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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Nossa Senhora do Rosário de Pompéia - 07 de outubro.

História do surgimento da devoção a Nossa Senhora do Rosário de Pompéia
Comemoração litúrgica: 07 de outubro. 
Também nesta data: N S do Rosário; Santos: Helano, Mateus de Mântua ,e Osita"; ~

O título Nossa Senhora de Pompéia não é um novo título, mas sim uma forma como se venera Nossa Senhora do Rosário na cidade italiana de Pompéia. É a mesma Nossa Senhora do Rosário só que reavivada a devoção na cidade de Pompéia.

No ano de 79 ocorreu a famosa erupção do Vulcão Vesúvio, que sepultou a cidade pagã de Pompéia (Sul da Itália). Ali a aristocracia romana gostava de passar o tempo com entretenimentos e foi surpreendida pela súbita destruição.
No início do Século IX instalaram-se nas proximidades famílias de campesinos que erigiram uma humilde capela. Em 1872 chegou o advogado Bartolo Longo (beatificado em 26 de outubro de 1980), que trabalhava para a Condessa de Fusco, dona dessas terras. Logo descobriu que, depois da morte do sacerdote, já não haviam missas na capela e poucos seguiam firmes na fé. 

Uma noite, o advogado Bartolo Longo viu em sonhos a um amigo morto anos atrás, que lhe disse: “Salva a esta gente Bartolo! Propaga o Rosário. Estimula-os para que o rezem. Maria prometeu a salvação para aqueles que fizerem”. Assim, Longo trouxe de Nápoles muitos Rosários para distribuir e encorajou também a vários vizinhos que o ajudassem a reformar a capela. A população começou a rezar o Rosário, cada vez em maior número.

Em 1878, Longo obteve de um convento de Nápoles um quadro de Nossa Senhora entregando o Santo Rosário a São Domingos e Santa Rosa de Lima. Estava deteriorado mas um pintor o restaurou. Este mudou a figura de Santa Rosa pela de Santa Catarina de Siena. Posta sobre o altar do Templo, ainda que inacabada, a Virgem Santíssima começou a operar milagres.
Em 08 de maio de 1887, o cardeal Mônaco de Valleta, colocou na venerada imagem um diadema de brilhantes benta pelo Papa Leão XII e em 08 de maio de 1891, deu-se a solene consagração do novo Santuário de Pompéia, que existe atualmente. 

CARTA DE JOÃO PAULO II
POR OCASIÃO DO 125° ANIVERSÁRIO
DA CHEGADA DO QUADRO DE
NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO A POMPÉIA

Ao Venerado Irmão Francesco Saverio TOPPI
Arcebispo-Delegado Pontifício

1. A Igreja que está em Pompéia, no decurso do Grande Jubileu do Ano 2000, regozijar-se-á com um ulterior dom de Graça. No próximo dia 13 de Novembro celebra-se, com efeito, o 125° aniversário da chegada do Quadro de Nossa Senhora do Rosário. Esta "visita" de Maria mudou o rosto espiritual e civil de Pompéia, que desde 1975 se transformou cada vez mais em cidadezinha da oração, centro de irradiação do Evangelho, lugar de numerosas graças e conversões, ponto de referência de piedade mariana, para o qual olham de todas as partes do mundo.

Ao unir-me espiritualmente à Comunidade eclesial de Pompéia nesta feliz circunstância, desejo agradecer ao Senhor os dons com que a enriqueceu, implorando, pela intercessão da Virgem Santa, especiais favores celestes sobre Vossa Excelência, Venerado Irmão, e sobre todos os que estão confiados aos seus cuidados pastorais.

2. O Grande Jubileu e esta vossa especial data evocam-se reciprocamente e oferecem particulares motivos de reflexão e de ação de graças. O Ano Santo coloca no centro da atenção dos crentes o mistério da encarnação do Verbo e convida-os a contemplar Aquele que "tinha a condição divina, mas não se apegou à Sua igualdade com Deus. Pelo contrário, esvaziou-Se a Si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-Se semelhante aos homens" (Fl 2, 5-7). Pompéia é a terra do Santo Rosário, onde o fervoroso brotar do coração dos fiéis da oração do Ave Maria leva a contemplar a disponibilidade interior com que a Virgem Santa recebeu na fé o anúncio do nascimento do Filho de Deus na condição humana.

De igual modo o convite, que ecoa no acontecimento jubilar a pôr-se em amorosa escuta da Palavra de Deus e a conformar a própria vida com o Evangelho, encontra um eco feliz na prática dos Quinze Sábados, que Bartolo Longo difundiu entre os fiéis, com a intenção de os estimular à contemplação de Cristo. Como não ver depois uma sintonia eloqüente entre o nascimento humilde e pobre do Redentor na manjedoura de Belém e o contexto de igual modo simples e modesto no qual chegou a Pompéia o Quadro de Nossa Senhora?

