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segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Nossa Senhora do Ó ou N S da Expectação


Nossa Senhora do Ó:

invocação surpreendente... mas encantadora

Curiosa devoção mariana com profundas raízes no Brasil
· Valdis Grinsteins

Certos nomes ou invocações de Nossa Senhora, pelo fato de os termos ouvido sempre, desde a infância, não nos chamam a atenção. Mas, para quem nunca os ouviu, parecem um tanto estranhos.

Fato muitas vezes embaraçoso para quem reside ao lado de uma imagem que sempre invocou e nem sabe qual a origem do nome. Foi o que aconteceu a um amigo com a invocação de Nossa Senhora do Ó. Tantas vezes a ouviu, e quando lhe perguntaram o significado dela, que perplexidade!

Ó Menino Jesus!


Após o pecado original, Deus prometeu a Adão que viria um Redentor. A humanidade ficou séculos esperando o nascimento dAquele que nos abriria as portas do Céu. Especialmente no povo eleito, havia os que aguardavam o nascimento desse Salvador, o Messias. E sobretudo esperava-O ardentemente uma donzela pertencente ao povo judeu: Maria Santíssima.


Para celebrar essa expectativa de Nossa Senhora, o anseio e a alegria com que Ela aguardava o nascimento de seu divino Filho, determinou a Igreja que a última semana antes do Natal fosse denominada “da expectação” ou “da esperança”. E que esses desejos estivessem refletidos nas antífonas do Ofício ou Breviário que devem rezar sacerdotes e religiosos.

Por coincidência, nessa mesma semana elas começavam todas por Ó!. Assim eram lidas as antífonas Ó! Sabedoria, Ó! Emmanuel, Ó! Rex Gentium, Ó! Adonai, Ó! Radix Jesse, Ó! Clavis David etc. Antífonas que terminavam todas com a invocação “Veni”, vinde.

Tais súplicas ardentes para que viesse logo o Salvador do mundo, a Santa Igreja as extraiu das mais notáveis passagens da Sagrada Escritura, nas quais os Patriarcas e Profetas manifestam seus desejos de que nascesse o quanto antes o Redentor.

Se eles manifestavam assim tais desejos, quanto mais não os manifestaria Nossa Senhora, que sabia estar tão próximo o nascimento do Messias! E se eles diziam: Ó! Senhor, vinde logo, com quanta mais fé Nossa Senhora não diria o mesmo! Desse pensamento piedoso nasceu a devoção a Nossa Senhora do Ó.

Uma devoção que sobrevive à transformação da cidade de São Paulo
Se esse templo falasse, poderia narrar as incríveis transformações que viu se realizarem a seu redor... Em todo caso, é reconfortante ver ainda hoje a torre da igreja com seus anjos tocando trombeta para celebrar a alegria da Virgem que vai dar à luz.Na capital paulista, a paróquia da Freguesia do Ó, e o bairro nascido em torno dela, devem seu nome a essa invocação. Já em 1618, havia sido construída uma capela com tal nome numa aldeia de índios próxima a Piratininga pelo bandeirante Manuel Preto. Mas com o aumento da população foi necessário edificar novo templo, concluído em 1795. Essa nova igreja incendiou-se no final do século XIX, tendo sido substituída pela atual, que data de 1901.

Devoção antiga em três outros Estados brasileiros
Se bem não haja documentos que o comprovem, parece ter sido em Olinda que começou essa devoção no Brasil. Isto porque existe uma imagem que consta ter sido levada lá por ocasião da fundação da cidade. Talvez a tenha conduzido algum devoto português de Évora ou Torres Novas, locais onde tal devoção é muito difundida. Em todo caso, é certo que já em 1709 a imagem encontrava-se no local.

No Rio de Janeiro, existiu uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora do Ó, na Várzea, junto ao morro de São Januário e da praia, que foi construída após a reconquista da cidade das mãos dos franceses calvinistas.

Na cidade de Sabará, em Minas Gerais, a devoção foi levada àquela região pela família do bandeirante Bartolomeu Bueno, a qual construiu no século XVIII uma igreja com a mesma invocação.

Portanto, em vários lugares do território nacional a devoção tem origem muito antiga.

E se, infelizmente, em alguns locais a devoção desapareceu, em outros mantém-se até o presente.

Também na América hispânica a devoção se difundiu, o que não é de estranhar, uma vez que foi um espanhol do século VII, Santo Ildefonso, Bispo de Toledo, na Espanha, quem pela primeira vez mandou festejar tal invocação.

