Os últimos anos e a Morte Gloriosa de Maria Santíssima.
Antes de passarmos a descrever a propagação do reino de Deus entre os gentios, pelos Apóstolos, juntamos aqui a narração da piedosa Emmerich sobre a maravilhosa e gloriosa morte da Mãe de Jesus. Assim seguimos também a cronologia, pois a Santíssima Virgem morreu antes dos Apóstolos e estes estiveram presentes por ocasião da sua morte.
Maria em Éfeso
Depois da ascensão do Filho querido, viveu Maria, segundo a narração de Catharina Emmerich, três anos em Jerusalém e depois outros três anos em Betânia, em casa de Lázaro. São João, que sempre a acompanhava, levou-a para Éfeso, afim de a salvar da perseguição e ali viveu ainda nove anos.
“Maria não morava propriamente em Éfeso, mas numa região onde já se tinham refugiado algumas das santas mulheres, suas amigas. A habitação de Maria achava-se numa colina, a esquerda do caminho de Jerusalém a Éfeso, cerca de três horas e meia de viagem, antes de chegar a Éfeso; a colina tinha uma subida suave, para o lado da cidade. Era uma região deserta, com muitas colinas férteis e belas, com grutas limpas, entre pequenas planícies arenosas; era deserta, mas não inabitável; havia muitas árvores isoladas, de troncos lisos e copas sombrias, em forma de pirâmide.
Quando João trouxe a Santíssima Virgem para uma casa que lá mandara construir, já ali moravam várias famílias cristãs e algumas das santas mulheres, seja em grutas dos montes ou em subterrâneos, tornados habitáveis com alguma construção de madeira, seja em frágeis tendas; só a casa de Maria era de pedra.
A Santíssima Virgem morava ali com uma jovem empregada. Viviam recolhidas em paz e sossego.
João não morava na mesma casa; passava a maior parte do tempo em Éfeso ou arredores; fez também várias viagens a Palestina. Dava-lhe sempre a Santa Comunhão, rezava com ela a Via Sacra, dava-lhe a bênção e recebia-lhe também a bênção materna.
No último tempo de estadia ali, vi Maria tornar-se cada vez mais recolhida no amor de Deus; quase não tomava mais alimento. Era como se só exteriormente estivesse na terra e com o espírito no outro mundo. Parecia não notar o que lhe acontecia em redor. Vi-a, nas últimas semanas antes da morte, já muito idosa e fraca e a criada a guiá-la às vezes pela casa.
Uma vez vi João entrar lá. Tirou o cinto e vestiu outro, que tirou sob o manto e que era ornado de letras. No braço pôs uma espécie de manípulo e no peito uma estola. A Santíssima Virgem veio saindo do quarto de dormir, revestida toda de uma veste branca, apoiando-se sobre o braço da criada. Tinha o rosto branco como a neve e como que transparente. A saudade parecia trazê-la como que suspensa entre o céu e a terra. Desde a ascensão de Jesus, todo o seu ser tinha a expressão de uma saudade infinita e sempre crescente, que parecia consumi-la. Dirigiu-se, com João, ao lugar de oração. Puxou uma fita ou correia; então se virou o tabernáculo na parede e a cruz que lá estava, apareceu.
Antes de passarmos a descrever a propagação do reino de Deus entre os gentios, pelos Apóstolos, juntamos aqui a narração da piedosa Emmerich sobre a maravilhosa e gloriosa morte da Mãe de Jesus. Assim seguimos também a cronologia, pois a Santíssima Virgem morreu antes dos Apóstolos e estes estiveram presentes por ocasião da sua morte.
Maria em Éfeso
Depois da ascensão do Filho querido, viveu Maria, segundo a narração de Catharina Emmerich, três anos em Jerusalém e depois outros três anos em Betânia, em casa de Lázaro. São João, que sempre a acompanhava, levou-a para Éfeso, afim de a salvar da perseguição e ali viveu ainda nove anos.
“Maria não morava propriamente em Éfeso, mas numa região onde já se tinham refugiado algumas das santas mulheres, suas amigas. A habitação de Maria achava-se numa colina, a esquerda do caminho de Jerusalém a Éfeso, cerca de três horas e meia de viagem, antes de chegar a Éfeso; a colina tinha uma subida suave, para o lado da cidade. Era uma região deserta, com muitas colinas férteis e belas, com grutas limpas, entre pequenas planícies arenosas; era deserta, mas não inabitável; havia muitas árvores isoladas, de troncos lisos e copas sombrias, em forma de pirâmide.
Quando João trouxe a Santíssima Virgem para uma casa que lá mandara construir, já ali moravam várias famílias cristãs e algumas das santas mulheres, seja em grutas dos montes ou em subterrâneos, tornados habitáveis com alguma construção de madeira, seja em frágeis tendas; só a casa de Maria era de pedra.
A Santíssima Virgem morava ali com uma jovem empregada. Viviam recolhidas em paz e sossego.
João não morava na mesma casa; passava a maior parte do tempo em Éfeso ou arredores; fez também várias viagens a Palestina. Dava-lhe sempre a Santa Comunhão, rezava com ela a Via Sacra, dava-lhe a bênção e recebia-lhe também a bênção materna.
No último tempo de estadia ali, vi Maria tornar-se cada vez mais recolhida no amor de Deus; quase não tomava mais alimento. Era como se só exteriormente estivesse na terra e com o espírito no outro mundo. Parecia não notar o que lhe acontecia em redor. Vi-a, nas últimas semanas antes da morte, já muito idosa e fraca e a criada a guiá-la às vezes pela casa.
Uma vez vi João entrar lá. Tirou o cinto e vestiu outro, que tirou sob o manto e que era ornado de letras. No braço pôs uma espécie de manípulo e no peito uma estola. A Santíssima Virgem veio saindo do quarto de dormir, revestida toda de uma veste branca, apoiando-se sobre o braço da criada. Tinha o rosto branco como a neve e como que transparente. A saudade parecia trazê-la como que suspensa entre o céu e a terra. Desde a ascensão de Jesus, todo o seu ser tinha a expressão de uma saudade infinita e sempre crescente, que parecia consumi-la. Dirigiu-se, com João, ao lugar de oração. Puxou uma fita ou correia; então se virou o tabernáculo na parede e a cruz que lá estava, apareceu.