Também a "mística Coroa", que a todos os que a ela se dirigem a Virgem oferece como "Cadeia doce que reata a Deus", se revela instrumento precioso para compreender melhor e viver as grandes dimensões do Jubileu. O Rosário, que Bartolo Longo considera quase um baluarte contra os inimigos da alma, une aos Anjos, e é "porto seguro no naufrágio comum" (Súplica à Rainha do S. Rosário de Pompéia).

3. O Jubileu, na sua mensagem mais profunda, é chamamento à conversão e estímulo a uma autêntica renovação pessoal e social. Ao entrar no novo milênio a comunidade cristã é convidada a alargar o próprio olhar de fé até horizontes novos para o anúncio do Reino de Deus. A autoconsciência, que ela maturou com o Concílio Vaticano II do próprio mistério e da tarefa apostólica que lhe fora confiada pelo seu Senhor, empenha-a a viver no mundo sabendo que deve ser "o fermento e a alma da sociedade humana, a qual precisa renovar-se em Cristo e transformar-se em família de Deus" (cf.Incarnationis mysterium, 2).

Os cristãos podem encontrar no Rosário uma ajuda eficaz no empenho de realizar na sua vida estes objetivos do Jubileu. Convidando a aceitar com a admiração de Maria, de José, dos Pastores, dos Reis Magos e de todos os pobres de Israel o anúncio do nascimento do Filho de Deus na condição humana, os Mistérios gozosos suscitam nos cristãos, como já acontecera com o Fundador do Santuário de Pompéia e com outros numerosos devotos da Virgem do Santo Rosário, o desejo de levar aos homens do nosso tempo com renovado fervor o jubiloso anúncio do Salvador.

Através da contemplação dos Mistérios dolorosos, o Rosário faz sentir aos fiéis a dor dos pecados e, convidando a ter confiança na ajuda d'Aquela que reza "por nós pecadores agora e na ora da nossa morte", facilita o desejo de receber o Sacramento da Reconciliação a fim de corrigir as estruturas da própria vida. Por este caminho, o Beato Bartolo Longo encontrou a força para reorganizar a própria existência e tornou-se dócil à ação do Espírito Santo, o único que transforma os pecadores em santos.

Através da contemplação de Cristo que ressuscitou e subiu ao céu, os Mistérios gloriosos introduzem no oceano da vida trinitária, comunicada pelo Espírito Paráclito a todos os crentes e, de maneira especial, a Maria nossa Mãe e irmã. Olhando para ela que subiu ao céu e está na glória dos Santos, os cristãos são encorajados a admirar e desejar as "coisas lá do alto", e aspirando pela meta eterna tomam consciência dos meios necessários para a obterem, isto é, a fidelidade aos mandamentos divinos, a freqüência aos Sacramentos da Igreja e a humilde adesão à vontade de Deus.

Também o empenho pela unidade dos crentes em Cristo e pela fraterna concórdia entre as Nações, reproposto pelo Grande Jubileu, encontra motivo de especial sintonia com o aniversário que o Santuário de Pompéia celebra este ano. No Jubileu de Novecentos no início deste nosso século XX, o beato Bartolo Longo quis realizar como voto pela paz a fachada monumental do Santuário, recolhendo ofertas e subscrições dos fiéis de todas as partes do mundo. Também a paz é agora, no alvorecer do terceiro milênio, o desejo fervoroso da humanidade e é preciso rezar com confiança pela paz em todas as partes da terra.

4. Venerado Irmão no Episcopado, formulo profundos votos por que, seguindo o exemplo do beato Bartolo Longo, esta Comunidade diocesana saiba captar nestes acontecimentos de graça um premente estímulo para anunciar com renovado fervor Jesus Cristo, Redentor do homem. A este propósito, o plano pastoral elaborado para este ano jubilar demonstra-se como nunca oportuno.

Ele inspira-se na trilogia "humildade, simplicidade, pobreza"; uma trilogia que caracterizou a vida terrena de Jesus, o estilo de Maria e também o programa ascético do beato Bartolo Longo. Como deixar de recordar que do nada e com meios pobres e humildes, ele, guiado pelo Espírito, erigiu em Pompéia um Santuário que hoje tem uma irradiação mundial? Os escritos do Beato, que já então alcançavam pessoas de todas as línguas e nações, continuam a oferecer úteis estímulos para a reflexão e a vida espiritual.