E foi especialmente no Peru que a devoção vingou, graças ao empenho dos padres jesuítas. Estes fundaram em Lima, na igreja de San Pedro y San Pablo, uma confraria à qual pertenceu grande parte da classe alta da cidade, tendo vários Vice-reis ingressado nela. Esta confraria, que começou com apenas 12 pessoas e poucos recursos, foi crescendo até contar atualmente com centenas de associados e um capital considerável.

Uma particularidade de tal associação era mandar celebrar numerosas missas pelos confrades defuntos, as quais chegaram a 27.000 no começo do século passado! Só por essa cifra podemos avaliar quanto estava difundida a devoção a Nossa Senhora do Ó no Peru.

Devoção ultrapassada ou muito atual?
Concluímos com uma proposta: assim como Nossa Senhora, na expectativa do nascimento do Salvador, rogava Ó! Senhor, vinde logo! – também nós devemos, hoje mais do que nunca, suplicar: “Ó! Senhora, vinde logo! Antes havia a expectativa da vinda de Vosso divino Filho. Hoje, grande é a expectativa de que se cumpram as profecias que anunciastes em Fátima no ano de 1917. Não tardeis!”Infelizmente, tanto no exterior quanto no Brasil a devoção foi decaindo, por motivos vários. Dentre eles, convém assinalar o fato de o homem moderno ter o coração fechado para as alegrias inocentes, como é a alegria do Natal, ou a alegria da mãe que espera o nascimento de seu filho. Quantos homens não sentem mais nenhuma alegria no Natal, quando antes o esperavam ansiosos na infância!
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Bibliografia:
Ruben Vargas Ugarte, S.J. Historia del Culto de María en Iberoamérica y de sus Imágenes y Santuarios más celebrados, Madrid, 1956, Tomo II, 3a edição.
Nilza Botelho Megale, Cento e doze invocações da Virgem Maria no Brasil, Ed. Vozes, 2a edição, Petropolis, 1986.
Edésia Aducci, Maria e seus gloriosos títulos, Ed. Lar Católico, 1a edição, 1958.

fonte: http://catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=CEE0D07A-AFE0-C6EB-742F4EB71666D280&mes=Fevereiro2000
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Nossa Senhora do Ó - Festa católica de origem espanhola

A festa de Nossa Senhora do Ó foi instituída no século VI pelo décimo Concílio de Toledo, ilustre na História da Igreja

Festa católica de origem claramente espanhola, a festa de hoje é conhecida na liturgia com o nome de “Expectação do parto de Nossa Senhora”, e entre o povo com o título de “Nossa Senhora do Ó”. Os dois nomes têm o mesmo significado e objetivo: os anelos santos da Mãe de Deus por ver o seu Filho nascido. Anelos de milhares e milhares de gerações que suspiraram pela vinda do Salvador do mundo, desde Adão e Eva, e que se recolhem e concentram no Coração de Maria, como no mais puro e limpo dos espelhos. A Expectação (expectativa) do parto não é simplesmente a ansiedade, natural na mãe jovem que espera o seu primogênito; é o desejo inspirado e sobrenatural da “bendita entre as mulheres”, que foi escolhida para Mãe Virgem do Redentor dos homens, para corredentora da humanidade. Ao esperar o seu Filho, Nossa Senhora ultrapassa os ímpetos afetivos de uma mãe comum e eleva-se ao plano universal da Economia Divina da Salvação do mundo.

As antífonas maiores que põe a Igreja nos lábios dos seus sacerdotes desde hoje até a Véspera do Natal e começam sempre pela interjeição exclamativa Ó (“Ó Sabedoria… vinde ensinar-nos o caminho da salvação”; “Ó rebento da Raiz de Jessé… vinde libertar-nos, não tardeis mais”; “Ó Emanuel…, vinde salvar-nos, Senhor nosso Deus”), como expoente altíssimo do fervor e ardentes desejos da Igreja, que suspira pela vinda de Jesus, inspiraram ao povo espanhol a formosa invocação de “Nossa Senhora do Ó”. É ideia grande e inspirada: a Mãe de Deus, posta à frente da imensa caravana da humanidade, peregrina pelo deserto da vida, que levanta os braços suplicantes e abre o coração enternecido, para pedir ao céu que lhe envie o Justo, o Redentor.

