco de Assis, em 1216 teve uma visão: O próprio Jesus lhe apareceu, acompanhado de sua Santa Mãe e lhe pedia: Francisco, vai até o meu representante, o Papa e peça a ele esta graça: que todos os que visitarem a capela da Porciúncula ( capela dedicada a Nossa Senhora dos Anjos), estando em dia com os sacramentos da Confissão e Eucaristia, e professando a Fé dos Apóstolos, possam receber o perdão completo de todas as penas dos pecados até então cometidos. O papa achou inusitado o pedido de Francisco, mas conhecendo a sua santidade, concedeu este favor, que depois foi estendido a toda as igrejas franciscanas e agora para todas as matrizes paroquiais.
Esta indulgência é concedida a todos os fiéis que comparecem nessas igrejas, recebendo o perdão da Confissão e a Eucaristia, rezando a Profissão de Fé e as orações do Pai Nosso - Ave Maria e Glória, nas intenções do Santo Padre.
A Indulgência da Porciúncula somente era concedida a quem visitasse a Igreja de Santa Maria dos Anjos, entre à tarde do dia 1 agosto e o pôr-do-sol do dia 2 agosto. Em 9 de julho de 1910, o Papa Pio X concedeu autorização aos bispos de todo o mundo, só naquele ano de 1910, para que designassem qualquer Igreja Pública de suas Dioceses, a fim de que também nelas, as pessoas recebessem a Indulgência da Porciúncula. (Acta Apostolicae Sedis, II, 1910, 443 sq.; Acta Ord. Frat. Min., XXIX, 1910, 226). Por último, este privilégio foi renovado por um tempo indefinido por decreto da Sagrada Congregação de Indulgências, em 26 março de 1911 (Acta Apostolicae Sedis, III, 1911, 233-4). Significa dizer, que atualmente, qualquer Igreja Católica de qualquer país, tem o benefício da Indulgência que São Francisco conseguiu de Jesus para toda humanidade. Assim ganharão a Indulgência, todas as pessoas que estando em:
1) "estado de graça" (sem terem cometido pecado mortal),
2) visitarem uma Igreja nos dias mencionados,
3) rezarem um Credo, um Pai-Nosso e um Glória, suplicando ao Criador o benefício da indulgência, e rezando também, um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória, pelas intenções do Santo Padre o Papa Bento XVI.
4) Poderão utilizar a Indulgência em seu próprio benefício, ou em favor de pessoas falecidas ou daquelas que necessitam de serem ajudadas na conversão do coração.
5) Por outro lado, a Indulgência é "toties quoties", quer dizer, pode ser recebida tantas vezes quanto à pessoa desejar (i.e., em cada ano, fazendo visitas a diversas Igrejas das 12 horas do dia 1º de Agosto até o entardecer do dia 2 de Agosto ).
Sem dúvida, foi um precioso presente que São Francisco intercedeu junto ao Senhor, em favor de todos os corações de boa vontade que amam a Deus e almejam, com o benefício da indulgência, poderem cumprir dignamente a sua missão existencial em direção ao Criador.
Nossa Senhora dos Anjos
http://chamadeamordemaria.blogspot.com.br/2012/07/02-de-agosto-dia-de-nossa-senhora-dos.html
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DOS ANJOS
Ó Nossa Senhora dos Anjos, na pequena Igreja da Porciúncula, São Francisco recebeu as vossas bênçãos generosas juntamente com sua Ordem. Ele depositara na vossa presença materna uma grande confiança e devoção, sendo atendido em seus pedidos. Continuai a dispensar os vossos favores sobre nós e sobre nossas necessidades particulares.
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NOSSA SENHORA DOS ANJOS
Mère Poux professava uma grande devoção a Nossa Senhora dos Anjos, tendo-a, haurido, desde a infância, no Mosteiro das Clarissas em Poligny. Mère Poux contava as suas alunas como São Francisco havia obtido do céu a graça do perdão concedida aos pecadores. Pedia-lhes que comungassem no dia da Festa de Nossa Senhora dos Anjos. No dia 28 de abril de 1854, Pio IX concedeu, à Perpetuidade, a indulgência da Porciúncula à capela de Mâcon.