Esta herança preciosa, que representa para vós um singular título de honra, seja por vós acolhida e reproposta à sociedade de hoje, para que no templo de Pompéia, onde a Mãe continua a mostrar o seu Filho divino como único Salvador do mundo, numerosos homens e mulheres em busca da paz possam fazer a experiência jubilosa da "visita" de Cristo, vivida por Isabel e por João Baptista, por ocasião do encontro com a Virgem (cf. Lc 1, 39-56).
Com estes votos, invoco, por intercessão do Beato Bartolo Longo, sobre Vossa Excelência, Venerado Irmão, sobre os sacerdotes, os religiosos e as religiosas, sobre toda a Comunidade diocesana, e sobre os peregrinos e devotos, a materna proteção da Rainha do Santo Rosário e, de bom grado concedo a todos uma especial Bênção apostólica.

Vaticano, 8 de Dezembro de 1999, solenidade da Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria.

Oração à Nossa Senhora do Rosário de Pompéia

Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos ensinastes a recorrer a vós e com confiança chamar-vos de "Pai Nosso que estais no Céu". Ó Senhor, infinitamente bom, a quem é dado usar sempre de misericórdia e perdoar; por intercessão da Imaculada Virgem Maria, ouvi-nos, a nós que nos gloriamos do título de devotos do Rosário, aceitai as nossas humildes orações dando-vos graças pelos benefícios recebidos, e tornai perpétuo e cada dia mais glorioso o trono que lhe elevastes no Santuário de Pompéia, pelos merecimentos de Jesus Cristo, Senhor Nosso. Amém.
Rogai por nós Rainha do Sacratíssimo Rosário
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Amém
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Nossa Senhora do Rosário de Pompéia
A história de uma devoção nascida na Itália e trazida ao Brasil - Plínio Maria Solimeo

Há quase 1.000 anos, na França, o espanhol São Domingos de Gusmão recebia de Nossa Senhora, segundo piedosa crença, a revelação do rosário como meio seguro para converter os hereges albigenses que infestavam o sul daquele país.

Alguns séculos mais tarde, o Papa São Pio V instituiu a festa de Nossa Senhora das Vitórias, em ação de graças pelo triunfo naval obtido pelos cristãos contra os turcos em Lepanto, no dia em que se faziam na Cristandade procissões das confrarias do Rosário nessa intenção.

Seu sucessor, Gregório XIII, mudou o nome da festa para Nossa Senhora do Rosário, confirmando o papel do rosário nessa vitória. E a fixou no primeiro domingo de outubro.

Em 1716 Clemente XI estendeu a festa a toda a Igreja depois de outras vitórias obtidas contra os turcos, na Hungria. E, no século XIX, o mês de outubro foi dedicado ao rosário. O rosário tornou-se, desde então, um dos mais significativos símbolos do Catolicismo.

Hoje, a pedido de uma senhora assinante de Catolicismo e residente no bairro de Vila Pompéia da capital paulista, apresentamos aqui a história de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, um ilustrativo exemplo das graças que a Mãe de Deus quis distribuir mediante essa invocação e o uso do poderoso meio de santificação que é o rosário.

Sob as cinzas do Vesúvio...

Eram 11 horas da manhã do dia 24 de agosto do ano 79 de nossa era. Os 25 mil habitantes da cidade de Pompéia, ao sul de Nápoles, dedicavam-se aos seus afazeres quotidianos, ou a seus reprováveis vícios, quando um estrondo aterrador os arrastou instintivamente para a rua.

Do Vesúvio subia ao céu imensa coluna de fogo! Instantes depois sua cratera, transformada em horrível boca do inferno, começou a expelir pedras incandescentes como mísseis orientados contra a cidade. Uma chuva de cinzas, impregnada de vapores sulfúreos e de cloro, escureceu o céu.

O que fazer? Escapar para onde? A aterrada população começou a esconder-se nas casas ou a fugir loucamente sem direção. Mas era tarde demais: em pouco tempo Pompéia e mais quatro cidades ficaram sepultadas sob 10 metros de cinzas...

* *
Aos poucos foi-se perdendo a memória da catástrofe e nos 1600 anos subseqüentes ninguém ouviria falar da cidade.
No início do século XVII, o arquiteto Fontana redescobriu Pompéia. Mas só no final do século seguinte é que começariam os trabalhos arqueológicos sistemáticos -- que continuam até hoje -- para resgatá-la das cinzas.

Foi possível reconstituir as casas, mobiliários e cenas da vida quotidiana da outrora brilhante cidade, bem como de alguns de seus abomináveis vícios, possível causa da cólera divina.