A festa de Nossa Senhora do Ó foi instituída no século VI pelo décimo Concílio de Toledo, ilustre na História da Igreja pela dolorosa, humilde, edificante e pública confissão de Potâmio, Bispo bracarense, pela leitura do testamento de São Martinho de Dume e pela presença simultânea de três santos de origem espanhola: Santo Eugênio III de Toledo, São Frutuoso de Braga e o então abade agaliense Santo Ildefonso.
Primeiro comemorava-se hoje a Anunciação de Nossa Senhora e Encarnação do Verbo. Santo Ildefonso estabeleceu-a definitivamente e deu-lhe o título de “Expectação do parto”. Assim ficou sendo na Hispânia e passou a muitas Igrejas da França, etc. Ainda hoje é celebrada na Arquidiocese de Braga.

Nossa Senhora do Ó, rogai por nós!

http://santo.cancaonova.com/santo/nossa-senhora-do-o-festa-catolica-de-origem-espanhola/

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Nossa Senhora do Ó – 18 de dezembro
Nossa Senhora do Ó é uma devoção mariana surgida em Toledo, na Espanha, remontando à época do X Concílio, presidido pelo arcebispo Santo Eugênio, quando se estipulou que a festa da Anunciação fosse transferida para o dia 18 de Dezembro.

Sucedido no cargo por seu sobrinho, Santo Ildefonso, este determinou, por sua vez, que essa festa se celebrasse no mesmo dia, mas com o título de Expectação do Parto da Beatíssima Virgem Maria. Pelo fato de, nas vésperas, se proferirem as antífonas maiores, iniciadas pela exclamação (ou suspiro) “Oh!”, o povo teria passado a denominar essa solenidade como Nossa Senhora do Ó.

De origem claramente espanhola, conhecida na liturgia com o nome de “Expectação do parto de Nossa Senhora”, e entre o povo com o título de “Nossa Senhora do Ó”. Os dois nomes encerram o mesmo significado e objeto: os anelos santos da Mãe de Deus por ver o seu Filho nascido. Anelos de milhares e milhares de gerações que suspiram pela vinda do Salvador do mundo, desde Adão e Eva, e que se recolhem e concentram no Coração de Maria, como no mais puro e limpo dos espelhos.

A Expectação do parto não é simplesmente a ansiedade, natural na mãe jovem que espera o seu primogênito, é o desejo inspirado e sobrenatural da “bendita entre as mulheres”, que foi escolhida para Mãe Virgem do Redentor dos homens, para corredentora da humanidade. Ao esperar o seu Filho, Nossa Senhora ultrapassa os ímpetos afetivos duma mãe vulgar e eleva-se ao plano universal da economia divina da salvação do mundo. O Filho que vai nascer traz uma missão de catolicidade salvadora.

Não vem simplesmente para sorrir e para beijar a mãe, mas para resgatar com seu sangue o povo. Os sentimentos da Virgem Maria, nos dias que precedem o nascimento de Jesus, não são egoístas; tendem somente para Deus, que será agora dignamente glorificado, e olham para todos os homens, que vão sair da escravidão para entrar na categoria de filhos, de nobres e livres, no Reino de Deus.

As antífonas maiores que põe a Igreja na Liturgia das Horas desde 18 de dezembro até à véspera do Natal e começam sempre pela interjeição exclamativa Ó, como expoente altíssimo do fervor e ardentes desejos da Igreja, que suspira pela vinda pronta de Jesus, inspiraram ao povo espanhol a formosa invocação de “Nossa Senhora do Ó”, Nossa Senhora como centro dos desejos dos antigos justos de Israel e dos fiéis cristãos de hoje, que, à uma e em afetuosa comoção, anelam pela aparição do Messias. É ideia grande e inspirada: A Mãe de Deus, a Virgem Imaculada posta à frente da imensa caravana da humanidade, peregrina pelo deserto da vida, que levanta os braços suplicantes e abre o coração enternecido, para pedir ao céu que lhe envie o Justo, o Redentor.

“Ó Sabedoria, … vinde ensinar-nos o caminho da salvação.” “Ó Chefe da Casa de Israel, … vinde resgatar-nos com o poder do vosso braço”. “Ó Rebento da Raiz de Jessé,… vinde libertar-nos, não tardeis mais”. “Ó Chave da Casa de David, … vinde libertar os que vivem nas trevas e nas sombras da morte”. “Ó Sol nascente, esplendor da luz eterna e sol de justiça, vinde iluminar os que vivem nas trevas e na sombra da morte”. “Ó rei das nações e Pedra angular da Igreja, vinde salvar o homem que formastes do pó da terra”. “Ó Emanuel, … vinde salvar-nos, Senhor nosso Deus”.