HISTÓRICO DE NOSSA SENHORA DOS ANJOS
A primeira ermida foi construída no fim do ano de 352, por quatro piedosos eremitas, vindos de Jerusalém. Tendo eles posto, nessa ermida, à veneração dos fiéis, uma relíquia do sepulcro da Santíssima Virgem, dedicaram-na a Maria, assunta ao céu, pelos Anjos, e daí se derivou o título - Santa Maria dos Anjos, ou, como nós dizemos, Nossa Senhora dos Anjos.
Até aqui, a notícia já nos dá a razão do título Nossa Senhora dos Anjos, porém diremos ainda por que motivo essa ermida se tornou célebre em todo o mundo.
São Francisco, que deu tanto lustro a Assis, freqüentou, quando criança, essa pequena igreja, e, vendo-a mais tarde novamente abandonada e decadente, pediu ao abade D. Tebaldo que lhe cedesse, no ano de 1208. Tendo sido satisfeito o seu pedido, restaurou-a com as próprias mãos, construindo depois, em sua vizinhança, uma cela, que preferiu a qualquer lugar, para estabelecer nela a sua morada. Depois de ter habitado nela, sozinho, durante dois anos, ouvindo, um dia, ao Evangelho da santa missa celebrada nessa capela, a recomendação de Cristo a seus discípulos – “que não levassem em suas viagens, nem dinheiro, nem alforge, nem bastão” - tomou essas palavras como norma de sua vida e como a primeira regra da Ordem dos Menores, que institui, para promover com mais eficácia a glória de Deus e a santificação das almas.
É célebre, portanto, a igrejinha da Porciúncula, por ter sido o berço da Ordem Franciscana; mas a causa principal do nome da aludida capela é a singular mercê que São Francisco alcançou - a indulgência da Porciúncula. A história da concessão dessa indulgência é a seguinte: estando São Francisco, uma noite em oração, abrasado no zelo da salvação das almas, conheceu, por uma luz superior, que Jesus e Maria estavam na Capela. Corre então para lá e, apenas entra, dá com os olhos em Jesus e Maria, no meio de uma grande multidão de anjos. A Mãe de Deus dirige-se logo a ele, animando-o a pedir alguma graça.
Admirou-se sobremaneira o Pontífice, ouvindo a narração da maravilhosa visão que tivera São Francisco; todavia, iluminado por Deus, prestou-lhe fé, e não obstante ser o pedido desacostumado e amplíssimo, concedeu a pedida indulgência, escolhendo o Pontífice o dia 2 de agosto para se fazer jus a tão singular privilégio. A bula da concessão foi expedida em 1223. Esta graça tem sido confirmada e ampliada por muitos sumos Pontífices a outros santuários da família franciscana.
http://www.igreja-catolica.com/nossa-senhora/nossa-senhora-dos-anjos.php
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Nossa Senhora dos Anjos, Padroeira e Rainha da Costa Rica
O maravilhoso desígnio da Mãe de Deus ficou patente: a pequena imagem sempre retornava milagrosamente àquela rocha.
Melissa Fonseca
Era uma bela manhã, 2 de agosto de 1635. Joana Pereira, moça pobre da cidade colonial de Cartago, saiu à busca de lenha, como de costume. Ao chegar ao Povoado dos Pardos, sobre uma enorme rocha da qual brotava um manancial, encontrou uma bonita bonequinha de cor escura com um menino nos braços. Muito admirada, levou-a para casa, guardando-a numa arca de madeira.
Na manhã seguinte, indo de novo procurar lenha, surpresa encontrou no mesmo lugar uma bonequinha exatamente igual à do dia anterior. Levou também esta, muito alegre, pensando ter não apenas uma, mas duas. Mas qual não foi seu espanto ao abrir a arca e perceber que a outra tinha desaparecido. Em todo caso, guardou a "segunda".
No terceiro dia, passando pelo mesmo local, viu sobre a rocha uma bonequinha, igual às anteriores. Desta vez, era coincidência demais, e ela começou a achar estranho o fenômeno, mas decidiu levá-la para verificar o que estava sucedendo. De volta à casa, constatou que a "segunda" também havia desaparecido!
Ali queria ser cultuada a Mãe de Deus
Tão grande foi seu espanto que saiu correndo para a igreja, a fim de relatar ao pároco o acontecido. Ao ver a pequena estátua, sentiu o Pe. Alonso de Sandoval grande desejo de conhecer a origem dessa "bonequinha" tão extraordinária.
