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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

N Senhora Divina Providência


Nossa Senhora da Divina Providência

História
O quadro de Nossa Senhora Mãe da Divina Providência, venerado numa capela da Igreja de São Carlos ai Catinari, em Roma, é uma tela a óleo de Scipione Pulzone, pintor renascentista da Escola de Rafael e que viveu no século XVI, entre 1550 e 1598. Representa a Virgem Maria, trazendo em seus braços um menino, que seria Jesus. Mas, observe que, diferente de Maria, o menino que ela segura nos braços não possui a auréola na cabeça, símbolo de santidade. Será que o artista quis, intencionalmente, dizer que ali está a humanidade, pela qual Maria intercede junto à Divina Providência? Pulzone era essencialmente religioso e sua alma de artista e de homem santo conseguiu retratar em sua obra um momento de êxtase da ternura maternal. Ao pintar o quadro, destinado a uma família romana, jamais imaginou que se tornaria objeto de tamanha devoção dos cristãos.

Então, é Maria que intercede à Divina Providência pelas nossas necessidades e nos leva em seus braços.



NOSSA SENHORA MÃE DA DIVINA PROVIDÊNCIA - PROVIDENCIAI!

A devoção a Nossa Senhora, com o título de Mãe da Divina Providência começou, verdadeiramente, lá pelo início do século XVII. Conta a História que nessa época havia duas casas em Roma, pertencentes aos padres Barnabitas. Uma, na Praça Colonna, dedicada a São Paulo, e a outra, na Praça Catinara. Atendendo a uma ordem do Papa Alexandre VII, que desejava ampliar a Praça Colonna, a igreja de São Paulo deveria ser demolida. Preocupados com um belo afresco de Maria, existente na igreja, os padres pediram ao arquiteto responsável pela demolição que preservasse o afresco, transportando-o com cuidado para a nova residência. Muito comuns na Itália, os afrescos são grandes quadros murais, pintados sobre gesso, ou argamassa. Grandes Mestres da arte medieval, renascentista e barroca utilizaram essa técnica, como Michelângelo e Rafael, por exemplo. Apesar do cuidado, o afresco foi destruído ao ser transportado para seu lugar definitivo. O arquiteto, tentando compensar a tristeza dos padres pela perda do imenso quadro, doou uma obra do pintor Scipione Pulzone, que pertencia a seu acervo. Tratava-se de um quadro de Maria, segurando nos braços um menino. Mal sabia ele o imenso tesouro espiritual que trazia aquele pequeno quadro, medindo apenas 54 x 42 cm. Inicialmente, o quadro fora colocado na capela interna dos padres, na nova casa. Aquela imagem de Maria ainda não tinha um nome.


Os padres Barnabitas empreenderam, então, a grandiosa obra da construção de uma igreja em honra a São Carlos Borromeu, Arcebispo de Milão, canonizado em 1610. São Carlos havia sido grande amigo e incentivador da Ordem dos Barnabitas. Após 15 anos de obras, os recursos começaram a faltar e ainda havia muita coisa a fazer. O superior da comunidade, Padre Brás Palma, decidiu, então, fazer uma peregrinação a pé até o Santuário de Nossa Senhora do Loreto (onde existe a pequena casa em que viveu a Sagrada Família, após sua volta do Egito). Ele tinha a certeza de que sua oração seria atendida e conseguiria recursos para terminar a obra.

Retornando a Roma, procurou o Cardeal João Batista Lenie, solicitando ajuda para a construção da imensa igreja, mas o Cardeal informou que seus recursos já estavam comprometidos com outras obras. Padre Palma não desanimou e redobrou suas orações, insistindo junto a Maria Santíssima, na convicção de que ela deveria ser sua Providência. No ano seguinte, 1627, faleceu o Cardeal Lenie e seus funerais foram realizados na igreja inacabada, dedicada a São Carlos, no dia 4 de novembro, dia de sua festa. Mas, ao ser aberto o testamento do cardeal, qual não foi a surpresa dos Barnabitas: o Cardeal deixara boa parte de seus bens para o acabamento das obras da igreja de São Carlos Borromeu!