A festa de Nossa Senhora do Ó foi instituída no século VI pelo décimo concílio de Toledo, ilustre nos fatos da história pela dolorosa, humilde, edificante e pública confissão de Potâmio, bispo bracarense, pela leitura do testamento do ínclito S. Martinho de Dume, e pela presença simultânea de três santos naturais de Espanha: Santo Eugenio III de Toledo, S. Frutuoso de Braga e o então abade agaliense Santo Ildefonso.

Santo Ildefonso estabeleceu esta festa no dia 18 de Dezembro e deu-lhe o título de Expectação do Parto. Assim ficou sendo na Espanha e passou a muitas Igrejas da França, etc. Ainda hoje é celebrada na arquidiocese de Braga e na Paróquia de Várzea de Lafões.

Iconografia: A imagem de Nossa Senhora do Ó sempre apresenta a mão esquerda espalmada sobre o ventre avantajado, em fase final de gravidez. A mão direita pode também aparecer em simetria à outra ou levantada. Encontram-se imagens com esta mão segurando um livro aberto ou também uma fonte, ambos significando a fonte da vida. Em Portugal essas imagens costumavam ser de pedra e, no Brasil, de madeira ou argila.
Perseguições: No começo do século XIX, mudanças no culto mariano começavam a estimular o dogma da Imaculada Conceição, o que não combinava com aquela santa em estado de adiantada gravidez, como a retratava a iconografia, estimada pelas mulheres à espera da hora do parto.

Muitas imagens foram trocadas pela da Nossa Senhora do Bom Parto, vestida de freira, com o ventre disfarçado pela roupa, ou mesmo pela imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, mais condizente com os ventos moralistas da época.

Somente no fim do século XX se voltou a falar e pesquisar o assunto, tendo-se encontrado imagens antigas enterradas sob o altar das igrejas.

Nossa Senhora do Ó no Brasil: No Brasil, o culto iniciou-se à época desde o início da colonização, com o Capitão donatário Duarte Coelho, na Capitania de Pernambuco. Tendo fundado a vila de Olinda, nessa povoação erigiu-se uma Igreja sob a invocação de São João Batista, administrada por militares, onde era venerada uma imagem de Nossa Senhora da Expectação ou do Ó. De acordo com Frei Vicente Mariano, também se tratava de uma imagem pequena com cerca de dois palmos de altura, entalhada em madeira e estofada, de autoria e origem desconhecida. A tradição reputa esta imagem como milagrosa, tendo vertido lágrimas em 28 de Julho de 1719.

A partir dessa primitiva imagem em Olinda, a devoção se espalhou em terras brasileiras graças a cópias na Ilha de Itamaracá, em Goiana, em Ipojuca e em São Paulo, nesta última em casa da família de Amador Bueno e na do bandeirante Manuel Preto que fundou a igreja e o bairro bem conhecidos até hoje. Os bandeirantes, por sua vez levaram a devoção para Minas Gerais, onde, em Sabará, se erige a magnífica Capela de Nossa Senhora do Ó, em estilo indo-europeu, atualmente tombada pelo Iphan.

Oração a Nossa Senhora do Bom Parto
Ó Maria Santíssima, vós, por um privilégio especial de Deus, fostes isenta da mancha do pecado original, e devido a este privilégio não sofrestes os incómodos da maternidade, nem ao tempo da gravidez e nem no parto; mas compreendeis perfeitamente as angústias e aflições das pobres mães que esperam um filho, especialmente nas incertezas do sucesso ou insucesso do parto. Olhai para mim, vossa serva, que na aproximação do parto, sofro angústias e incertezas. Dai-me a graça de ter um parto feliz. Fazei que meu bebé nasça com saúde, forte e perfeito. Eu vos prometo orientar meu filho sempre pelo caminho certo, o caminho que o vosso Filho, Jesus, traçou para todos os homens, o caminho do bem. Virgem, Mãe do Menino Jesus, agora me sinto mais calma e mais tranquila porque já sinto a vossa maternal proteção. Nossa Senhora do Bom Parto, rogai por mim!