Guardou-a numa caixa com a intenção de examiná-la com cuidado mais tarde. Quando, porém, abriu a caixa no dia seguinte, ela não estava lá! Joana, encontrando-a pela quarta vez na rocha, levou-a até a casa do Pe. Sandoval.
À vista desse prodígio, o Pe. Sandoval reuniu os fiéis e conduziu a pequena imagem em procissão até a igreja, onde ela foi trancada no sacrário para ficar em lugar seguro. Na manhã seguinte, constatando que ela desaparecera dali, foram todos correndo para o Povoado dos Pardos e ali encontraram, sobre a mesma rocha, a prodigiosa estatueta.
Compreenderam, então, tratar-se de acontecimento sobrenatural, e que a pequena estátua era de fato uma imagem da Mãe de Deus, a qual queria naquele lugar ser honrada e venerada pelo povo costa-riquense.
Luta contra os terremotos
Os fiéis começaram a invocá-la sob o título de Virgem Morena, devido à sua aparência. Pouco depois chamaram- na de Virgem dos Pardos, por causa do povoado onde foi achada, e posteriormente Rainha de Cartago, por ser este o nome da cidade onde se deu o descobrimento. Por último, deramlhe o nome de Nossa Senhora dos Anjos, por ter sido encontrada no dia 2 de agosto, data em que a Ordem Franciscana cultua sua Padroeira como Santa Maria dos Anjos.
A expressiva imagem mede aproximadamente 20 centímetros de altura, apresenta traços de mestiça, rosto arredondado, olhos oblongos, boca e nariz pequenos, e é feita de materiais diversos, como jade, rocha vulcânica e grafite. A Santíssima Virgem cobre com seu manto e segura com grande ternura e respeito o Menino Jesus que descansa em seu peito, indicando com a mão direita o seu Imaculado Coração.
Em 1639 se construiu a primeira igreja em louvor à "Virgem Morena". Com o aumento da devoção popular, resolveram os fiéis, em 1674, edificar um templo digno d'Ela. Sendo este, porém, totalmente destruído por forte terremoto em 1822, dois anos depois iniciou-se a edificação de um terceiro, o qual foi também destroçado em 1910 por outro tremor de terra. Finalmente, em 1912 teve início a construção do atual Santuário Nacional, com estruturas à prova de abalos sísmicos. No dia 26 de julho de 1935, o Papa Pio XI lhe outorgou o título de Basílica Menor.
"Todas as gerações Me proclamarão bem-aventurada"
Desde o descobrimento da "Negrita" (título dado carinhosamente à imagem pelos fiéis), o povo costa-riquense manifesta seu amor e devoção a Nossa Senhora dos Anjos por meio de belas tradições.
Uma delas é a cerimônia da Vestição e Bênção, que se realiza no dia 1º de agosto, véspera da Festa Nacional. Nesta celebração, o Reitor do Santuário põe sobre a imagem o rico vestido que ela portará durante um ano. Em seguida, dá com ela a bênção à multidão de devotos.
Outra tradição muito pitoresca e piedosa é a Romaria, uma grande caminhada de pessoas de todo o país, e de outras partes da América Central, desde suas casas até a Basílica, com a finalidade de pedir ou agradecer algum favor a Nossa Senhora.
No dia da grande festa, 2 de agosto, a imagem é conduzida para um altar construído na praça da Basílica, onde se celebra solene Eucaristia. Logo após, realiza-se a grandiosa procissão anual, acompanhada pelas autoridades eclesiásticas e civis, e milhares de fiéis e peregrinos vindos de todas as partes.
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Manifestando-se nos mais diversos países com fatos maravilhosos semelhantes a este da Costa Rica, a Virgem Maria não deixa a menor dúvida de que Deus quer que Ela reine em todos os corações no mundo inteiro. "Todas as gerações Me proclamarão bem-aventurada" (Lc 1, 48), afirma o formoso hino do Magnificat.
(Revista Arautos do Evangelho, Agosto/2005, n. 44, p. 24-25)
fonte:http://www.arautos.org/artigo/8494/Nossa-Senhora-dos-Anjos--Padroeira-e-Rainha-da-Costa-Rica.html
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