A história continuou, já no século XVIII. Em 1732, Padre Pietro Maffetti, pároco de São Carlos, teve a idéia de colocar uma réplica do quadro de Nossa Senhora num local onde pudesse ser vista e venerada pelos fiéis. Ele encarregou outro artista, o Irmão Barnabita Pietro Valentini, de fazer uma reprodução do original. No dia 12 de julho de 1732, o quadro foi colocado num pequeno corredor, que servia de passagem aos religiosos ao se dirigirem do convento à igreja. Sob o quadro, Pe. Maffetti mandou escrever o título: "Mater Divinae Providentiae", Mãe da Divina Providência. A partir daí, a imagem de Maria passou a ter um título, cuja origem é explicada pelas Irmãs Angélicas de São Paulo, num livreto da Congregação:


“No ano de 1633, morreu, com fama de santidade, no Mosteiro de São Paulo, em Milão (Itália), Angélica Joana Visconti Borromeu, prima de São Carlos Borromeu, que foi Priora do Mosteiro; tinha grande amor à Mãe de Deus e plena confiança em sua proteção. Na mesma época, a Angélica Luísa Mariana Gonzaga escreveu a vida da Madre. Conta que as Angélicas realizavam "uma solene procissão, para homenagear e glorificar a Doce Soberana, Mãe da Divina Providência, sem a qual não se pode obter socorro ou graças celestiais, tudo passando por suas mãos..." (Vida Venerável da Madre Angélica Joana Visconti Borromeu, 1635). Essa procissão era feita no 6º Domingo de Pentecostes, cuja oração era: Ó Deus, cuja Providência... (ver 9º Domingo do tempo comum).


Havia uma imagem que representava Maria, com o Menino Jesus, e era venerada como Mater Divinae Providentiae. Encontrava-se no corredor do claustro, entre a cela da Priora e a dispensa. Não ficava distante do confessionário e do coro, onde as Monjas ouviam as pregações. A Ela eram atribuídas muitas graças alcançadas. Historicamente, desde 1613, os padres Barnabitas tinham decidido colocar na torre dos sinos da igreja de São Paulo, em Bolonha, uma estátua da Virgem, com o título de “Virgem Bem-Aventurada da Divina Providência”.

Voltando à história da casa dos Padres Barnabitas, em pouco tempo, o corredor onde estava exposta a cópia do quadro ficou pequeno, devido ao grande número de fiéis que acorriam para venerar a Bem-Aventurada Virgem. O Superior Geral dos Barnabitas na época, Pe. Mário Maccabei, mandou transformar o local em uma capela, inaugurada em 28 de junho de 1742. O grupo de fiéis foi aumentando e se transformou em Confraria, aprovada pelo papa Bento XIV, em 25 de setembro de 1744. O Papa Gregório XVI a elevou à categoria de Arquiconfraria, no dia 16 de julho de 1839. Muitos papas, reis e príncipes se inscreveram na Arquiconfraria, mas quem mais se distinguiu pelo zelo e devoção foi o papa Pio IX, que freqüentava a Igreja de São Carlos. Em novembro de 1888, por um decreto do Cabido Vaticano, a imagem foi solenemente coroada, incentivando, assim, sua veneração sob o título Mãe da Divina Providência. A atual Capela de Nossa Senhora Mãe da Divina Providência, na Igreja de São Carlos ai Catinari, foi inaugurada em 1848.

De acordo com o Calendário Eclesiástico de 1914, sua festa passou a ser definitivamente celebrada no sábado, antes do terceiro domingo do mês de novembro, como é feita até hoje nas igrejas e capelas que a veneram como Padroeira.

(Texto baseado na Formação apresentada pelo Padre Barnabita João Parreira, exibida no Programa “Momento do Amigo”, da Rádio Catedral, em novembro de 2007)

http://alexandriacatolica.blogspot.com.br/2011/09/nossa-senhora-da-divina-providencia.html

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Divina Providência

O que é a Divina Providência?
A Divina Providência consiste nas disposições pelas quais Deus conduz, com sabedoria e amor; todas as criaturas, para o seu último fim.

Cristo convida-nos a abandonarmo-nos filialmente à Providência do Pai do Céu (Cf. Mt 6, 26-34); o apóstolo São Pedro retoma o seu pensamento ao dizer: “Lançai sobre Deus toda a vossa inquietação porque Ele vela por vós” (1 Pd 5, 7).

A Providência Divina também age pela ação das criaturas. Aos seres humanos, Deus permite-lhes cooperar livremente com os seus desígnios.


A permissão Divina do mal físico e do mal moral é um mistério, que Deus esclarece por seu Filho Jesus Cristo, morto e ressuscitado para vencer o mal. A fé dá-nos a certeza de que Deus não permitiria o mal, se do próprio mal não fizesse sair o bem, por caminhos que só na vida eterna conheceremos plenamente.

fonte: Catecismo da Igreja Católica


Nossa Senhora, Mãe da Divina Providência

Por que Nossa Senhora é chamada a Mãe da Divina Providência?
Podemos nos perguntar por que Nossa Senhora é chamada a Mãe da Divina Providência. Ela o é, não por ter gerado a Providência Divina, e sim porque, segundo os desígnios do Altíssimo, está destinada a aplicar maternalmente os decretos d’Ele. Donde o governo de Deus sobre nós se fazer com uma plenitude de carinho, de comiseração, de afeto, que esgota de modo completo tudo quanto o homem possa imaginar.