fonte:http://imaculadarecreio.org.br/nossa-senhora-do-bom-parto-ou-nossa-senhora-do-o.htm
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À espera do Redentor de toda a humanidade

“O mistério do Evangelho é a conceição do verbo no ventre virginal de Maria Santíssima; o título da festa é a expectação do parto e desejos da mesma Senhora, de baixo do nome do Ó, e porque o Ó é um circulo, e o ventre virginal outro círculo...” (Pe. Antônio Vieira)

O encerramento do Ano da Fé indica também o fim do Ano Litúrgico C, focado no evangelho de São Lucas. A Igreja volta-se agora a atenção ao Ano Litúrgico A, cujo centro será o Evangelho de Mateus. Um novo ciclo que nos faz a todos esperançosos de uma nova era. Esperamos rever um mundo envolto de novidades que o Cristo traz. Espera que nos coloca a todos aos pés de Nossa Senhora do Ó, aquela que está plena do Verbo de Deus encarnado no próprio ventre. É tempo do Advento!

O Advento é o 1º tempo do Ano Litúrgico e antecede o Natal. Inicia-se com as vésperas do próximo domingo, 1º, e terminará antes das vésperas do Natal. Os domingos deste tempo se chamam 1º, 2º, 3º, e 4º do Advento. Os dias 16 a 24 de dezembro (Novena de Natal) guardam-se à preparação das festas do Natal entre os cristãos e no seio da Igreja, iniciando o Tempo de Natal.

A Igreja vive nesta época dois significativos momentos para o cristão. O primeiro, o Advento, a mensagem vivida é a espera da vinda gloriosa de Cristo. O segundo período, compreende os eventos do Natal propriamente dito, tempo de viver com mais alegria, porque nos aproximamos do cumprimento do que Deus prometera. A liturgia prepara-nos diretamente para o nascimento de Jesus.

A celebração da Santa Missa passa por modificações a fim de melhor nos envolver nessa espera. Suprimem-se alguns elementos festivos. Não se reza-se o Glória e são reduzidas a música e os enfeites festivos, as vestes são de cor roxa, a decoração da Igreja é mais sóbria, para expressar que nossa peregrinação sem Jesus é incompleta. A alegria dá-se com o nascimento do Menino Jesus na Solenidade do Natal. 

O “Ano da Fé”, então, passou e inspirou a valorização do “Credo do Povo de Deus”, do Papa Paulo VI, destacando as verdades a respeito da Igreja de Cristo, como Una, Santa, Católica e Apostólica.

E o tempo do advento reforça a certeza da fé católica: “E de novo, Jesus há de vir para julgar os vivos e os mortos, e o seu reino não terá fim”. E mantenhamos a esperança nas palavras do próprio Cristo: “Perseverem, firmes na fé e na prática do bem, mesmo em meio a perseguições”, cf. Lc 21, 7-19).

A fé é atitude essencial daquele que espera contra toda a esperança. Assim, Maria espera livremente ser associada aos planos de salvação que Deus tem para nós.

A Voz de Nazaré contempla Nossa Senhora em estado de graça e convida a todos os filhos de Nazaré a apreciar e integrar-se à igreja neste tempo de espera por dias melhores que virão com a chegada de Jesus Cristo. A luz fulgurante vem ao mundo para nos dar a certeza de que um novo tempo certamente está à frente da humanidade.
Contemplar o ventre de Nossa Senhora da Esperança ou da Expectação, admiravelmente carregando o Salvador, embala os mais profundos sentimentos de quem experimenta pela natureza humana o toque divino da criação emprestado por Deus à mulher, cooperadora de Deus na reprodução da vida. Não há como não sentir a sagrada energia que brota de uma vida a caminho do mundo.

A colaboração com Deus no plano de multiplicação da vida não encontra definição concreta entre os homens. Chega a nos deixar sem palavras, apenas com a vontade de festejá-la. E como festa animada pela fé, os preparativos, por vezes, são inesgotáveis fontes de preparação para uma espera digna.

A publicitária Marcela Monteiro, 29 anos, tenta explicar, mas termina por atribuir a Deus o dom da maternidade. “Nós, católicos, vivemos intensamente o período do Advento, esse tempo de espera, tempo de renovação, tempo de mudança. Para mim, este ano a preparação para o Natal tem um significado mais do que especial e intenso”.
Marcela relaciona sua gravidez e com a experiência de Nossa Senhora do Ó. “Estou no sétimo mês de gestação me preparando para a chegada da minha princesa e diariamente busco vivenciar o que Nossa Senhora viveu nesse mesmo período, quando também aguardava a chegada do “Príncipe da Paz” que carregava em seu ventre”. 