O revolucionário converte-se em ardente apóstolo

Bartolo Longo, filho de um médico da província de Brindisi, recebera educação cristã no ginásio dos Padres Escolápios, onde aprendeu a rezar e a amar o rosário.

Na faculdade de Direito, contudo, deixou-se impregnar pelo naturalismo anticlerical e anti-religioso ali reinante, ingressando aos 20 anos no movimento revolucionário de Garibaldi, Cavour e Vitor Emanuel, destinado a levar a cabo a unificação italiana, com a eliminação dos Estados Pontifícios e a supressão do poder temporal dos Papas.

Porém, um de seus professores na faculdade ficou cativado por suas qualidades naturais e via nele, uma vez convertido, grandes possibilidades para o apostolado.

Procurou então conquistar-lhe a amizade e, aos poucos, encaminhou-o a um piedoso e douto dominicano, sob cuja influência Bartolo reencontrou a fé da infância, fez-se Terceiro Dominicano, e entregou-se a obras de caridade em favor da velhice. Decidiu-se a amar a Deus com todas suas forças, tomando como modelo o Coração Sacratíssimo de Jesus, cuja devoção passou a propagar.

Por essa época encontrou a condessa Marianna Farnararo, viúva, mulher apostólica e de viva fé. Edificada com a probidade moral e espírito empreendedor do jovem advogado, Marianna o contratou como administrador de seu patrimônio. Foi assim que, em outubro de 1872, Bartolo dirigiu-se ao vale de Pompéia, onde a condessa possuía terras.

A miséria espiritual dos habitantes, quase todos trabalhando nas escavações, o impressionou. Como poderia sanar tamanho mal? A resposta veio por meio de uma voz interior, que lhe murmurou: "Propague o Rosário". Fiel a uma recomendação tão do agrado de seu coração, Bartolo tornou-se catequista e apóstolo daqueles operários, incentivando-os a entrar na Confraria do Rosário.

A partir do quadro, multiplicam-se os milagres

Bartolo e seu diretor espiritual começaram então a procurar uma imagem de Nossa Senhora do Rosário para a igreja paroquial.

Um dia uma religiosa, que soubera do que necessitavam, apresentou ao advogado uma pintura da invocação desejada, mas em muito mal estado: "Por meio dessa efígie realizar-se-ão muitos milagres", profetizou. Contudo, ao vê-la, a condessa ficou pasma: "Semelhante pintura é mais capaz de fazer perder a devoção do que incentivá-la!" afirmou.

Mas, à falta de melhor, a estampa, enrolada num tecido ordinário, foi colocada sobre uma carroça carregada de lixo que se destinava a Pompéia...

Enquanto isso, o Bispo de Nola, do qual dependia a região, surpreso com o bom resultado obtido por Bartolo no apostolado, decidiu construir uma igreja mais próxima do local.

Com os recursos arrecadados na primeira coleta, efetuada com vistas à edificação do templo religioso, mandaram restaurar e enquadrar a tela da Virgem do Rosário, expondo-a pela primeira vez à veneração pública no dia 13 de fevereiro de 1876. Ora, desse dia até o 19 de março seguinte, 8 grandes milagres realizaram-se diante da modesta estampa, com repercussão em toda a Itália!

Bartolo tinhas vistas muito amplas. Por isso viajou pela Europa pedindo donativos não só para o novo santuário, mas para outras obras que planejava.

Assim, em 1884, fundou um periódico "O Rosário e a nova Pompéia", para o qual montou uma tipografia em que empregou meninos pobres da cidade. Visando prepará-los para a função, organizou uma escola de tipografia.

Seguiram-se um orfanato para os filhos e depois para as filhas dos encarcerados. Para a formação destas, fundou a congregação das Filhas do Santo Rosário da Ordem Terceira Dominicana.

Enquanto isso, a devoção à Madonna del Rosario cresceu tanto que, em 1887, recebeu a honra da coroação solene. Em 1891 a nova igreja foi consagrada com o título de Rainha das Vitórias e, em 1901, foi elevada a basílica. E hoje em dia é um dos santuários mais famosos da Itália.

Após a cruz das perseguições, o reconhecimento do Papa santo

Como todos os verdadeiros servidores de Deus, Bartolo encontrou a ingratidão, o sofrimento e a perseguição.

Acusaram-no perante o Papa Leão XIII de desviar os fundos obtidos para suas obras, e fizeram malévolas insinuações de suas relações com a condessa. Aquele Pontífice os aconselhou a se casarem, para fazer calar os maldizentes. Eles o fizeram, mas mantendo perfeita continência.