Em meio ao nosso peregrinar por esta terra de exílio, a razão de nossa confiança é a tutela da Providência Divina, exercida por meio de Nossa Senhora.

É através de Maria que Deus provê a cada um de nós em nossas necessidades espirituais e temporais, a fim de realizarmos aquilo para o que fomos criados, ou seja, cumprirmos nossa vocação e chegarmos à pátria celeste.

O fato de termos uma Mãe que dirige nossa vida espiritual, nosso apostolado, nossas ações diárias é, pois, o motivo superior pelo qual confiamos.

Amor de Nossa Senhora pelas almas
O amor de Nossa Senhora pelas almas faz com que a Divina Providência lhes conceda, através das mãos d’Ela, abundantes graças, mesmo nas mais difíceis situações. Pois Maria é Mãe de Deus e usa dessa altíssima condição para favorecer a cada um de nós.


São Caetano de Tienne terá sido de certo modo quem levou mais longe a confiança na Providência Divina. Com efeito, proibiu aos religiosos da ordem fundada por ele, que pedissem esmola: quando os teatinos precisavam de alguma coisa, deveriam ficar na rua, em atitude de oração a Nossa Senhora, certos de que Ela os atenderia. Quer dizer, colocavam-se inteiramente nas mãos da Divina Providência por intermédio de Maria Santíssima.


Sublime misericórdia do amor materno
Nossa Senhora é Mãe. Vejamos o alcance concreto que este titulo Lhe dá na questão da confiança.

Já o característico da mãe é demonstrar uma forma de carinho tal pelo filho que, mesmo nas ocasiões em que se impõe a ela admoestar o seu rebento, ela o faz mais suave e lentamente. Pelo contrário, é mais rápida em perdoar, em condescender, em esquecer, porque representa quase que só a misericórdia.Aquilo que sempre tornou sublime os laços entre a mãe autêntica e seu filho reside no fato de que ela, por sua natureza retamente desenvolvida, é levada a ter uma forma de dedicação à sua prole que nem o pai possui. Este, mesmo que seja ótimo, conserva em relação ao filho uma espécie de austeridade, pois representa de modo mais vigoroso certos princípios como a justiça, a ordem, a força, etc., mais próprio do elemento punitivo do casal.

Na mãe, o traço de justiça se acha um tanto diluído, segundo a ordem natural das coisas, enquanto que o da indulgência é levado o mais longe possível.

O genuíno amor materno ama o filho porque é filho, ainda que este seja ruim; sobrepuja tudo e se vincula por misericórdia ao fruto de suas entranhas. Razão pela qual, todos têm em relação ao amor materno certas condescendências excepcionais, sabendo que ele pode atingir o mais alto grau de sublimidade.

Inimaginável ternura que regenera e santifica

Nossa Senhora do Parto

Isto que diz respeito às mães terrenas, com maior propriedade se aplica a Nossa Senhora. Sua ternura para conosco é levada ao inimaginável. Segundo São Luís Grignion de Montfort, Maria Santíssima ama a cada um de nós mais do que todas as mães existentes no mundo amariam, juntas, um filho único. Isso diz respeito tanto a nós quanto a qualquer ímpio.


Nossa Senhora é Mãe da graça, e o amor d’Ela a um indivíduo ruim não consiste em fechar os olhos para sua maldade, mas em obter-lhe de Deus favores seletíssimos para que ele possa se arrepender e se emendar. Quer dizer, o amor materno de Maria tem força regeneradora para elevar e santificar uma alma; Ela é a Medianeira das graças necessárias para a justificação daquele a quem Ela ama. Por causa disso, sua misericórdia nunca é susceptível de uma condescendência errada, embora sua contemporização vá mais longe do que a de qualquer mãe terrena.
Confiar em Maria, sem desanimar jamais

Confiemos, confiemos e confiemos a todo instante em Nossa Senhora, lembrando-nos sempre de sua extrema meiguice para conosco, de sua compaixão para com as misérias de cada um de nós. Tenhamos presente que, na Salve Rainha, Nossa Senhora é chamada “Mãe de misericórdia”, e que a oração do Lembrai-vos acentua a bondade d’Ela para com o pecador arrependido.

Sem nos compenetrarmos da misericórdia de Maria Santíssima, nada de bom faremos. Cultivando-a, nossa alma se cumula de confiança, de alegria e de ânimo. Tendo a Mãe da Divina Providência como nossa própria Mãe, nada nos deve abater. Ela tudo resolverá se, confiantes, implorarmos seu maternal socorro.
Fonte: Mons. João Scognamiglio Clá Dias, EP

fonte:http://divinaprovidencia.blog.arautos.org/divina-providencia/

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