A festa da Expectação do parto da Santíssima Virgem foi instituída por Santo Ildefonso, Bispo de Toledo, na Espanha, à época do X Concílio, e estipulada a celebração a 18 de dezembro sob o título de Expectação do Parto da Beatíssima Virgem Maria, com o objetivo de lembrar as alegrias de Maria, em sua doce espera.

No Brasil, a devoção a Nossa Senhora do Ó data do início da colonização, com o Capitão donatário Duarte Coelho, na Capitania de Pernambuco. Na recém-fundada vila de Olinda, erigiu-se a Igreja São João Batista, administrada por militares, onde era venerada uma imagem de Nossa Senhora da Expectação ou do Ó.

A partir de Olinda, a devoção a Nossa Senhora do Ó espalhou-se para a Ilha de Itamaracá, em Goiana, em Ipojuca e em São Paulo, onde a família de Amador Bueno fortaleceu a devoção em sua própria casa e também na residência do bandeirante Manuel Preto que fundou a igreja e o bairro da Freguesia do Ó, bem conhecidos até hoje.

Os bandeirantes levaram a devoção para Minas Gerais, onde, em Sabará, ergue-se a magnífica Capela de Nossa Senhora do Ó, em estilo indo-europeu, atualmente tombada pelo IPHAN. É venerada também em Icó, onde fazem uma grande festa anual e, em Mosqueiro, ilha distrital de Belém, no Pará, onde ocorre um Círio em sua homenagem, no próximo dia 8 de dezembro, com o tema “Com Maria, o Impossível acontece!”.
O título Nossa Senhora do Ó é uma denominação extraída do breviário romano da novena dedicada à Virgem às proximidades do Natal. O nome originou-se do vocativo “Ó”, repetido na recitação das vésperas nas antífonas inspiradas pelos textos do Antigo Testamento que anunciam o Messias e tem suas origens por volta do ano 600.

Designa expressão de admiração que pode ser vista na imagem de Nossa Senhora da Expectação ou do Ó, representando a Virgem Maria com a mão esquerda espalmada sobre o ventre avantajado, em fase final de gravidez. A mão direita aparece levantada sobre a outra. No ventre encontra-se a inscrição J.H.S. - Jesus, Salvador dos Homens.

A jovem Marcela tenta expressar sua admiração pela criação. “Poder gerar um filho é uma benção divina, olhar a barriga crescer diariamente, sentir um ser tão pequenino se mover no ventre não tem explicação: “É coisa de Deus! Sinto-me imensamente feliz por esse lindo presente de Deus em minha vida”.

Preparai os caminhos do Senhor! Aguardemos em estado de permanente conversão a chegada de Jesus, Redentor da Humanidade! Esperemos ansiosos e grávidos de um novo tempo, onde também, inspirados pela alegria de ver o Menino Jesus, possamos ser promotores da fraternidade e da paz de um tempo de alegrias pelo Evangelho!

fonte: http://www.fundacaonazare.com.br/novoportal/?ction=Canal.interna&oCanal=1&id=6737&classe=N

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No seio virginal de Maria a Palavra se fez carne.

“Nossa Senhora do Ó” Com este título, invocamos nossa Padroeira. “Do Ó”: quer dizer: Nossa Senhora da Expectação, da Esperança.

OREMOS: 
Pai Santo, Amor Criador, Senhor da Vida, Deus Providente e Todo-Poderoso: desde toda a eternidade quisestes o ser e a vida de cada um de nós e enviaste o Vosso Filho ao mundo a fim de que tenhamos a Vida e a tenhamos em abundância. Dai-nos o Vosso Espírito Vivificante para que, sempre, em qualquer circunstância e sem excepção alguma, amemos, respeitemos, protejamos, promovamos e cuidemos da vida, dignidade, direitos  e integridade de cada ser humano - desejado ou imprevisto, são ou enfermo, escorreito ou deficiente - desde o momento da sua concepção até à morte natural, e, indo, assim, ao Vosso encontro, alcancemos a felicidade eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. 