Pouco mais tarde São Pio X, mal informado, destituiu o casal da administração das obras de Pompéia, ao que ambos se submeteram humildemente. Já em 1893 haviam renunciado em favor da Santa Sé a todas as obras que fundaram. Numa visita a esse Pontífice, dois dias depois da destituição, o casal apresentou-lhe alguns meninos e meninas, filhos dos encarcerados, que eles educavam, dizendo que, de então em diante eles seriam filhos do Papa. O Santo Pontífice percebeu que tinha sido vítima de falsas informações, e a partir de então não cessou de elogiar o desinteresse e a honestidade do casal.

Como as obras de Pompéia iam já de vento em popa, Bartolo resolveu retirar-se inteiramente do empreendimento para viver seus últimos anos no recolhimento e oração. A condessa faleceu em 1924 e Bartolo a seguiu no ano seguinte, aos 86 anos de idade, em odor de santidade, venerado por todos.
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Fontes de referência:
Antonio Augusto Borelli Machado, Rosário -- A grande solução para os problemas de nosso tempo, Artpress Indústria Gráfica e Editora Ltda., São Paulo, 2ª ed., 1994, p. 47.
Jean Ladame, Notre Dame de Toute l'Europe, Éditions Résiac, Montsours, França, 1984, pp. 237 a 241.
Pe. José Leite SJ, Santos de Cada Dia, Editorial A.O., Braga, 1994, pp. 129 a 132.
Nilza Botelho Megale, Cento e Doze invocações da Virgem Maria no Brasil, Vozes, 1986, pp. 306-308, e 337 a 3341.
Edésia Aducci, Maria e seus Gloriosos Títulos, Editora Lar Católico, 1958, pp. 345, 346.
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Nossa Senhora do Rosário de Pompéia

Pompéia é uma cidade italiana devastada pelo vulcão Vesúvio, em 79 d. C. E foi justamente neste cenário de destruição que iniciou-se a construção e edificação da fé no Rosário de Nossa Senhora entre aqueles que trabalhavam na difícil missão de redescobrir Pompéia.

Como se pode imaginar, os homens que ali trabalhavam viviam em outro contexto, em pleno século XVIII. A educação não era, sequer, a mínima, e a saúde, então, nem se fala! Em meio aos escombros e poeira de escavações incessantes, eis que chega um dominicano, chamado Bartolo Longo, filho de devota mãe católica.

Este mesmo dominicano já fora um tanto questionador da Igreja, a ponto de, até mesmo lutar contra a Santa Sé, na época os Estados Pontifícios. Formara-se em Direito. E decidiu ingressar na vida religiosa dominicana.

Este homem chegou até Pompéia por sua formação em Direito, que garantiu que ele fosse o administrador financeiro dos bens da condessa Marianna Farnararo, que era viúva, e mulher muito fiel à Igreja.

Com a situação que encontrou por lá, Bartolo sentiu-se impotente e desesperado para saber como ajudar aquelas pessoas. Foi então que uma voz interior lhe disse: “Propague o Rosário”. E o fez de formas mais variadas possíveis, desde festas, competições, procissões, às formas mais variadas que se podia imaginar para a época. Só não usou o Facebook e o twitter porque em Pompéia ainda não tinha Wi-Fi.

Daí em diante foi um passo para se descobrir a famosa imagem da Nossa Senhora do Rosário, antiquíssima, e que Bartolo fez questão de arranjar meios de restaurar.


Pouco tempo depois uma menina gravemente doente, que fora tratada por um médico importante, não conseguia curar-se da doença. Foi aí que começou a fanha dos milagres de Nossa Senhora, ao aparecer à menina como retrata a imagem: sentada em um trono, com Jesus em seu colo, e na mão o terço, como se entregando-o ao espanhol São Domingos de Gusmão, famoso santo que teria recebido um rosário pela primeira vez na história, em França. Ao lado de São Domingos, Santa Catarina de Siena.

Neste dia, a pequena jovem Fortuna Agrelli ficou impressionada com a beleza da Santíssima Mãe de Jesus, e pediu que a curasse, chamando-a de Rainha do Rosário.

Uma imagem foi mandada a Pompéia, para devoção. Uma imagem antiga e velha, que chegou a ser considerada lixo. Pouco tempo depois, a mando do bispo de Nola, fora construída uma igreja em honra a Nossa Senhora do Rosário, e com a primeira coleta feita, restaurou-se a imagem, que tornou-se milagres e, em pouquíssimos anos fizera oito grandes milagres.

http://papodeseminarista.blogspot.com.br/2013/10/nossa-senhora-do-rosario-de-pompeia.html

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