A imagem de Nossa Senhora do Ó sempre apresenta a mão esquerda espalmada sobre o ventre avantajado, em fase final de gravidez. A mão direita pode também aparecer em simetria à outra ou levantada. Encontram-se imagens com esta mão segurando um livro aberto ou também uma fonte, ambos significando a fonte da vida. Em Portugal essas imagens costumavam ser de pedra e, no Brasil, de madeira ou argila.


Uma festa católica de origem claramente espanhola, a festa é conhecida na liturgia com o nome de "Expectação do parto de Nossa Senhora", e entre o povo com o título de "Nossa Senhora do Ó".

Os dois nomes têm o mesmo significado e objetivo: os anelos santos da Mãe de Deus por ver o seu Filho nascido.
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Nossa Senhora do Ó é uma devoção mariana surgida em Toledo, na Espanha, remontando à época do X Concílio, presidido pelo arcebispo Santo Eugênio, quando se estipulou que a festa da Anunciação fosse transferida para o dia 18 de Dezembro.

Sucedido no cargo por seu sobrinho, Santo Ildefonso, este determinou, por sua vez, que essa festa se celebrasse no mesmo dia, mas com o título de Expectação do Parto da Beatíssima Virgem Maria.

Pelo fato de, nas vésperas, se proferirem as antífonas maiores, iniciadas pela exclamação (ou suspiro) “Oh!”, o povo teria passado a denominar essa solenidade como Nossa Senhora do Ó. (in: SILVA, Pe. Martinho da. Flores de Maria)

A EXPECTAÇÃO DO PARTO DE NOSSA SENHORA
É uma festa católica de origem claramente espanhola, a festa é conhecida na liturgia com o nome de "Expectação do parto de Nossa Senhora", e entre o povo com o título de "Nossa Senhora do Ó".


Os dois nomes têm o mesmo significado e objetivo: os anelos santos da Mãe de Deus por ver o seu Filho nascido.

Anelos de milhares e milhares de gerações que suspiraram pela vinda do Salvador do mundo, desde Adão e Eva, e que se recolhem e concentram no Coração de Maria, como no mais puro e limpo dos espelhos.

A Expectação (expectativa) do parto não é simplesmente a ansiedade, natural na mãe jovem que espera o seu primogênito; é o desejo inspirado e sobrenatural da "bendita entre as mulheres", que foi escolhida para Mãe Virgem do Redentor dos homens, para corredentora da humanidade.

Ao esperar o seu Filho, Nossa Senhora ultrapassa os ímpetos afetivos de uma mãe comum e eleva-se ao plano universal da Economia Divina da Salvação do mundo.

AS ANTÍFONAS MAIORES

As antífonas maiores que põe a Igreja nos lábios dos seus sacerdotes desde hoje até a Véspera do Natal e começam sempre pela interjeição exclamativa Ó

("Ó Sabedoria... vinde ensinar-nos o caminho da salvação";

"Ó rebento da Raiz de Jessé... vinde libertar-nos, não tardeis mais"; "Ó Emanuel..., vinde salvar-nos, Senhor nosso Deus"), como expoente altíssimo do fervor e ardentes desejos da Igreja, que suspira pela vinda de Jesus, inspiraram ao povo espanhol a formosa invocação de "Nossa Senhora do Ó".

É ideia grande e inspirada: a Mãe de Deus, posta à frente da imensa caravana da humanidade, peregrina pelo deserto da vida, que levanta os braços suplicantes e abre o coração enternecido, para pedir ao céu que lhe envie o Justo, o Redentor.

INSTITUIÇÃO DA FESTA

A festa de Nossa Senhora do Ó foi instituída no século VI pelo décimo Concílio de Toledo, ilustre na História da Igreja pela dolorosa, humilde, edificante e pública confissão de Potâmio, Bispo bracarense, pela leitura do testamento de São Martinho de Dume e pela presença simultânea de três santos de origem espanhola: Santo Eugênio III de Toledo, São Frutuoso de Braga e o então abade agaliense Santo Ildefonso.

Primeiro comemorava-se, no dia 18 de dezembro, a Anunciação de Nossa Senhora e Encarnação do Verbo.

Santo Ildefonso estabeleceu-a definitivamente e deu-lhe o título de "Expectação do parto".

Assim ficou sendo na Hispânia e passou a muitas Igrejas da França, etc.

Ainda hoje é celebrada na Arquidiocese de Braga.

Em Portugal

Torres Novas, Portugal.Em Portugal, o culto à Expectação do Parto, ou a Nossa Senhora do Ó, teria se iniciado em Torres Novas (SANTA MARIA, Frei Agostinho de. Santuário Mariano), onde uma antiga imagem da Senhora era venerada na Capela-mor da Igreja Matriz de Santa Maria do Castelo.

Esta imagem era conhecida à época de D. Afonso Henriques por Nossa Senhora de Almonda (devido ao rio Almonda, que banha aquela povoação), à época de D. Sancho I por Nossa Senhora da Alcáçova (c. 1187) ou, a partir de 1212, quando se lhe edificou (ou reedificou) a igreja, por Nossa Senhora do Ó. Esta imagem é descrita pelo mesmo autor como:

É esta santa imagem de pedra mas de singular perfeição. Tem de comprimento seis palmos.

No avultado do ventre sagrado se reconhecem as esperanças do parto. Está com a mão esquerda sobre o peito e a direita tem-na estendida. Está cingida com uma correia preta lavrada na mesma pedra e na forma de que usam os filhos de meu padre Santo Agostinho.

Registam-se outras imagens da Senhora do Ó em Águas Santas, em Elvas, em Tomar, em Viseu e em Sobral da Adiça.

Nossa Senhora do Ó é a padroeira de dezassete freguesias portuguesas, situadas na sua maioria nas dioceses mais setentrionais do país.

No Brasil
No Brasil, o culto iniciou-se à época desde o início da colonização, com o Capitão donatário Duarte Coelho, na Capitania de Pernambuco. Tendo fundado a vila de Olinda, nessa povoação erigiu-se uma Igreja sob a invocação de São João Batista, administrada por militares, onde era venerada uma imagem de Nossa Senhora da Expectação ou do Ó.

De acordo com Frei Vicente Mariano, também se tratava de uma imagem pequena com cerca de dois palmos de altura, entalhada em madeira e estofada, de autoria e origem desconhecida.

A tradição reputa esta imagem como milagrosa, tendo vertido lágrimas em 28 de Julho de 1719.

A partir dessa primitiva imagem em Olinda, a devoção se espalhou em terras brasileiras graças a cópias na Ilha de Itamaracá, em Goiana, em Ipojuca e em São Paulo, nesta última em casa da família de Amador Bueno e na do bandeirante Manuel Preto que fundou a igreja e o bairro bem conhecidos até hoje.

Os bandeirantes , por sua vez levaram a devoção para Minas Gerais, onde, em Sabará, se erige a magnífica Capela de Nossa Senhora do Ó, em estilo indo-europeu, atualmente tombada pelo Iphan.

Iconografia
A imagem de Nossa Senhora do Ó sempre apresenta a mão esquerda espalmada sobre o ventre avantajado, em fase final de gravidez.
A mão direita pode também aparecer em simetria à outra ou levantada.
Encontram-se imagens com esta mão segurando um livro aberto ou também uma fonte, ambos significando a fonte da vida.
Em Portugal essas imagens costumavam ser de pedra e, no Brasil, de madeira ou argila.

Perseguição religiosa

No começo do século XIX, mudanças no culto mariano começavam a estimular o dogma da Imaculada Conceição, o que não combinava com aquela santa em estado de adiantada gravidez, como a retratava a iconografia, estimada pelas mulheres à espera da hora do parto.

Muitas imagens foram trocadas pela da Nossa Senhora do Bom Parto, vestida de freira, com o ventre disfarçado pela roupa, ou mesmo pela imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, mais condizente com os ventos moralistas de então.

Somente no fim do século XX se voltou a falar e pesquisar o assunto, tendo-se encontrado imagens antigas enterradas sob o altar das igrejas.

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DO Ó

Doce Virgem Maria,
cujo coração foi por Deus preparado
para morada do verbo feito carne
pelas inefáveis alegrias da expectação
de vosso santíssimo parto,
ensinai-nos as disposições perfeitas
de uma íntegra pureza no corpo e na alma,
de uma humildade profunda
no espírito e no coração,
de um ardente e sincero desejo
de união com Deus,
para que o meigo fruto de vossas benditas entranhas,
venha a nascer misericordiosamente em nossos corações,
a eles trazendo a abundância dos dons divinos,
para redenção dos nossos pecados,
santificação de nossa vida
e obtenção de nossa coroa no Paraíso,
em vossa companhia.
Assim seja.
Amém.

fonte:http://rezairezairezai.blogspot.com.br/2010/12/nossa-senhora-do-o.html

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